De: Coluna
Para: Leitor
Assunto: Desejos para o seu 2016
Na irrefreável lista de desejos para o ano em início, melhor vê-la como exercício de sobrevivência — e se adaptar às condições. A promessa de correção de curso, anunciada ao princípio do governo Dilma 2, não se viabilizou, e o país se assusta ante combinação perigosa, a mistura de recessão, inflação, e incapacidade de formular e seguir planos de correção. Ou seja, sem freios e com problemas de direção. Na prática significa, se você tem pouca folga de caixa, contenha-se, pise no freio, corte o supérfluo. Se sua estrada é lisa, foque nos investimentos. Ativos estão caindo de preços e permitem boas aquisições. Tenha em mente, o atual período definirá o futuro próximo. A soma de rever os custos, cortar o supérfluo, frear o caixa, fiscalizar aplicações e fazer tesouro para o inverno, no geral é a melhor fórmula. Nos termos da fábula, tire a cigarra da sua vida e entre em tempos de formiga.
Para a Coluna, 2015 foi ano bom: expansão no número de veículos impressos e eletrônicos que a reproduzem — ultrapassamos 30 oficiais, sem contar as agregações pirateadas —, e houve ganho no volume de acessos, superando os 10 milhões/mês. Aos leitores esta edição é dedicada, com votos de:
Que você faça como a Alfa Romeo, surpreenda com promessas, como o Giulia mostrado emocionalmente, com direito a apresentação com Andrea Bocelli — e se for o caso aproveite para manter o suspense, adiando a realidade;
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Que você aja como a Audi, superando as expectativas. Quando se esperava sequência industrial na produção do A3 1,4 sedan em Curitiba, surpreendeu com a versão 2,0: um produto, duas presenças no mercado. Breve o Q3;
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Que você tenha a capacidade de observar, frieza para julgar, coragem para mudar, como fizeram Peugeot, focando em luxo e requinte, e Citroën cortando produtos, como o C3 Picasso;
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Que você aja como a PSA, holding da marca, ceifando o desdobramento de problemas na base, depurando a rede revendedora para obter operação enxuta e tentativamente rentável;
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Que tal coragem tenha direção prática: convocou, do exterior, Ana Teresa Borsari, executiva brasileira em crescimento na Peugeot, para ser a primeira mulher conduzindo uma fabricante aqui;
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Que você não tenha medo de desafios, como a Isela Costantini, brasileira, presidente da GM na Argentina, convidada pelo novo governo Macri para dirigir a Aerolineas Argentinas e seu prejuízo diário de US$ 1 milhão, aceitou;
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Que você dê parâmetro contábil aos seus problemas e não permita que perdas no exercício ora encerrando sejam o mapa para o próximo ano. Escriture os prejuízos e comece 2015 como novo exercício. Passe o a receber ou discutir ao seu advogado e fim de papo. Passado é passado e deve ajudar o planejamento para o futuro. E só;
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Que você adote conceitos econômicos, consumindo apenas o necessário e apto ao seu bolso. Cheque especial ou crédito automático são ferramentas de negócio, de uso restrito apenas se o ganho palpável superar os custos;
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Que você se conscientize que pedaladas nos pagamentos só tem discussão no âmbito governamental. Para pessoas normais, físicas ou jurídicas, tal procedimento, tipo querer pagar a conta de um cartão de crédito com outro, não daria certo;
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Que você tenha e implemente projeto de entesouramento para os bons negócios a surgir de quem não se preparou;
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Que você troque de automóvel. O país precisa disto. Em 2016, novidades atraentes: picape Fiat Toro; Golf 1,4 TSI; novo mini Fiat — o qual já chamam Mobi; novo Honda Civic; novos Mercedes;
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Que sua escolha recaia sobre carro novo, de preferência nacional, para manter ou gerar empregos locais;
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Que tal compra seja em negociação aproveitando as más consequências da despreparada gestão econômica do país;
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Que você tenha cabeça aberta à hora de escolher a cor de seu carro novo, fugindo da ditadura do preto, branco e prata. Esqueça as opiniões sobre valor de revenda, saia do rebanho e compre o que lhe dá prazer, choque a burguesia, provoque seu vizinho — caso do vermelho dos Audis A3 sedan;
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Que você, se precisar, tenha coragem de peitar verdades aparentemente pétreas, como o fez o Sergio Marchionne, chefe supremo da FCA: para fazer caixa fendeu a barreira da intocável italianidade da Ferrari, colocou suas ações na Bolsa de Nova York, a NYSE, para fazer caixa aos planos de expansão, em especial os do renascer da Alfa Romeo;
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Que você, para ajustar sua atividade, ouça seus clientes e consumidores, como o fez a Mercedes-Benz, indo às estradas, às oficinas, aos frotistas, para entender exigências do mercado, adaptando-se e aos produtos, ampliando vendas, recuperando-se;
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Que para entender seu negócio, faça como o Philipp Schiemer, presidente da Mercedes, que volta e meia vira atendente no SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor da empresa para saber dos problemas na linha de frente;
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Que você tenha a coragem da Tesla, pequena fábrica de elétricos nos EUA, sem medo de cara feia, peitou os poderosos, divorciou tecnologia da feiura, tão ligada aos elétricos, e faz os mais atrativos carros com esta tecnologia;
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Que você se não se deslumbre em frequentar a mídia, e faça como o David Powels, novo presidente da Volkswagen: fique mudo até entender as razões operacionais da empresa, produtos, gentes, queda de participação, meios para recuperá-la;
OOOO
Que você tenha a constância teimosa do designer João Paulo Melo, criador de projeto para revitalização do Willys Interlagos. Propõe, insiste, não desiste de criar estrutura, buscar sócios, apoiadores em projeto cujo destinatário natural seria a Renault, proprietária da Alpine, autora do projeto de origem;
OOOO
Que você tenha a coragem da YPF, estatal argentina de petróleo. Entre os números ruins do país de origem, e os menos maus do vizinho, aqui ampliou investimentos. Quer produzir óleos lubrificantes localmente e comprou fábrica em Diadema, SP.
