Da Automotive News Europe:
Os promotores alemães se viram na contingência de dar meia-volta na sua investigação do ex-executivo-chefe da Volkswagen Martin Winterkorn após poderem ter se precipitado ao centrar no executivo as investigações na fabricante sobre o escândalo das emissões dos motores a diesel.
Numa declaração hoje, há pouco, a secretaria da promotoria da Baixa Saxônia disse ser necessário haver “fatos concretos” antes de ser iniciar investigação de Winterkorn no trabalho de apurar acusações de fraude na fabricante. Um declaração do início da semana foi retirada.
Essa aparente escorregada mostra a pressão sobre os promotores para chegarem a quem finalmente determinou a criação de um software que permitiu que alguns carros a diesel do Grupo Volkswagen burlassem há anos os testes de emissões dos EUA.
A investigação inicial contra Winterkorn deu-se depois de a Volkswagen e outros entrarem com queixa pedindo investigação criminal para esclarecer se as medidas fraudulentas foram tomadas para vender carros que não atendessem aos limites de emissões. “Foi muito cedo” indiciar Winterkorn, disse Christoph Schalast, professor da Escola de Finanças de Frankfurt. “Um suspeita inicial deve ser baseada em fatos, e deve-se iniciar uma investigação antes de ser poder estabelecer os fatos.”
Pré-julgado
Pareceu que Winterkorn foi pré-julgado,” ele disse. O escândalo balançou a Alemanha, levando Winterkorn a se demitir na semana passada, e abateu mais de 25 bilhões de euros do valor de mercado da companhia.
A Volkswagen enfrenta ações civis e criminais e parou de vender os veículos afetados num número crescente de países após ter admitido publicamente duas semanas atrás burlar os procedimentos de testes de emissões de diesel. A fabricante disse que até 11 milhões de carros do grupo no mundo todo poderiam estar envolvidos na manipulação do software instalado para enganar os testes.
A fabricante disse anteontem planejar corrigir os sistemas de controle da poluição. Ela não especificou quantos de cada tipo de carros têm a irregularidade, como efetuará os reparos exatamente e até que ponto esses afetarão a maneira desses veículos andarem.
O porta-voz da Volkswagen Eric Felber não quis comentar.
“Dada a importância da VW na Alemanha, o promoter pode ter sido avisado para ser cauteloso,” disse Norbert Gatzweiler, um advogado de Colônia cujo escritório não está envolvido no caso. “Fundamentalmente, acho que esta decisão foi correta e tal moderação seria sábia.”
Ae/BS