Um dia de autoentusiasmo! Isso é o que representa o Autoentusiastas Day. Um dia para os editores e colunistas do AE receberam uma carga extra de entusiasmo e mais diversão que trabalho. Foi criado para ser algo mais descontraído, uma reunião de amigos, com carros bacanas. E o material produzido é fruto dessa atmosfera.
E para aumentar a nossa diversão esse ano recorremos à marca talvez a mais divertida de todas, a MINI. Fomos prontamente atendidos e muito bem recebidos por toda a equipe da MINI composta por João Veloso Jr, Rodrigo Novello, Emilio Paganoni, Christian Zittlau e Bruna Marconi. Para facilitar essa recepção nos encontramos na Concessionária Caltabiano MINI, onde detalhes da marca e dos modelos nos foram apresentados com um entusiasmo contagiante. Nós do AE nos sentimos em casa. Com gente que entende e gosta de carros e muito disposta a compartilhar e trocar conhecimento e informações.
Do nosso lado estavam Bob Sharp, Arnaldo Keller, Paulo Keller, Juvenal Jorge, Marco Antônio Oliveira, Marco Aurélio Strassen, Nora Gonzalez e Wagner Gonzalez. E também convidamos dois de nossos parceiros mais próximos, o Renato Castanho, que nos ajuda com alguns vídeos do AE, e o Júlio César Quatarolo, dono da Automottivo e responsável pelo desenvolvimento e comercialização das linha AE de camisetas e adesivos.
Então fomos os dez membros do AE testar e conhecer de perto cinco modelos da MINI que praticamente representam a linha disponível no Brasil. São eles:
MINI Cooper hatchback 4-portas 3-cil 1,5-L turbo 136 cv (R$ 118.950)
MINI Cooper S hatchback 4-portas 4-cil 2-L turbo 192 cv (R$ 124.950/141.950)
MINI Cooper S Cabrio 2-portas 4-cil 2-L turbo 192 cv (R$ 164.950)
MINI John Cooper Works 2-portas 4-cil 2-L turbo 231 cv (R$ 162.950)
MINI Cooper S Clubman 4-portas 4-cil 2-L turbo 192 cv (R$ 152.950/179.950)
Como resultado, temos abaixo um compilado de impressões sobre os carros e sobre esse dia diferente na tentativa de compartilhar com nossos leitores esse momentos especiais.
MINI, um prazer
Por Bob Sharp
Dirigindo MINIS na Estrada dos Romeiros: que maneira melhor de passar um sábado há para autoentusiastas como eu e o editor-geral Paulo Keller, o editor de testes Arnaldo Keller, editor associado Juvenal Jorge, os editores Marco Antônio Oliveira e Marco Aurélio Strassen, mais os colunistas Nora Gonzalez e Wagner Gonzalez? Eram cinco MINIS: os hatchbacks Cooper 4-portas, Cooper S 4-portas e John Cooper Works 2-portas, a “estate” — perua na Inglaterra — Cooper S Clubman 4-portas, e o Cooper S Cabrio 2-portas. Todos dirigiram todos.
De qual gostei mais? Se desempenho for o critério, o John Cooper Works, o mais potente. Seu motor 4-cilindros 2-L turbo de 231 cv entre 5.200 e 6.000 rpm, com torque de 32,6 m·kgf entre 1.250 e 4.800 rpm, movimentando apenas 1.115 kg, só poderia resultar num desempenho sedutor, desses de arrancar sorrisos. O 0-a-100 km/h é feito em apenas 6,1 segundos e pode chegar a 246 km/h. Com pneus 205/45R17, as velocidades nas curvas impressionam. Seu entre-eixos é menor que o dos 4-portas Cooper 1,5-L (3 cilindros) e Cooper S 2-L (2.567 mm) mas igual ao do Cabriolé: 2.495 mm. A “perua” Clubman tem o maior entre-eixos, 2.670 mm.
O câmbio de todos é automático epicíclico Aisin, 6 marchas, exceto o da Clubman, que tem oito. As trocas automáticas são sempre rápidas e pode-se usar o modo manual mudando pela alavanca ou pelas borboletas. Nas reduções há redução interina automática.
O que impressiona nos MINIS é o envelope à volta dos ocupantes, sente-se ser parte dele e não estar-se dentro dele, numa fusão perfeita. Seu desenho é mesmo único. O MINI é desses carros que não dão vontade de parar de andar com eles. E foi muito bem resolvida pela fábrica a dureza e aspereza de suspensão que caracterizava a marca ao rodar sobre nosso chão lunar.
Na outra ponta em potência está o Cooper 4-portas, com seu motor tricilíndrico 1,5-litro turbo de 136 cv a 4.400~6.000 rpm e 22,4 m·kgf a 1.250-4.300 rpm. Um carro dos mais agradáveis, o motor conta com árvore contrarrotativa de balanceamento e é completamente liso. Nota-se apenas, e bem discreto, o som rasgado característico dos motores de três cilindros. Como é relativamente leve, 1.175 kg, acelera de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos e atinge 207 km/h. Seus pneus são 205/50R16. É um belo carro, não há quem o dirija que não o aprecie.
