Amortecimento, estabilidade da carroceria, acústica, bancos, luminosidade, habitabilidade, ergonomia, modularidade. A Citroën apresenta o conceito que engloba os parâmetros que ajudam a definir o bem-estar que os passageiros sentem dentro de um carro. O programa “Citroën Advanced Comfort®” permite que a Citroën caracterize todas essas grandezas mensuráveis do conforto durante o desenvolvimento de seus modelos.
O programa tem quatro objetivos:
- Proteger os passageiros das perturbações externas, tanto aquelas vindas das suspensões quanto as acústicas.
- Facilitar a vida a bordo graças a volumes generosos, porta-objetos práticos e um arranjo astucioso.
- Racionalizar o uso do carro e de seus equipamentos graças a uma tecnologia intuitiva, assistências úteis no dia a dia e uma continuidade digital entre os passageiros e o carro.
- Garantir a paz de espírito ajudando o motorista a dirigir, organizando as informações para exibir apenas aquelas realmente úteis e proporcionando um ambiente interno sereno.
Das diversas dimensões do conforto, o protótipo “Citroën Advanced Comfort® Lab” concentra-se na filtragem das irregularidades da estrada e agrupa as inovações da Citroën nesta área. Quando um carro passa sobre uma deformação do pavimento, o impacto desta perturbação é transmitido para os passageiros em três tempos, o primeiro sendo o trabalho da suspensão, seguido pela passagem de vibrações para a carroceria e finalmente nos bancos, que são a principal parte de contato dos passageiros.
O protótipo “Citroën Advanced Comfort® Lab’”, um modelo Cactus para demonstração, apresenta, portanto, três inovações, uma para cada um dos vetores, que permitirão reduzir as perturbações sentidas pelos passageiros e assim melhorar significativamente o conforto de rodagem. Suas tecnologias requereram o depósito de mais de 30 patentes, mas todas foram desenvolvidas para serem, econômica e industrialmente, aplicáveis a todos os veículos da linha Citroën.
Para a suspensões foi criado o batente hidráulico progressivo, que filtra de forma eficiente os impactos provenientes do solo. Seu princípio de funcionamento é simples, mas o resultado é impressionante. Enquanto uma suspensão convencional é composta por um amortecedor com batente hidráulico, uma mola e um batente mecânico, o sistema Citroën acrescenta dois batentes hidráulicos (um de expansão e um de compressão) de cada lado. A suspensão trabalha, assim, em dois tempos de acordo com as solicitações:
- nas compressões e expansões leves, a mola e o amortecedor controlam conjuntamente os movimentos verticais sem ter que acionar os batentes hidráulicos. Mas a presença desses batentes permitiu que os engenheiros proporcionassem uma maior liberdade de movimento ao veículo, o que resulta num efeito de “tapete voador”, dando a sensação de que o carro está voando acima das deformações da estrada;
- nas compressões e expansões importantes, a mola e o amortecedor trabalham juntos com o batente hidráulico de compressão ou de expansão, os quais retardam o movimento de forma gradativa, evitando assim as paradas súbitas de final do curso. Diferentemente de um batente mecânico clássico, que absorve a energia e restitui uma parte, o batente hidráulico absorve e dissipa esta energia. Não há assim nenhum fenômeno de ricocheteio.
Graças a essa solução técnica inovadora, os Citroën de amanhã oferecerão um conforto soberano, específico da marca e apreciado por seus clientes desde sempre. Vinte patentes foram depositadas no âmbito do desenvolvimento dessas novas suspensões.
Para a carroceria, foi desenvolvida a colagem estrutural “por filetes descontínuos”, complementada por pontos de solda. Ganhou-se na rigidez da carroceria em cerca de 20%, o que ajuda a isolar os fenômenos de vibrações externas, que filtra melhor as vibrações transmitidas pelas condições de rodagem — e isso melhora o conforto. A segunda vantagem desta técnica de colagem é melhorar o desempenho da carroceria sem as portas, motor ou qualquer acessório, sem acrescentar nenhuma massa.
No conjunto de bancos, há uma combinação de espumas com durezas e texturas diferentes de acordo com a área do banco, tanto viscoelástica quanto com recortes, vazios e reentrâncias que auxiliem o retorno sempre à condição de projeto após o uso por passageiros, seja apenas um ou vários em sequência.
JJ