Como aumentar participação, vendas e lucros num mercado suicidamente competitivo?
Mercedes foi atrás de melhorar seus automóveis, tratar de dar-lhes cara de maior esportividade, conquistar clientes com menor faixa etária. E criou linhas novas como as Classes A e B, e incrementou a produção de utilitários esportivos com a família G.
Uma olhada às projeções de mercado viu dado cintilar: em 2025 imagina-se a venda de 2.800.000 picapes no mundo. Outra, no orçamento, mostrou enorme custo para desenvolver um destes veículos, ao qual a marca nunca se dedicara — há exceção argentina cometida sobre sedãs 170 e, ao início dos anos ’70, com diesel 200 e 220, coisa abaixo do milhar.
A solução estava próxima: em existente acordo comercial com a Nissan para a área de automóveis. Fizeram sinergia, e o picape Nissan, a ser feito na Espanha e na Argentina atingiria os maiores mercados: Europa, Austrália, África do Sul, América Latina. EUA, desejado, é incógnita ao gostar de coisas volumosas, camionais, embora neste ano volte a fazer o médio Ford Ranger.
A operação para as Américas do Sul e Latina teria outro desenho. Nele a Nissan retiraria a produção de picapes do Brasil, transferindo-a para a Argentina, e a cessão, pela associada Renault, de espaço em suas instalações em Córdoba — a velha fábrica do Jeep. Nele a marca japonesa construiria cerca, escritório, e galpões para produzir e administrar picapes.
A Renault também quis um, no caso em nível acima do Oroch. Um carro básico, três marcas, a operação tripartite foi planejada como Nissan produzindo o picape médio, aqui chamado Frontier. Para diferenciá-los, Renault fez pequenas intervenções personalizando seu produto – grade, grupo óptico. Mecânica comum, com o recente motor Nissan Diesel, quatro cilindros, 2,3 litros, 163 cv e 45,8 m·kgf de torque, tração nas 4 rodas, câmbios manual e automático. Motor sem mudanças, exceto na aparência, modificando a tampa acústica, com emblema de cada marca.
No caso da Mercedes, não integrante da Aliança Renault-Nissan, operação um pouco mais complexa, pois a marca alemã não desejava apenas mais um produto, mas iniciar um novo caminho, o do picape Premium. E sobre o Frontier fez amplas modificações.
A Estrela
Para tomar um novo caminho é se imaginar, após muitos papéis, reunião na matriz, em Stuttgart, passo importante, após definir a possibilidade, Dieter Zetsche, para os íntimos o Doctor Zee, nº 1, mandão simpático, líder incontroverso, tenha dado o dever de casa a Volker Mornhinweg, comandante do negócio de Vans, encerrado com o ensinamento do gênio Leonardo Da Vinci: Não se volta quando a meta é a estrela.
Dificilmente Mornhinweg terá visto o filme “Tropa de Elite”, mas trilhou o procedimento enfatizado pelo Capitão Nascimento, recebeu e cumpriu a missão. Segurou os custos, porém conseguiu dar novo espírito ao picape Frontier transformando-o em Mercedes. A aura nipônica é apenas perceptível na linha de perfil lateral. No mais, tem identidade própria. O desenho, personalizou-o mudando para-lamas, grupo óptico e grade (foto de abertura). Atrás, embutiu as lanternas traseiras na caçamba. Dentro, trabalho no interior das portas para ganhar 7 cm na largura, e um tratamento mercediano em detalhes, isolamento termo acústico, materiais de qualidade. Na mecânica aumentou as bitolas dianteira e traseira, aproximando as rodas do limite da curvatura dos para-lamas, arrematados por alargadores. Dinamicamente reduziu a aspereza no rodar picapeano, tornou-o mais estável e fácil de fazer curvas. Na estética colheu resultado de disposição esportiva ante as linhas. Mecânica com opção de dois motores Diesel: Nissan L-4 e Mercedes V-6 também turbo, 254 cv, 62 m·kgf de torque, câmbio automático 7 marchas. Tração nas rodas traseiras, transferível às 4 rodas, ajustável por botão. Desenvolveu novo trambulador para a alavanca de marchas.