Igual a ele em carroceria, mas com motor 2-litros turbo de 4 cilindros, é o Cooper S 4-portas. São 192 cv a 5.000~6.000 rpm e 28,5 m·kgf a 1.250~4.600 rpm num carro de 1.240 kg. Anda muito, 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e 230 km/h. Tem os mesmos pneus do John Cooper Works, 245/45R17.
Um MINI só no nome é o Cooper S Clubman, a perua da marca. Como apreciador de peruas, achei-a incrível. O entre-eixos maior, de 2.670 mm, provê o espaço interno que se espera de um veículo desse tipo, com bom espaço no banco traseiro e proveitoso porta-malas de 360 litros. Seu comprimento e de 4.235 mm e o trem motriz é o mesmo do Cooper S 4-portas. Pesa mais, claro, 1.390 kg, mas mesmo assim de lesma não tem nada, pelo contrário: vai de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e atinge 228 km/h. O charme do seu desenho é a porta de carga dividida verticalmente, tal como no Clubman de primeira geração, quando MINI era Mini, produzido de 1959 a 2000.
Finalmente o que considero a Joia da Coroa, o Cabriolé (capota baixada fica visível, ao contrário dos conversíveis, em que fica completamente escamoteada). A capota tem acionamento elétrico, a operação pode ser feita com o carro em movimento e com ela levantada o interior é absolutamente aconchegante. Mas a agradável surpresa foi notar uma dança do espelho mínima, desprezível até, denotando elevada rigidez estrutural da carroceria monobloco, sempre difícil de obter num cabriolé ou conversível. Seu peso é contido para o tipo de veículo, 1.295 kg, e com o mesmo trem motriz 4-cilindros de 192 cv de outras versões, tem o mesmo desempenho do Clubman. Tem quatro lugares apenas devido ao espaço lateral ocupado pelo mecanismo da capota na região do banco traseiro, que é bem pequeno.
Bem fez nosso editor de Off-Road Luís Fernando Carqueijo, que adquiriu um recentemente, ano-modelo 2011 com apenas 7.000 km, único dono, dourado, impecável e belíssimo. Para os que se lembram, foi o carro-guia do II Passeio AUTOentusiastas com o Carqueijo comandando.
No nosso percurso pegamos chuva intensa na Romeiros e o desempenho do MINI — qualquer um — nessa condição é admirável, mesmo andando forte. Segurança ativa elevada, portanto.
A melhor definição que encontro para o MINI é: de um carro que faz do transporte particular um prazer.
Um grande MINI dia
Por Arnaldo Keller
Quem olhava para Lord Greystoke, quem notava suas maneiras de gentleman, sua elegância em vestir um terno cortado no melhor alfaiate londrino, sua conversação amena e agradável, não imaginaria que ele era o Tarzan, um sujeito que ao chegar à beira da mata se despia de tudo isso, voava às copas da árvores com a naturalidade de um macaco e não se intimidava nem diante de um leão.
Gentil e elegante quando é para ser e feroz e selvagem quando é para ser. Alguns poucos carros conseguem o mesmo. E os MINI são uns desses poucos. Não são só bonitos e elegantes, com design refinado, inúmeros detalhes de bom gosto e docilidade de manejo. Debaixo dessa “roupagem” civilizada há feras. Se você provocá-los, há de se surpreender com sua volúpia.
Em trechos sinuosos, como pegamos em nosso Dia MINI, eles estão em seu habitat. A freada é forte e equilibrada, a entrada nas curvas é rápida e certeira e a feitura delas é um traço de compasso. Agora, o que realmente impressiona, o que choca, é o quanto eles tracionam. Nunca vi carro com tração dianteira que jogasse tanta potência aproveitável no chão. Mesmo em asfalto molhado e em subida eles tracionam como se estivessem no seco. Isso permite despejar potência p’ra valer, e assim eles saem da curva feito uma bala. Fica difícil imaginar carros mais apropriados para trechos sinuosos. Fica difícil imaginar algo tão rápido e prazeroso. E todos eles! Em maior ou menor grau de esportividade, todos eles são capazes de satisfazer a pleno. Merecem mesmo a boa fama.
É óbvio que a versão John Cooper Works, ou JCW, é a mais endiabrada. É a mais potente, a mais leve, e junto com o Cabriolé tem menor distância entre-eixos (2.495 mm contra 2.567 mm dos MINI Cooper normal e S, e 2.670 mm da Clubman). Então, revisando as diferenças entre ele e o MINI Cooper S, que é seu imediato na escala de desempenho, tem mais potência, o que lhe dá maior velocidade final; tem melhor relação peso-potência, o que lhe dá mais aceleração; tem maior agilidade (entre-eixos menor) e mais tração ( mais massa sobre o eixo motriz, pouco mas tem).
Se o S já é um foguete, o JCW é um foguete alucinante. Com ele, fica fácil deixar o passageiro tonto após alguns minutos engolindo curva fechada atrás de curva fechada. Sorte que o JJ — que ia ao meu lado nessa etapa onde o chão estava seco — tem bons labirintos.