OOOO
Que você seja bom cidadão, fazendo valer seus direitos, exigindo a chegada da gasolina aditivada, para motores mais limpos. Seria adotada em 2015, mas adiada por razões misteriosas, como as que cercam combustíveis no Brasil, de composição química a preço;
OOOO
Que sua equipe de trabalho seja tão entrosada, treinada e motivada como a da Procuradoria Geral da República e Polícia Federal na apuração dos crimes do Petrolão.
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Que a nós o exemplo do juiz paranaense Sérgio Moro permaneça e inspire.
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Que você tenha clareza para apoiar, ou repudiar candidaturas nas eleições de outubro próximo. Neste país de partidos sem programa, e no qual o percentual de políticos infratores da Lei cresce vigorosamente, a repulsa dos contribuintes é fundamental;
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Que você ilumine familiares, amigos e colaboradores lembrando que nessas eleições do compromisso com a cidade e o país, com votos por currículo e propostas;
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Que você acredite que sua cobrança pode manter a esperança na faxina necessária a partir da elite comprometida;
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Que você defenda o país ante críticas de seus contatos do exterior quanto à dúbia condução, os remendos econômicos sobre a falta de planejamento, a insegurança jurídica, inibindo investimentos estrangeiros;
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Que as críticas estrangeiras sobre a corrupção que erode o futuro e nos nivela por baixo, muito baixo, provoquem em você um exame de consciência quando ao futuro do país;
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Que você apoie a necessidade de mudar o jeito de administrar o Brasil para assegurar-lhe futuro sóbrio, apoie e cobre processos de justiça aos indiciados, presentes e futuros, nos desvios de Mensalão, Petrolão e outros ainda não conhecidos. Os Petropilantras não furtaram apenas moedas — comprometeram a vida e o futuro do país. Não pode haver leniência com isto;
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Que você encontre petições públicas saneadoras, propondo implantar corte acima do Supremo Tribunal Federal. Sua supremacia se abalou com a recente decisão sobre os ritos internos do Congresso, mostrando necessário uma câmara revisora a posturas dúbias, para que elas não se tornem nova regra e nossa Justiça não tome o caminho da similar venezuelana;
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Que o seu Deus, como todo Deus, dê-lhe generosa paciência para sobreviver e conviver com o período que se projeta duro, entre a necessidade de medidas saneadoras no interior do governo, sua inexistência, e o caminho simplório de resolver problemas nada mudando e avançando no bolso do contribuinte.
Retífica RN – Coluna natalina continha imperfeição. Disse, o governo federal teria reduzido o IPI aplicado sobre carros elétricos. Correto é a isenção do II, de 35%, mantendo o primeiro no elevado patamar.
Um troféu à altura dos Mercedes
Mercedes-Benz encerrou à altura sua temporada de desafios nacionais, a Challenge. Coleção de corridas em autódromos nacionais, utilizando carros da marca, os sedãs C 250 e os hatches CLA com preparação AMG. Temporada intensamente disputada, com vencedores definidos apenas à última prova, realizada no Autódromo de Interlagos, SP. Equilíbrio é ditado pela identidade entre os veículos, sem preparação pelas equipes participantes, todos com acertos pela Mercedes-Benz, padronizando os veículos.
Pode parecer iniciativa curiosa da Mercedes-Benz patrocinando corridas de entre automóveis encontráveis nas vitrines dos seus revendedores, mas enquadra-se num grande programa de marketing para sedimentação do conceito da marca. Participação no campeonato de Fórmula 1 — vencendo-o e fornecendo motores a outros concorrentes — tem outro foco, a identificação de liderança tecnológica e de resistência. No caso, as corridas com os veículos classificados como Turismo enquadram-se em seu grande projeto de ampliação de conceito, visando deixar de ser vistos apenas como veículos confiáveis, resistentes, de status, e sóbrios. Para abrir o leque dos consumidores, atingindo novas faixas de idade, os Mercedes têm ganhos estéticos e de desempenho, ampliação de linha, como a nova família baseada na Classe A, de tração dianteira, e os campeonatos de corridas com carros da marca.
Em festa complementar à iniciativa, a Mercedes encomendou ao artista Paulo Soláriz, sempre dedicado aos automóveis, uma peça específica. Soláriz criou elegante figura feminina elevando a estrela-símbolo. Representa Mercedes, filha de Emil Jellinek, inspiradora do nome da marca.
A temporada 2016 do Challenge Mercedes-Benz terá seis provas.
RN