Honda fez redesenho geral do Civic (foto acima) marcando sua décima edição. Esticou, alargou, baixou o teto do automóvel, aumentou distância entre eixos, e amarrou tudo com linha mais fluidas, juntando teto à extremidade do ampliado porta-malas. Cuidado especial no afinar colunas frontais. Segue tendência mundial de sedãs acupezados e se destaca entre os concorrentes.
Levou o redesenho para a parte comercial por versões bem caracterizadas, em vez do caminho comum de partir da básica, mudar letrinhas e crescer preços pela sobreposição de equipamentos, criou veículo adequado a cada um dos públicos visados. Em tal desenvolvimento há opção do motor 2,0, 155 cv, 19,5 m-kgf de torque até agora da versão topo de linha, e com a décima geração moverá as versões de menor preço. Topo da escala, com nome a sugerir station wagon, perua, a Touring, única a ser movida por novo motor 1,5, injeção direta, variador de abertura nas válvulas e turbo. Produz 173 cv e torque de 22,4 m·kgf entre 1.700 e 5.000 rpm. Transmissões variadas. Na Sport opção de mecânica com 6 velocidades. Padrão é automática por CVT com 7 marchas virtuais.
Não é adaptação, mas novo ciclo com novo produto. Na parte rolante, multibraços na suspensão traseira, freio de estacionamento eletrônico, direção elétrica com 2,2 voltas batente/batente, freios com discos aumentados – nos dianteiros anunciados 360 mm, buchas hidráulicas para suspensão. Melhoram a rolagem e a absorção de vibrações, sendo equipamento de carros de maior tamanho. Deve puxar a fila dentre os concorrentes. Carroceria por chapas desenvolvidas para entregar mais resistência com menor peso, cuidado na vedação termoacústica bem isolando ocupantes do meio ambiente. Portas, por exemplo, usam três borrachas para vedar.
Porta malas com 525 litros de capacidade, mantendo as dobradiças ditas pescoço de ganso, baratas de fazer, mas gatunas da área útil.
Há mantas termoacústicas para isolar calor e ruídos. Em comportamento segue o atual caminho das demandas, com mais precisão nas reações. A usuários, mais espaço para acomodação, conforto por revestimentos, isolamento e, como foco particular, cuidado na escolha dos materiais internos, agradáveis ao toque, e em encaixes bem ajustados. Diz, o conceito aplicado é Máximo para o Homem, Mínimo para a Máquina. Na prática elevou o produto.
Versões
Inédita, Sport disfarça simplificação por decoração, marcada visualmente pela barra central da grade frontal pintada em preto piano para combinar com rodas leves em pintura escurecida. Bancos em tecido e opção de gosto esportivo, câmbio manual de seis marchas.
EX e EXL são as mais caretas, a público idem, usuário das correspondentes às versões da nova geração. São bem completas, incluindo estofamento em couro, rodas em liga leve, espelhos retrovisores externos rebatíveis eletricamente; velocímetro digital, áudio em tela de 12,5 cm.
EXL acresce ar-condicionado automático de duas zonas; multimídia em tela de 17,5 cm, comandada por toque; navegador e interface para smartphone. Painel de instrumentos com tela de TFT de alta definição, inédito na categoria.
Touring é o topo — e com enorme distância em preço para a versão Sport, R$ 37 mil, 42%. Vem com o novo motor de produção americana, 1,5 turbo, não flex. Vem com equipamento do Accord, dito LaneWatch, câmeras sob o espelho retrovisor direito, mostrando as faixas laterais, para facilitar mudança de faixa. Confortos eletrônicos usuais — sensores de estacionamento, de chuva, teto solar, botão de partida no carro ou na chave. Muitos etccc.
Quanto custam
Versão | R$ |
Sport Manual | 87.900 |
Sport CVT | 94.900 |
EX CVT | 98.400 |
EXL CVT | 105.900 |
Touring | 124.900 |
Preços saltaram ante 9ª geração, talvez por entusiasmo com as novidades, permitindo maior flexibilidade tão logo haja queda nas vendas tocadas iniciais.
Roda-a-Roda
Negócio – Novos tempos comerciais no Irã provocam correria de fabricantes a explorar seu mercado. PSA, francesa das marcas Peugeot, DS e Citroën, reativou acerto antigo. Agora meio a meio com a ex-sócia Saipa. E$ 300M em investimento para atualizar produtos e desenvolvimento. Fará Citroën em 2018.
