Depois do MiTo, Giulietta, 8C e 4C, os alfistas e autoentusiastas têm mais um motivo para comemorar. Ontem, no dia de seu aniversário de 105 anos, a marca aproveitou a inauguração do novíssimo museu “La macchina del tempo – Museo storico Alfa Romeo” em Arese, perto de Milão, e também apresentou o novíssimo e esperado Giulia.
E para marcar essa nova e ambiciosa fase da Alfa, que quer se consolidar como uma marca premium atingindo volume de vendas mais expressivos, o logotipo, que traz do lado esquerdo o emblema de Milão e do lado direito o emblema da Casa dos Visconti, governantes de Milão no século 19, também foi modernizado. O Giulia será o primeiro modelo onde o novo emblema será usado.
De acordo com a marca, o Giulia trás os cinco elementos indispensáveis para criação de um Alfa Romeo, a chamada Meccanica delle emozioni (Mecânica das emoções): desenho italiano, motor estado-da-arte e inovador, perfeita distribuição de peso, tecnologias exclusivas e a melhor relação potência-peso.
O desenho do Giulia teve suas proporções definidas pela arquitetura do modelo que tem motor dianteiro e tração traseira, com distribuição de peso 50-50%. Para um melhor comportamento dinâmico e aproveitamento do espaço, o entreeixos é longo e os balanços, bem curtos. Isso resulta nas proporções de um sedã esportivo moderno. Mas o desenho é limpo, com muitas curvas e bem agradável. Antes de dizer que parece um BMW Série 3 eu prefiro observar o carro ao vivo, embora isso seja difícil, pois ele só será lançado em 2016 e não virá para o Brasil (como pode? Somos o quinto mercado do mundo!). Acredito que a emoção causada pelo seu desenho deva ser bem diferente, pois ele tem o cuore sportivo. Segundo a Alfa Romeo, seu desenho arredondado nas colunas criam um perfil de gota que faz lembra o bonito Giulietta Sprint.
E como eu disse que se trata de um sedã esportivo. aqui vai a explicação. Na sua versão topo de linha, que terá o emblema Quadrifoglio, ele será dotado de um V-6 3-litros turbo de 510 cv (170 cv/l!), todo de alumínio e elaborado pela Ferrari. O zero-a-100 é de 3,9 segundos. E para se manter econômico e limpo contará com sistema de desativação de cilindros. E a Alfa também promete um som de escapamento “Alfa”. Isso é um alívio, pois som simulado no alto-falante é coisa de videogame. Não se falou nada sobre o câmbio; há quem diga que será o automático ZF 8HP de 8 marchas. Mas essa não seria uma solução Alfa como conhecemos, bom mesmo será uma caixa manual, que segundo fotos vazadas do interior deve estar prevista.
Se o motor garante o frio na espinha, a suspensão e direção devem ser compatíveis para que a emoção seja bem aproveitada. Multibraço atrás e triângulos superpostos na frente com geometria caprichada e uma direção bem rápida (relação baixa) complementam a esportividade. O diferencial traseiro trabalha com controle de torque vetorizado e uma embreagem dupla distribui torque individualmente para cada roda, melhorando aderência e assim o controle, e proporcionando mais diversão e segurança com menos intervenções invasivas do controle de estabilidade.
O Giulia também conta com um sistema chamado Active Aero Splitter, algo como divisor aerodinâmico ativo, que fica na frente e gerencia o fluxo de ar para melhorar a força vertical descendente (downforce), melhorando a aderência em alta velocidade. Ainda há o seletor DNA que modifica o comportamentos dinâmico do carro nos modos Dynamic , Natural e Advanced Efficient. E nas versões de alto desempenho ainda há o modo R, de Racing.
E para completar o pacote tecnológico a redução e distribuição de peso foi conseguida pelo uso de alumínio em muitos componentes como motor, freios, suspensões, portas e pára-lamas, e compósito de fibra de carbono no cardã, teto e capô.
E esses fãs ao redor do mundo agora também tem mais um bom motivo para visitar a Itália. O novo museu da Alfa é imperdível para qualquer autoentusiasta que tenha condições de ir a Itália. Esse museu foi aberto em 1976 e funcionou até 2009 com visitação apenas com reserva antecipada. A sede da empresa ficava na fábrica em Arese, que teve sua atividade de produção encerrada em 2005. Agora, a reabertura de museu faz parte do plano para o relançamento global da marca.
Lá estão exposto 69 modelos que marcaram a história da marca e do automóvel, como o primeiro carro A.L.F.A., o 6C 1750 Gran Sport vencedor da Mille Miglia de 1930 dirigido pelo italiano Tazio Nuvolari; o 8C construído pela Carrozzeria Touring; o Gran Premio 159 “Alfetta 159” campeão da Fórmula 1 de 1951 pelas mãos do argentino Juan Manuel Fangio, o Giulietta dos anos 1950 e o 33TT 12. A essência da marca está distribuída em três princípios: linha do tempo, beleza e velocidade.
O site do museu já está na rede e tem uma galeria com todos os modelos. Vale uma visita virtual: www.museoalfaromeo.com.
PK
Fotos e vídeo: Alfa Romeo
Nota: depois da matéria fechada encontrei essas fotos no Facebook da Drive.com.au. Ainda há quem diga que este Giulia é parecido com BMW Série 3, Jaguar XE/XF ou Tesla S. As proporções ideais de um sedã esportivo não têm como fugir muito das adotadas no Alfa. Então o perfil acaba sendo muito parecido mesmo. Mas nenhum outro tem essa frente tão autêntica e esse Alfa tem uma carronalidade própria. Veja o post no Facebook da Drive.com.au .
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