E o MINI Cooper S não fica muito atrás do JCW, atinge máxima de 246 km/h, enquanto o S atinge 230 km/h. No 0 a 100 km/h o JCW faz em 6,1 s e o S em 6,8 s. Nota-se diferença entre eles, claro, mas nada que num trecho sinuoso uma sutil diferença entre pilotos não possa compensá-la. A vantagem do S 4-portas (existe também o 2-portas) sobre o JCW é ter mais espaço para as pernas de quem vai atrás, seu maior entre-eixos favorece esse ponto.
Cooper S e JCW usam o mesmo e excelente câmbio automático Aisin de 6 marchas. Para dimensionar o quanto gosto desse câmbio, acho que todos os carros com câmbio automático deveriam adotá-lo ou copiá-lo.
O Mini Cooper Cabrio S, o Cabriolé, tem o mesmo conjunto motriz do S. Pesa, claro, mais que o S, mas só pouco mais. O S pesa 1.240 kg, enquanto o Cabrio S pesa 1.295 kg, portanto só 55 kg mais. Atinge 228 km/h e faz o 0 a 100 km/h em 7,1 seg. Em termos de desempenho, como se vê, praticamente se iguala ao S. Por ser um cabriolé com grande área aberta, não é um bloco rígido como o S; nota-se mínima torção em certos momentos, a tal “dança do espelho”, mas muito pouco, como já disse o Bob. Vale, sim, a pena, para os que, como eu, adoram viajar de capota arriada. Em caso de viagem é bom saber que no banco de trás só cabem algumas malas ou uma moça de reserva que tope ir de lado esvoaçando os cabelos.
O MINI Cooper 4-portas é o mais manso. Mesmo assim ele atinge 207 km/h de final e faz o 0 a 100 km/h em 8,1 segundos. O mais interessante é que ele consegue isso tendo um motor de 3 cilindros, 1,5-litro, turbo, cuja potência máxima de 136 cv é entre 4.400 e 6.000 rpm e torque máximo de 22,4 m·kgf entre 1.250 e 4.300 rpm. Parece pouca potência, mas quando se vê o alto torque e sua faixa, com pegada total desde as 1.250 rpm!, se entende que vale muito como é que essa potência é despejada: vem um monte de potência logo de cara. Esse “motorzinho”, que é o 4-cilindros com um cilindro a menos (mesmo diâmetro e curso), é muito elástico. E trabalhando junto, vai o câmbio Aisin de 6 marchas que sabe aproveitar muito bem tudo o que o motor produz.
Suas rodas e pneus são mais aptos para encarar o dia-a-dia em nosso piso ruim. Os pneus são os 205/55R16, portanto, com perfil mais alto que os 205/45R17 usados no JCW, no S e no Roadster S. Os do MINI Cooper 4-portas estão menos sujeitos a rasgar e rodam mais macio. Por outro lado, teoricamente, o carro fica menos rápido em mudança de trajetória. Mas cá entre nós, os dele bastam; bastam e sobram. A diferença é mais estética que funcional, mas a ela muitos dão prioridade. Não medimos consumo, mas ele na certa é muito econômico. Se os modelos S, com 192 cv, já o são, pois sei que fazem fácil mais de 12 km/l na estrada, imagine este.
Agora vem, a meu ver, a cereja do bolo — e coloco no feminino porque é uma graciosa perua… Save The Wagons! —, a MINI Clubman S, que faz o que os outros fazem e oferece mais espaço para os de trás, maior conforto de rodagem e mais espaço no porta-malas. E, a meu ver, é mais bonita, também. Nela quem vai atrás fica muito bem acomodado, com amplo espaço para as pernas, coisa que não acontece nos outros. Seu motor é o mesmo que o do Mini Cooper S, com 192 cv etc., só que o câmbio, também da Aisin, tem 8 marchas. Segundo a MINI, atinge 228 km/h e faz o 0 a 100 km/h em 7,1 segundos, números exatamente iguais aos do cabriolet e só marginalmente inferiores ao MINI Cooper S. Devido ao entre-eixos bem mais longo, 2.670 mm, apesar de muito ágil, não o é tanto quanto os outros, porém nota-se nela melhor comportamento em curvas de maior raio, que ela faz com maior consistência, onde lembra um BMW série 3, só que com tração dianteira. O porta-malas de 360 litros não é enorme, mas também não é mínimo. Cabe até o Wagner Gonzalez. Quando é que as mulheres vão se dar conta de que ficam muito mais charmosas descendo de uma perua como esta do que descendo como uma caminhoneira de um suve?
Recomendações: uma MINI Clubman S para a patroa e qualquer um dos outros para você. Peça para o Papai Noel. Quem sabe? E já que é pedir, peça curvas, muitas curvas!
Eu gosto de agilidade!
Por Paulo Keller
Toda vez em que me perguntam qual o meu carro preferido, ou qual carro eu gostaria de ter, logo me vem a cabeça um MINI JCW. Isso porque a quando me perguntam isso eu penso apenas em mim, no que seria legal para mim, e não faço concessões. Não penso em ocasiões que acontecem de vez em nunca, não penso em economia de combustível, não penso no carrinho do bebê no porta-malas, não penso em ter que levar ninguém no banco traseiro, e assim posso ter uma resposta mais autêntica possível.
