Do Automotive News de hoje, por Dave Versical e Larry P. Vellequette
A Fiat Chrysler registrou seu 60º crescimento consecutivo de vendas nos EUA em março, enquanto Ford, Honda, Nissan e General Motors caíram, à medida que a indústria pareceu desafiar as previsões ao caminhar para outro mês de vendas melhores.
A FCA, com mais 1,7%, foi acompanhada da Toyota, Subaru, Hyundai-Kia e Daimler AG e Grupo BMW na coluna de ganhadores corporativos. A GM caiu 2,4%, a Nissan North America vendeu 2,7 menos, a Ford Motor Co. perdeu 3,4% e a American Honda, queda de 5,3%
Analistas haviam projetado queda geral de vendas em março de 1%, mesmo que o ajuste anual sazonal indicasse mais vendas. Mas só com Volvo e Jaguar Land Rover faltando fornecer dados, o volume total da indústria subiu 0,4%. A última vez em que as vendas nos EUA caíram na comparação ano a ano do mês foi em fevereiro de 2014.
A FCA US continuou com forte demanda de Jeeps and Chyslers ao registrar seu estreito avanço — o suficiente para aumentar sua esteira de ganhos mensais de vendas para cinco anos completos.
As vendas da Jeep subiram 23% em um ano, ajudadas pela chegada do subcompacto Jeep Renegade, enquanto as vendas da marca Chrysler foram 15% maiores, disse a fabricante hoje. O volume da marca RAM cresceu 1%, mas caiu 5% na Fiat e 24% na Dodge.
No geral, as vendas de comerciais leves da FCA caíram 2% e as de automóveis subiram 12%.
Reid Bigland, chefe de vendas da FCA US, contou à Automotive News semana passada que seria difícil estender a carreira para 60 meses. A fabricante teve que superar as vendas perdidas do agora cancelado Dodge Avenger, bem o fechamento em andamento da fábrica de minivans para reaparelhamento, o que interrompeu das vendas desses veículos para frotistas. Bigland disse que a FCA e seus concessionários tentariam “contornar a situação”.
Os incentivos da FCA US em março foram em média US$ 3.451 por veículo, mais 7% que no ano anterior e 2% mais alto sobre fevereiro, estimou a Truecar.com. “Cinco anos de crescimento consecutivo ano a ano é um grande símbolo do compromisso da FCA com a melhoria contínua e de uma enorme fonte de orgulho para nossa organização toda”, disse Bigland.
Na Nissan, o declínio de 3% da Divisão Nissan tirou o brilho do ligeiro ganho da Infiniti. Num tweet, a Hyundai disse que teve crescimento de 12%, com a marca irmã Kia subindo 7.3%.
As vendas da Toyota subiram 4,9%, como a fabricante estendendo sua série de avanços para 13 meses. O volume da Divisão Toyota foi 4,4% maior, com a Lexus crescendo 8,6%.
“Estamos enfrentando dificuldades em atender a demanda de utilitários de luxo,” disse Jeff Bracken, gerente geral da marca Lexus, num comunicado.
A Subaru, enquanto isso, registrou seu 40º aumento consecutivo de vendas com 10% mais. A Mercedes-Benz, da Daimler, mais 10%, mas o pequeno smart desceu 25%.
A Ford teve sua quarta queda em seis meses. O carro de mesmo nome perdeu 3,4%, já que todas as linhas de carros de passageiro de grande volume, exceto o Mustang, caíram. A picapes série F perderam também. As vendas continuam prejudicadas pela conversão de uma segunda fábrica para produzir a redesenhada carroceria de alumínio versão 2015.
A Lincoln, caindo 3.1%, marcou sua segunda queda em sucessão após cinco meses de aumentos.
O Volkswagen Group of America continuou o conto de duas marcas. A divisão de igual nome continua a lutar, com menos 7,5%. Enquanto isso, a irmã de luxo Audi aumentou sua série de ganhos — 51 recordes consecutivos — crescendo 20%. A Audi vendeu mais de 40.000 veículos este ano, mais da metade que a VW.
A sacola misturada da GM
Na GM, as vendas de carros de passageiros despencou 21%, enquanto a venda de picapes, vans e SUVs, de maiores margens de lucro, foram 14% maiores.
A Buick cavou seu primeiro ganho do ano, maais 0.5%, com a GMC crescendo também. A Chevrolet, queda de 3,2% pela primeira vez desde agosto passado, e Cadillac, queda de 6,8%.
Kurt McNeill, vice-presidente de Operações nos EUA, disse que a GM pode esperar vendas maiores de picapes durante 2014 e entrando em 2015.
“A maior demanda casou perfeitamente com os lançamentos das nossas novas picapes de porte grande e de SUVs grandes. Os baixos preços dos combustíveis e os exitosos lançamentos dos Chevrolet.Colorado e Traxx nos tornou ainda mais fortes,” disse McNeil numa informação à imprensa.
As vendes de carros foram bem mais desafiantes. As vendas de Impala caíram 31% em março. A GM anunciou que as vendas do Chevrolet Malibu, modelo de grande volume, caíram 12% no dia em que o fabricante está promovendo a eventual substituição do modelo no Salão de Nova York
Mês difícil
Analista previram que março seria difícil para os fabricantes aumentarem vendas, mesmo que a taxa de vendas ajustada sazonalmente fosse projetada para crescer. Este março teve menos dias úteis e, mais importante, um fim de semana a menos do que março de 2014, quando os fabricantes venderam 1,54 milhão de unidades.
No geral, as vendas de veículos leves foram projetadas para cair ligeiramente, para 1,52 milhões de unidades, segundo estimativa média de dez analistas consultados pela Bloomberg.
As vendas sazonalmente anualizadas foram estimadas em cerca de 16,9 milhões. Isto seria 400.000 unidades mais que em março de 2014 e mais que os 16,24 milhões de fevereiro de 2015.
A FCA projetou hoje a anualização de março para 17,1 milhões de unidades. O número inclui cerca de 400.000 picapes e leves e de serviço pesado, colocando o a anualização de veículos leves abaixo da maioria das previsões, com 16,7 milhões. A GM estimou as vendas destes em 16,9 milhões.
Taxas de juros
O fraco crescimento da economia no primeiro trimestre indica que o Federal Reserve manterá as taxas de juros até setembro, disse segunda-feira passada Steven Szakaly, economista-chefe da Associação Nacional de Concessionárias de Automóveis (NADA).O Produto Interno Bruto dos EUA para o período provavelmente crescerá 2,1%, disse, o que levou a NADA a diminuir a previsão de crescimento do PIB americano de 3,1% para 2,9%. Mesmo assim o grupo manteve a previsão de vendas para o ano, antecipando que as taxas de juros continuarão baixas.
“No lado bastante positivo, vemos bastante margem para o Fed manobrar,” disse Szakaly. Manter juros baixos “é muito, muito bom, é claro, para as vendas de veículos e o resto da economia,” especialmente durante os meses-pico de vendas da primavera e verão.
As vendas de veículos leves nos EUA cresceram 9,2% nos primeiros dois meses do ano, apesar do intenso frio em grande parte do país. A demanda foi ajudada pelas taxas de juros baixas que reduziram o custo dos financiamentos.
O crescente mercado de emprego e a gasolina mais barata também contribuíram para o que analistas projetam ser o sexto ano consecutivo de vendas de veículos desde a recessão. Seria a mais longa série de crescimento da indústria desde os anos 1920.
David Barkholz and Bloomberg contribuíram para esta matéria.
Ae/BS