Saída – A decisão pelo Brexit, saída da Inglaterra da União Europeia, colhe resultado impensado: diretor financeiro da GM avisou a analistas completa revisão das operações da marca no país, sem afastar possibilidade de deixá-lo.
Razão – Sair da UE significa pagar mais impostos, aumentar preço final dos veículos – perder competitividade. Neste ano crê-se, mercado doméstico inglês se reduzirá 10%.
Acordo – Juiz norte-americano aprovou proposta da Volkswagen em indenizar em US$ 15B danos causados pelos automóveis com motores diesel emitindo poluentes acima do limite legal. Valor não encerra a questão.
Mais – Falta definir verba para indenizar compradores e adquirir automóveis de donos desinteressados em tê-los. Cobre apenas sedãs com motor diesel 2.0, sem entrar no caso dos 3.0. E indenizar os revendedores.
Plus – Representante de empresas alemãs focadas em melhorar o rendimento de veículos de série, a nacional Strasse passou a distribuir Porsches/Gembala. Já vende Mercedes/Brabus e VW/Oettinger. Média de 1/veículo mês.
Jaguar – Jaguar apresenta seu sedã de entrada, o XE 2017. Mudanças visuais, novas cores azul, prata e preto, democratização do sistema de tração dependendo do piso; assistente do rolagem com sensor de fadiga. Versões L-4, 2,0 turbo, 240 cv e V-6, 3,0 com compressor 340 cv. Motores Ford, ex-dona — e saneadora — da marca.
Tapa – GM fez pequenos acertos em Onix e Prisma, tentando identificação visual com o novo Cruze. Mudanças estéticas na grade, incorporação de luzes em LEDs e lanternas traseiras. Internamente central multimídia MyLink2 com função espelhamento. Versão aventureira no Onix, a Activ.
Ajustes – Mecânica mantém os motores 1,0 e 1,4, antigos, muito antigos – derivados do Monza …, e há caixas manual e automática, com seis marchas. Direção agora elétrica e redução de peso na carroceria. GM se ultima para obedecer às regras do programa oficial Inovar-Auto.
Investimento – Atraída pela desvalorização e pouca liquidez, Kivi, fabricante italiana de mecanismos de adaptação para condução por pessoas com necessidades especiais, abriu primeira filial mundial. Em Belo Horizonte.
Italianidades – Tem acordo de exclusividade com Fiat/FCA. Trabalho da Kivi, além da consultoria a clientes, do fornecimento de componentes, adentra nas modificações nos veículos para, por exemplo, receber uma cadeira de rodas.
Esperança – Marco Saltini, diretor da MAN, otimista com o mercado. Disse em simpósio de AutoData haver mudança de humor e expectativas de melhores resultados de vendas no segundo semestre.
Tecnologia – Criação de fogão a energia solar traz dado surpreendente aos moradores das grandes cidades: 23 milhões de pessoas usam fogão a lenha no Brasil – e sua poluição é letal a sensível percentual de usuários.
Produto – Pelo professor Johnson Pontes, o fogão solar separa coletor e unidade de cocção, e o fluido de trabalho, água ou óleo, é aquecido pela luz solar e transferido por convecção — o fenômeno termossifão. Mais vantagem, permite cozinhar dentro de casa, diferentemente do fogão a lenha.
Reposição – Dayco, fabricante, coloca no mercado de reposição correia sincronizadora para Amarok. Junto, tensor com rolamento, e empresa explica do desencontro na durabilidade de um e outro, daí indicar a troca do conjunto. No embalo, kits de bomba d’água para GMs e Fiats.
Exportação – Gaúcha Marcopolo mandará a operadora na Bolívia, seis ônibus modelo Paradiso Double Decker — dois andares. Voltado a turistas, 31 poltronas-leito na parte superior, 12 na parte de baixo, luzes de leitura, amplificadores de áudio individuais, sanitários. País andino tem crescente demanda pelos DD.
Indo atrás – Ducati, italiana fabricante de motos, controlada pela Audi, faz périplo pelo país – Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Campinas, Curitiba, Santos e São Paulo. Apresentar e pré-vender seus modelos XDiavel e XDiavel S. Início na Capital Federal marcado pelo título de Motocicleta Oficial do Capital Moto Week, 3º. maior encontro mundial de motos.