Eu gosto de carros ágeis, compactos, descomplicados, diretos, divertidos e que tenham um estilo autêntico. Adoro aceleração muito mais do que velocidade. Gosto de me desvencilhar de situações vagarosas no trânsito com agilidade. Carro grande me atrapalha! Leva muito peso morto que ou deixa o carro lento ou aumentam o consumo desnecessariamente. Por isso o espírito do carro de Alec Issigonis bate com o meu. E o MINI moderno, já não tão mini, me serve como uma luva.
Mas nem tudo era maravilhoso. Os MINIs da era BMW exageraram muito no conceito gokart feeling, ou sensação de dirigir um kart, e a suspensão nos maltratava demais. Na última vez que andei de Kart, de dois motores, saí com o corpo tão moído que jurei para mim mesmo que nunca mais andaria num. O curioso é que mesmo assim eu ainda desejava um MINI!
E agora, já na terceira geração BMW a MINI acertou a mão e atingiu o sweet spot ou ponto ideal. A agilidade continua marcante, até melhor com novos motores mais potentes, e sem maltratar muito o meu corpinho. Isso foi o que mais me marcou durante esse dia.
Outro ponto que me espantou também foi o entusiasmo do MINI Cooper 3-cilindros. Quando falamos em 3-cilindros para carros mais de entrada acabamos aceitando mais devido a proposta de baixo custo e baixo consumo. Mas o prazer sempre fica a desejar. Por isso, quando soube do Cooper 3-cilindros logo fiz a analogia com outros que testei. Eu perceberia estar dirigindo qualquer 3-cilindros mesmo de olhos e ouvidos tampados e estando no banco do passageiro. Eles tem uma vibração e som diferentes e bem característicos.
Mas se estivesse nesse MINI eu diria estar num 4-cilindros. Isso é para ninguém esquecer que a MINI é uma marca premium, só que menos sisuda, aliás, nada sisuda. E essa nova família de motores é compartilhada com os BMW. A árvores balanceadora desse motor é brilhante. E os seus 136 cv são mais que suficientes para uma boa dose de diversão e agilidade. Um Cooper com umas rodinhas mais invocadas e alguns detalhes, como faróis auxiliares, e uma combinação de cores e faixas mais vibrantes, e no meu caso 2-porta a menos, seria uma pedida bacana para uso diário.
Porém isso foi antes de eu andar no JCW. Pode colocar qualquer outro hot hatch emparelhado comigo num JCW que eu sou capaz de apostar o carro como ninguém me leva! Vale notar que essa caixa automática é uma das melhores, se não a melhor, em prazer. Pena que no Brasil não haja JCW com caixa manual, pois eu gostaria muito de experimentar um. Agora já está definido, esse seria o meu carro, já que a MINI desistiu da duplinha Coupé e Roadster da geração anterior. E MINI, se estiver lendo isso, pode preparar o verdinho para um teste no uso assim que possível. Prometo cuidar bem dele e também lhe proporcionar muita diversão.
E eu ainda não poderia deixar de falar no encanto da Clubman que é infinitas vezes muito mais legal que o BMW X1, que usa essa mesma plataforma (maior que a dos outros MINIs) agora que passou a tração dianteira. A Clubman tem muita carronalidade e apesar do tamanho mais avantajado, para ampliar mais o alcance da marca, tem agilidade de sobra. E aquela porta traseira dividida, que toque especial. Por isso seria minha segunda opção desse grupo, ou o meu segundo carro.
Esqueci de falar algo lá no começo. Esses MINIs são simpáticos, parecem amigos, estão sempre prontos para nos divertir.
JCW, sigo trabalhando para um dia tê-lo em minha garagem, como meu amigo, para sair por aí dirigindo sem destino, apenas pelo prazer de conduzi-lo, e só voltar depois que estiver com o autoentusiasmo transbordando e a alma lavada!
Esse vídeo explica a minha conexão com os MINIs.
Só simpatia
Por Juvenal Jorge
O dia prometia. Carros à vontade para dirigirmos. Tinha na cabeça as sensações do carro em que andei no segundo ano do AUTOentusiastas — ainda blog — em 2009, um Cooper S da geração anterior e que era um bocado firme de suspensão, porém mais para desconfortável
É sempre necessário andarmos em um carro após um tempo, e com o MINI não foi diferente. Agora a MINI tem uma linha de carros, do mais acessível, o hatch 2-portas Cooper, até aquele que chamamos de “Maxi”, o suve compacto Countryman. Na geração anterior também haviam os foguetinhos Roadster e Coupé e o suve cupê Paceman, não mais fabricados. Inteligente mercadologicamente, mas alguns fanáticos adoradores e puristas do modelo original ainda resistem em desfrutar dessa expansão de produtos e de mercado.
Melhor aceitar. Essa é a maneira de manter uma marca de grande produção viva, ter vários modelos. Vide Porsche antes do Cayenne, passando por dificuldades financeiras preocupantes e o que aconteceu em seguida ao lançamento daquele modelo.
