Depois de um tempo de especulações, o grupo Volkswagen mostrou finalmente o Chiron, sucessor do Veyron. As fotos já apareceram, e o carro estará no Salão de Genebra, na Suíça, que começa na quinta-feira, dia 3 de março.
Para quem se acostumou com a casa dos 1.000 cv do Veyron e de outros supercarros, pode começar a falar em 1.500, pois essa é a potência que o novo Bugatti irá entregar, vindos de um motor de 16 cilindros em W (quatro bancadas de quatro cilindros) de 8 litros, ou seja, 187 cv por litro.
Com 163 m·kgf de torque máximo a 2.000 rpm, vai até a potência máxima a relativamente baixas 6.700 rpm. O câmbio é de dupla embreagem, sete marchas, tração nas quatro rodas, e o câmbio pode ser deixado em modo automático. O motor precisa de seis catalisadores para atender às normas europeias e americanas de emissões de poluentes.
O peso é maior que o do Veyron, são 154 kg a mais, 1.997 kg no total, a seco, sem os 98 litros de gasolina. É também mais longo, largo e alto que o Veyron. A velocidade máxima será de 420 km/h limitados eletronicamente, com aceleração de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos, 0 a 200 km/h em pouco menos de 6,5 segundos, e 0 a 300 km/h em 13,5 segundos, 3 segundos mais rápido que o Veyron.
Apesar de parecer uma atualização estilística, o Chiron é todo novo. O chassis de compósito de fibra de carbono é diferente do Veyron, o assoalho da cabine é também novo, há mais espaço para os pés e cabeças. O entre-eixos é apenas 1 mm maior, e todas as partes visuais são novas, por fora e por dentro.
Há regulagens de suspensão de acordo com o uso, autoestrada, agilidade, modo automático, velocidade máxima e modo lift, para eliminar a sustentação no eixo dianteiro e garantir máxima segurança, que modificam as taxas de amortecimento para baixo e para cima quando o carro se move, mudando também a altura livre do solo, o que consequentemente, altera o coeficiente de arrasto, entre 0,40 e 0,35. Com o freio aerodinâmico aberto, sobe para 0,59.
Os freios são magistrais, com discos de compósito cerâmica-carbono seguros por pinças de oito pistões na frente e seis atrás. Param o carro, vindo a 300 km/h, em 275 metros.
Uma novidade absoluta é a primeira bolsa inflável de passageiro que abre através do painel de compósito de fibra de carbono, algo interessantíssimo, já que esse material é notório por ser altamente cortante quando fragmentado. Claramente não podem existir pedaços do painel se soltando no disparo da bolsa, caso contrário o veículo nem mesmo poderia ser homologado para vendas e uso.
Serão 500 unidades fabricadas, custa 2,6 milhões de dólares e a direção da Bugatti afirma já ter 150 pedidos fechados.
JJ