Fala grosso – História de 90 anos sempre performática e identificada pelo motor com comando desmodrômico de válvulas, mecanismo que as eleva e abaixa, evitando flutuação. No caso, cilindrada aumentada no motor L-2, 1.262 cm³, 156 cv, a 9.500 rpm e torque de automóvel do segmento B — 13,5 m·kgf a 4.000 rpm, ligada a câmbio de seis marchas.
Conjunto – Alongada, compacta, materiais leves, muita eletrônica, controla motor, transmissão, freios, modo de conduzir. Pela “Mais Bela Moto” eleita no Salão Internacional de Milão 2015, pede: X Diavel, R$ 74.900; X Diavel S, R$ 85.900. Diavel é como se indica o Diabo na região de Bolonha, local da fábrica.
História – Dois novos títulos pela Editora Alaúde (www.alaúde.com.br), dedicada a saúde e automóveis: Monza, por Rogério De Simone e Fábio Pagotto; e Fiat 147, dos mesmo De Simone e homônimo Ferraresi. Em ambos história de marca e produtos, evolução de versões e anos-modelo. No Fiat bibliografia curta e omissa. R$ 29,90 cada.
Ecologia – Maior fabricante de veículos no mundo, Toyota abriu lista das empresas do setor firmando acordo de cinco anos com a organização não governamental WWF, igualmente maior da especialidade. Objetivam acelerar a transição do planeta para sustentabilidade e conservação da biodiversidade.
Caminho – Ford desenvolve novo material bioplástico a partir das fibras de agave, família de plantas suculentas conhecida por permitir produção da Tequila, bebida nacional mexicana; gel do Aloe Vera; sisal. Pesquisa em conjunto com a Jose Cuervo, fabricante de tequila, às voltas com enorme sobra de resíduos, aplicada — à falta de melhor destino — em compostagem.
O que – Peças de plástico sem maior responsabilidade, como porta-objetos, caixas, e a pretensão de reduzir custos e reduzir uso de petróleo. Com DNA na agricultura Henry Ford pesquisou intensamente o uso de fibras vegetais para substituir peças metálicas e chegou a carroceria completa a partir da soja.
De novo – A II Guerra e sua senilidade encerraram pesquisas, retomadas há poucos anos. Hoje carros Ford aplicam partes construídas por aproveitamento de soja, palha de trigo, celulose, fibra de coco, cascas de arroz e mamona.
Gente – Fabiano Todeschini, 42, academicamente bem formado, dois MBAs, promoção. OOOO Presidente da Volvo Bus Latin America. OOOO Único emprego, era diretor de caminhões e ônibus da marca na Argentina. OOOO João Veloso Jr, jornalista, de volta. OOOO Assumiu gerencia de comunicação da BMW. OOOO Era diretor da área na Nissan. OOOO
Algo mais que automóveis
Fábrica de automóveis não fabrica apenas automóveis. No caminho da utilidade social, procedem a ações de caráter social, cultural, educacional. Fundação Volkswagen, por exemplo, faz isto há 36 anos.
Nova vertente em seu feixe de programas, sete projetos de Educação e três de desenvolvimento social, o Aprendendo com Arte, fez parceria com o Instituto Arte na Escola, especializado em artes, disseminando conhecimento a professores do ensino básico e, por recente acordo, com a Secretaria de Educação do município paulistano de Carapicuíba.
Programa visa formar 80 educadores para multiplicar conhecimentos em artes visuais, música, teatro, dança a 2.400 alunos de escolas públicas. Raciocínio dos especialistas, o ensino das artes para provocar o potencial criativo dos alunos. Na prática da vida criatividade e inventividade estão entre as capacidades mais valorizadas no mercado de trabalho do século 21.
O Aprendendo com Arte já formou mais de 800 educadores, crendo multiplicar conhecimentos a mais de 24 mil alunos. Durante a formação os educadores fazem levantamento sobre o patrimônio cultural local.
Operação adota duas versões: semipresencial e a distância. Primeira formou, no ano passado, 119 educadores nas cidades de Aracaju (SE) e Cariacica (ES), beneficiando 3.570 alunos.
No curso a distância, ministrado na Plataforma do Letramento (www.plataformadoletramento.org.br), em 2015 formou 186 educadores, beneficiando 5.580 alunos. Neste ano, 520 educadores, de todos os Estados brasileiros.
RN