Os MINIs são ótimos, e fazem jus ao carro de Alec Issigonis, embora não tão pequenos, nem simples e nem tão leves. Claro, o mundo é outro. Há um balde enorme e cheio de regulamentos, principalmente de segurança, e um carro atual precisa ser ungido e abençoado pelo que há dentro desse balde, senão nem pode ser vendido no mundo civilizado, até mesmo em alguns países com baixo nível de respeito ao ser humano, mas que o mundo da Economia promove a nações em desenvolvimento. Assim, amigos puristas, essa é a vida atual. Ou se fabrica carros que atendam a uma variedade grande de clientes ou o nome e a marca morrem. E uma marca de grande histórico e valor como MINI não pode deixar de existir.
Andar nos modelos disponíveis (exceto o Countryman), foi iluminador da situação atual da marca, e muito fácil de entender que a BMW é a empresa certa para continuar sendo dona da grife. Ótimos de dirigir, prazerosos, surpreendentes, os carros precisam ser utilizados para serem entendidos e apreciados.
Começando por dentro, nenhum deles é sóbrio a ponto de ser cansativo de olhar. São interiores com desenho, materiais e cores que fazem os sentidos trabalhar. Seja por formas ou por luzes, pelas texturas ou pelas teclas na parte inferior do painel com divisórias de segurança. Para evitar acionamentos errôneos, há um pequeno arco que evita o dedo escorregar e acionar o botão ao lado. São teclas do tipo toggle switch, em forma de pequenas alavancas-dedo. A origem disso é a aviação, depois aplicado em carros de rali, ambas atividades onde é fácil acionar o botão errado devido aos movimentos dos veículos em ar turbulento ou caminhos de piso ruim.
Os bancos são ótimos, com amplas regulagens e seguram muito bem o corpo em curvas. Seja de couro ou de tecido, a satisfação de estar a bordo é a mesma, com vantagem para o segundo no que se refere a ventilação da área do “sentador “ e das costas. O couro é mais fácil de limpar, mas o suor aparece mais fácil quando se está apoiados no revestimento de pele animal.
Há um interessante para-sol adicional acima da janela da porta, para cortar o sol que entra por ela. Como a coluna dianteira tem ângulo pequeno, fazendo o para-brisa pouco inclinado, o topo deste fica bem longe da cabeça, e quando se vira o para-sol para o lado, sobra um espaço grande por onde entra a luz do sol, que pode incomodar os ocupantes. Com o para-sol adicional isso não ocorre.
Os modelos de duas portas são apertados atrás, levando apenas crianças ou pessoas de baixa estatura. Por isso, a partir dessa geração, para carregar mais gente, há o hatch de quatro portas. E ainda o Clubman, uma perua pela qual passei a nutrir desejos, ou o Countryman que não experimentamos dessa vez.
Os motores são joias, de funcionamento perfeito, turbo, com força em qualquer rotação. O modelo básico, Cooper, tem uma unidade de 1,5 litro e três cilindros que até assusta pela força ao impulsionar um carro de 1.175 kg com tanta facilidade. Acelerar de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos e chegar a 207 km/h de máxima é muita coisa para um motor pequeno assim. Uma delícia de carro, e com quatro portas e espaço bom para quatro pessoas, um quinto apertado ainda cabe.
O John Cooper Works é outro mundo, quase 100 cv a mais, 231 cv, e um torque monstro, pouco mais de 32,6 m·kgf entre 1.250 e 4.800 rpm. Pura diversão, e muito, mais muito mais confortável do que o Mini de 2009, mostrando que vontade de melhorar e engenharia para saber fazer gera resultados positivos.
Sinceramente, o carro que andamos há sete anos era outra coisa. Hoje é um produto bem mais maduro e agradável. Na Estrada dos Romeiros faltam retas para tentar fazer o carro andar mais rápido, mas mesmo assim, pouco olhei o velocímetro, já que a atenção é enorme em um trajeto com tantas curvas. Freio não falta em nenhum momento, nem estabilidade. Coisa difícil é fazer curvas rápidas a ponto de escutar os pneus cantando. Pode-se tentar, e se consegue, mas o bom senso diz que você já passou do limite da estrada há vários km/h atrás. O do carro não, ele pode andar mais rápido ainda, facilmente.
O Clubman foi uma revelação. Maior e mais pesado que os Coopers, 1.390 kg em ordem de marcha, tem bom porta-malas, algo que aprecio, e espaço muito confortável também no banco traseiro. A abertura do porta-malas por duas portas articuladas nas extremidades, abrindo para os lados, é diferente dos padrões, e seguem muito simpático furgão lá dos anos 1960, aquele que, dizem, James Hunt usava até o último dia em que dirigiu na vida.
Com 192 cv, chega a 228 km/h, velocidade de sobra para um carro familiar, e acelera a ponto de destroncar o pescoço da vovó, indo de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos.
O legal mesmo do Clubman é que ele é uma perua, de altura nada exagerada, não dando para ser confundido com um suve. Espaço suficiente e agilidade de carro de passeio, tudo normal, sem excessos. Só de simpatia.
