Apesar da produção do Land Rover Defender ter se encerrado em janeiro passado, os entusiastas não descansam e não se conformam. Um deles, 0 empresário britânico Jim Ratcliffe, está negociando com a Jaguar Land Rover para adquirir os direitos do modelo, bem como os equipamentos e ferramentais para voltar a fabricá-lo. Não há declarações oficiais de ambas as partes, mas como no Reino Unido os assuntos automobilísticos são bem populares, a conversa é tida como certa.
Está claro que, se o negócio acontecer, a produção deverá ser menor do que anteriormente, já que as normas e regulamentos de segurança e emissões que fizeram o carro — melhor dizer “pedaço de história” — obviamente não seriam alterados, mas o carro poderia ser classificado como de produção especial, fora de série ou similar, com limite de unidades anual pequeno e obter alguns privilégios de regulamentos, se somando aos vários outros modelos de fabricantes britânicos especializados.
Outra opção seria encontrar um motor que atenda todas as normas de emissões atuais, e fabricar o carro em quantidade de acordo com os desejos de seus fãs (eu, entre eles). Essa é a hipótese mais provável e financeiramente mais exequível, e que evitaria problemas em encaixar o carro dentro de exceções das leis, algo que mesmo sendo possível, nunca é totalmente desejável.
Certeza quase absoluta é que o velho fora-de-estrada não poderá se chamar Defender, pois a Jaguar Land Rover trabalha para lançar o novo Defender até 2019, que vem sendo estudado na forma de vários conceitos há pelo menos uma década, e o nome é tão importante que não seria um item a ser incluído no negócio.
Ratcliffe é o fundador e proprietário da indústria química Ineos, e se o negócio não se concretizar, ele apoia um desenvolvimento de um substituto do Defender pela sua empresa. Sua equipe tem a determinação de construir e vender um carro que capture a essência do jipe inglês, corrigindo suas falhas provenientes do projeto antigo, principalmente dirigibilidade e segurança. Ao que se sabe, uma visão mais completa da possibilidade disso acontecer ocorrerá no final do ano, quando a Ineos deve ter um estudo concluído.
Se a ideia de um novo carro for adiante, o desejo de Ratcliffe é que esteja pronto para ser vendido em mais três anos.
Qualquer que seja o desfecho, estamos com os dedos cruzados, torcendo positivamente.
JJ