Máquinas para serem compradas por emoção e não lógica
Por Marco Antônio Oliveira
Chovia cântaros naquela tarde no Romeiros. Saindo de Cabreúva no sentido de volta à Pirapora do Bom Jesus, fizemos a última troca de carros: eu e meu filho João Pedro entramos na Clubman vinho escuro, a perua da MINI, o Bob pegou o conversível azul que estávamos, e o Renato Castanho, nosso cinegrafista-mor, trocou de cadeira no JCW preto, coisa que vinha tentando fazer o passeio inteiro, mas foi impedido por ter que, bem, trabalhar atrás da câmera.
Começamos devagarzinho mas não demorou muito para o Renato apertar o ritmo. Quem pode culpá-lo? O JCW pode ter essa carinha alegre e despretensiosa que todo MINI tem, mas é na realidade uma ferramenta focada para andar rápido. Um carro realmente sério. Bancos esportivíssimos, suspensão bem mais séria, freios enormes e um motor que despeja 231 cv com uma ferocidade incrível.
O Bob, logo atrás dele, apertou o ritmo também. Confesso que com aquela chuva toda, inicialmente pensei em deixá-los ir, mas ao invés disso algo me compeliu a dar caça. Ao fazer isto, percebi rapidamente uma característica destes carros que comentamos muito entre nós depois: andam na chuva como se no seco, com toda segurança e diversão.
Adoro ser o último carro nesse tipo de andada; sem a responsabilidade de ditar o ritmo, e olhando de posição privilegiada a tocada dos amigos, os carros subindo e descendo aquele monte de curva gostosa do Romeiros, como um balé mecanizado delicioso. Com a chuva, a estada esvaziou completamente: nada de bicicletas e cavalos que a infestam nos fins de semana, e quase nenhum carro dividindo a estrada conosco. Andando nesse comboio de três MINIs, em ritmo surreal, me senti um jovem Michael Caine em fuga pela Itália em 1966, apenas a velocidade e o conforto dos carros denunciando estarmos mais de 60 anos no futuro daquele conhecido filme sobre MINIs (Italian Job, Um Golpe à Italiana). Um momento memorável, um dia para não esquecer.
O que mais impressiona nos mini, além dessa incrível estabilidade em curvas que está na incrível previsibilidade e tranquilidade para andar rápido, são os motores. Seja o três cilindros do modelo básico, seja os 4 cilindros dos outros, puxam forte e gostoso, de uma forma linear desde as mais baixas rotações. Se não me contassem que são turbo, acreditaria que mão fossem. Incrível.
E todos, desde o mais básico, são uma delícia para dirigir. Depois de andar em todos, concluo que qualquer um para mim estaria bom. Andando no Romeiros, há diferença apenas de velocidade, mas a diversão é a mesma. Uma pessoa escolheria o JCW apenas se quisesse humilhar algum Porsche…
Eu poderia aqui ser o purista que sempre fui. Poderia falar que ser uma delícia para dirigir é apenas uma das características que fizeram o Mini original de 1959 revolucionário; e uma que veio meio por acaso, e foi explorada só mais tarde pelos Coopers. Os originais eram lentos, pequenos, espartanos, sérias máquinas de transporte antes de tudo. Nenhum desses adjetivos serve para o MINI moderno.
Mas não vou falar nada disso. Nem vou reclamar da falta de câmbio manual, um reflexo inevitável dos tempos atuais. Carros tão legais, feitos para quem gosta de andar rápido e gosta de coisas diferentes, não merecem tal coisa, mesmo que pessoalmente preferisse menos decoração do que se coloca neles. Tenho só que agradecer que ainda existe gente fazendo carro para quem gosta de carro. Em todas as versões, estes MINIs são absolutamente deliciosos, máquinas para serem compradas por emoção e não lógica, e feitas para um conhecedor do volante. Como reclamar disso?
E tenho que mencionar também o patente entusiasmo da equipe da empresa aqui no Brasil. Raramente se vê gente da indústria com tanto conhecimento e entusiasmo pelo produto, e capaz de fazer um evento simples como este MIN Day em algo memorável. Mesmo eu tendo dado uma de mané e me perdido no final do dia para chegar à concessionária, atrasando a volta para casa de todo mundo. Obrigado a eles, e desculpem o atraso de novo.
Foi um grande dia, com grandes carros. Para sempre na minha memória ficará aquele comboio de três amigos e seu balé frenético de curvas na chuva. E os novos e velhos amigos que encontrei nesse dia. E o nosso destemido e estressado líder PK, que sempre se desdobra para dar um lustre profissional a esta desordenada turma de maníacos por carro que é o AE. Obrigado a todos, e que venham outros dias como este!
Amei o cabriolé
Por Nora Gonzalez
Testar um Mini pode ser resumido como diversão. Eitcha, carrinho gostoso de guiar e, de fato, alegre!. Jamais pensei que fosse definir um carro como divertido, mas é a palavra que me veio à mente desde que entrei nele. Na verdade, provavelmente desde que toquei nele.
Apesar de eu ser prejudicada verticalmente (baixinha, para ser bem clara) meu receio de parecer que guiava um carro baixo sumiu na hora que entrei nele. A linha de cintura é adequada, o que proporciona uma sensação de segurança. Não que eu seja do tipo de pessoa que acha que carro alto é carro seguro, longe disso. Mas foi uma agradável surpresa não me sentir afundada.
O acabamento é um primor e alguns detalhes facilitam a condução. Novamente, devido à minha altura, digamos, limitada, às vezes tenho dificuldades em enxergar corretamente o painel. Dependendo do carro ou coloco o volante de forma a ver os instrumentos e dirijo como se estivesse pilotando uma Harley-Davidson ou me resigno a não ver tudo como gostaria. No MINI o ajuste da coluna mexe o volante e os instrumentos, de forma a permitir que sempre estejam visíveis.
Confesso que me apaixonei pelo cabriolé. Guiei com gosto, cabelos esvoaçando. Praticamente entrei nele e disse algo como “daqui ninguém me tira”. Os 15 minutos para desembaraçar as madeixas foram nada comparados ao prazer de guiar esse modelo de respostas rápidas, mesmo no automático e com troca de marchas imperceptível e motor possante. O modo Sport é o que mais combina com ele.
Um dia de MINI que foi o máximo
Por Wagner Gonzalez
O grupo que forma o Autoentusiastas é uma galera que curte automóveis de uma forma contagiante, mas sem ser pegajosa: ali ninguém tem vergonha de perguntar o que não sabe e todos têm vontade e prazer em explicar o pouco que a maioria desconhece. Quando essa galera se reúne para passar o dia avaliando uma linha de automóveis é um verdadeiro nirvana sobre quatro rodas. E foi isso que rolou no AE MINI Day.
O encontro começou com uma breve e sempre agradável explanação liderada pelo Rodrigo Novello, gerente da MINI, e pelo João Veloso Jr., gerente de relações com a imprensa da BMW/MINI, sobre as características técnicas da linha 2016/2017. Após o pre-race briefing de um sábado onde aceleraríamos modelos de um mesmo pedigree e virtudes variadas, demos a largada; eu e Marco Aurélio Strassen — uma dupla que muitos associam à personificação de Mutt & Jeff —, saímos com a versão Clubman, aquela “peruinha” que era uma das versões mais apimentadas que a Mini dos disponibilizou.
Como a pequena viatura anda como gente grande e nós dois conseguimos nos instalar da maneira mais confortável e segura para conduzir — algo valorizado pelos mais de 30 cm de diferença no comprimento dos nossos chassis pessoais —, a brincadeira em direção Itu não poderia ter começado melhor. Nos divertíamos a cada acelerada ou curva negociada à caráter…
Na parada programada no paddock do Autoentusiastas Test Track nos coube assumir o controle de outro sonho de consumo recém sonhado: pilotar o MINI John Cooper Works. As duas listras longitudinais pintadas no capô (identificação dos carros de corrida da equipe oficial) reforçavam o nível de preparação do motor; foi legal compartir que a denominação “Works” é um jargão do automobilismo inglês que no automobilismo brasileiro pode ser traduzido como “de fábrica”, ou seja, aqueles carros que pertencem às equipes oficiais de fábrica e carregam o estado de arte no que diz respeito às soluções mais elaboradas e de melhor desempenho.
A descrição desta experiência poderia ir muito além, mas paro por aqui: o que meus colegas do AE escreveram certamente ilustra bem melhor o clima de camaradagem que marcou este segundo encontro de editores, algo que já pode ser chamado de tradição na história do AUTOentusiastas.
Adrenalina dos filmes
Por Renato Castanho
Para um moleque que teve um Gol GT em 1998 — aos 18 anos — e cresceu babando pelos esportivos, o AE MINI Day foi realmente um dia memorável! Principalmente porque meu trabalho de filmagens das webseries e eventos do AE é como se fosse trabalho de mecânico; eu sempre estou trabalhando onde os editores estão se divertindo. Sem contar os filmes sobre carros velozes que assisti e reassisti de frente para trás e de trás para frente. Imagens que inspiraram minha trajetória como Grand Prix — tendo a velocidade retratada como nunca pelo diretor John Frankenheimer (que dirigiu também Ronin, com Robert De Niro, que imprime lendárias cenas de perseguição de carros) e Le Mans com o bom de braço Steve McQueen.
Armado com duas minicâmeras GOPro, comecei o dia registrando a o feeling Go-Kart dos editores: o Bob saiu pilotando o MINI 1,5 de 3 cilindros dizendo que não deixa (quase) nada a desejar para os outro quatro modelos mais potentes. A diversão era (quase) a mesma. A Nora literalmente pulou para o MINI Cabriolé com a companhia da Bruna da MINI. Ela acelerou e conversou bastante. Também fizeram sucesso pelos vilarejos que passamos. O MAS pegou o “Minão” (Clubman) e mostrou que é tão nervoso quanto os MINIS. E teve nervos de aço ao entrar em uma curva um pouco mais rápido do que devia. O MAO vinha logo atrás com o MINI 2-litros de 4 cilindros azul (na minha opinião, o que mais remeteu aos MINIs antigos), mantendo o ritmo animado, como ele sempre é.
Já os nervos do PK — que estava pilotando o MINI mais nervoso de todos os tempos — estavam nervosos mesmo. Isso porque ele estava organizando toda a bagunça. Em contraponto com todos, com ele mesmo e com o carro, ele pilotava calmamente. As cenas, como um todo, lembravam algo com o recente filme Saída de Mestre, com Mark Wahlberg e Edward Norton. Mas os editores não estavam em rota de fuga formada por um comboio, estavam sim se divertindo muito com os MINIs.
Aí foi a minha vez! Eu, que sempre fui passageiro (e cinegrafista) do AE, troquei de banco com PK no mais veloz MINI deles. Tudo bem que eu já estava como passageiro no banco semelhante, mas nada como sentar ao volante. Regular distância e altura. Regular espelhos. Se entender rapidamente com o botão de Start. Como nos filmes, as cenas de preparativos fazem o suspense. A primeira acelerada vem acompanhada daquela secada na boca, a mesma adrenalina de estar atrás da câmera atento de não perder a cena da cena. Eu finalmente estava dentro de ângulos que os cineastas exploram tão bem. E os roncos dos motores sempre elevam ainda mais a adrenalina.
Este, emitido por estes 231 cv, causa arrepio. Na bagunça-organizada de pegar o último trecho de volta, fui escalado para sair na frente de todos. A adrenalina subia e a responsa também. Enquanto traçava uma linha mais clássica na estrada, me sentia dentro da história. Ou melhor, logo atrás do emblema JCW em referência ao lendário Cooper. Mas a história propriamente dita, dessa gerações em questão, o WG já está contando bem melhor do que eu contaria. Era como se eu estivesse no filme Rush — em que aliás, aparece o invocadinho Mini do James Hunt.
Talvez minhas emoções eram semelhantes à desses personagens históricos em ação, mas naquele mesmo momento, estava pilotando com monstros próximos (nas devidas proporções). Bob estava na minha cola! A responsa se multiplicava. Mesmo de dentro do carro, eu via a plasticidade desse belo pequeno foguete, com suas linhas, listas e cores, cortando a película de água no asfalto como se estivesse seco. Já mais unido ao conjunto da máquina, mais imagens passavam na minha cabeça, como o nosso ídolo máximo pilotando no filme Senna: O Brasileiro, O Herói, O Campeão. Realmente foram momentos de muita velocidade e muitas emoções (editadas)!
Parada final na famosa Maison Blanche. Festejei um pouco com o Bob e entrei no carro que o AK estava pilotando. A adrenalina baixou, mas as lembranças ficarão para sempre. Com o mesmo efeito de se assistir os melhores filmes.
Nesse vídeo o AE e o Mini fugindo dos demonizadores de carros.
Carros sensoriais
Julio César Quatarolo
Estava bem animado para este MINI Day junto com meus amigos e parceiros autoentusiastas. A MINI é uma marca que me cativa, assim como muitos, pelo seu carisma visual e ágil desempenho. E pegar a estrada com os diversos modelos possibilitou conhecer melhor os atributos e detalhes de cada versão.
No início, o pessoal da MINI utilizou a palavra ‘sensorial’ para descrever a essência do carro. E eu fiquei com ela na cabeça durante todo o dia: notava o esmero sensorial em cada canto. O interior bem feito e agradável ao toque. O ronco encorpado emitido pelo escapamento. Os comandos intuitivos para a seleção do motorista. O visual marcante, belo, esportivo e clássico.
Deixei a Caltabiano MINI dirigindo um Cooper S Cabriolé — sujeito sortudo que sou. E logo pude apurar o quão rápidas são as trocas do câmbio automático Aisin de 6 marchas. Acostumado com a resposta rápida de um acelerador no cabo e volante de motor aliviado, confesso que sempre entortei o nariz para acelerador eletrônico e câmbios automáticos. Mas gostei do que vi no Cooper S. A reposta ao pé vem rápida, não te dá aquela sensação de que o carro precisou de um segundo ou dois para atender ao comando: pisou, ele reage. E isso faz abrir um sorriso no rosto do condutor.
As trocas sem trancos, com aceleração continua de seus 192 cv no subir das marchas, e aquele ronco típico de outros carros munidos de dupla embreagem ainda são a melhor experiência sensorial provida pelo ágil Cooper S.
Do Cooper S, saltei para o Cooper: o modelo de entrada da marca no Brasil. Ao ouvir que o novo Cooper tem 3 cilindros, qual o seu primeiro pensamento? Bem, esqueça-o: a versão de entrada da MINI tem motor de sobra. São três cilindros, 1,5 litro e turboocmpressor gerando 136 cv, levando os seus poucos 1.160 kg de peso de 0 a 100 km/h em respeitáveis 8,1 segundos. É impressionante. É um autêntico MINI: belo, de bom acabamento, potente e estável. Sensorial.
AE
O vídeo completo, especial para os leitores do AE.
O vídeo curto, para que está sem tempo.
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