Suspensão dianteira por triângulos superpostos e traseira com eixo rígido e multiancoragem, com molas helicoidais.
Capacidade de carga pouco acima de 1 t, altura livre do solo em 20 cm e apto a cruzar rios com até 64 cm de vau.Foi apresentado nesta semana na África do Sul. Vendas, Europa, novembro; África do Sul e Austrália início de 2018, com unidades produzidas na Espanha; Argentina e Brasil, com produção argentina, a ser mostrado no Salão do Automóvel, outubro 2018, vendas início 2019. EUA, em estudos.
Para os mercados europeus e australiano, três versões com nomes auto indicativos: Pure – pelado; Progressive – em ascensão; Power – eu tenho a força! Aplicações desde o trabalho áspero, até o grande uso, ser automóvel Mercedes com porta-malas grande. Quer chancelá-lo como primeiro picape Premium.
Preço? Apenas por citar, versão L-4 43.000 euros — na Europa. Aqui ? Tome como parâmetro o seguinte: ao lançamento considere os preços das versões do líder do segmento, o picape Toyota Hilux. E aplique pontualmente, versão por versão, uns 10%. Diesel V-6, outros 10% sobre a versão L-4. Uma espécie de ônus da estrela.
A pimenta da Volkswagen
Empresa criou oportunidade político-comercial-mercadológica para estender versões Pepper conhecida no Fox, às linha up! e Saveiro. Integra política de reavivar a marca em busca das vendas perdidas e criar evento para dar alento à rede de revendedores: nova opção nas três linhas de produtos e assinalar a volta de Gustavo Schmidt, agora vice-presidente para área comercial, passo interno para significar o início da arrancada para novos tempos, tipo nova VW.
Embora designada especial, é de produção normal, rotulada de 2018, e composta pela agregação combinada de equipamentos de conforto, decoração e implementação do infodivertimento e conectividade. Em Fox, motor de nova geração EA211, quatro cilindros, 1,6 litro, duplo comando, 4 válvulas por cilindro, 110/120 cv, câmbio manual de seis marchas ou robotizado I-Motion de cinco, como era na Highline, que desaparece. Oferecem desempenho agradável, aceleração da imobilidade a 100 km/h em 10,1/9,6 s e velocidade final de 184/190 km/h (manual) ou 11,2/10,7 s, com mesma velocidade máxima (I-Motion); consumo contido em gasálcool ou álcool. No Saveiro, o motor antigo EA111, 1,6 litro e 101/104 cv, câmbio manual de cinco marchas, que perde a versão Highline também. Na sempre surpreendente versão TSI, motor 1-L de três cilindros, turbo, flex, de 101/105 cv — que fica sem a versão high a partir de agora.
Equipamentos
A ideia de compor espírito esportivo parte da cor vermelha e se estende às branca, preta e prata combinando com itens diferenciativos de acordo com as versões. Em todas os espelhos retrovisores externos são pintados em cor diversa da carroceria e nas brancas, prata e vermelhas o teto poder vir preto. Na competição com o líder Fiat Strada, o Saveiro se diferencia pela aplicação de câmera de ré. Pepper há nas versões de cabines estendida ou dupla.
O up! se diferencia dos demais. Achou seu lugar na relação de produtos da VW – é o menor mas não é o mais barato, nem tem missão de ser o mais vendido —, e por tal liberdade oferece composição mais rica, desde a direção com assistência elétrica, sinal de modernidade tecnológica, volante multifuncional, retrovisores externos com sinaleiras — o da direita muda o ângulo quando engatada a marcha a ré, sensor de estacionamento traseiro — faltou a câmera de ré —, sensores de chuva e luminosidade.
Melhor equipado é o Fox: controle eletrônico de estabilidade, monitoramento da pressão dos pneus, assistência de partida em rampa, luzes de curva, câmera traseira, duas opções de multimídia: infodiversão Composition Media e Discover Media, mais completo. Em todos identificação far-se-á por adesivo plástico.
Quem interpretou o nome da versão como ilustrativa a aumento de desempenho, frustrar-se-á. Hoje a indústria do automóvel poupa seus reais em comportamento esportivo, optando investir em conectividade. A cada dia o automóvel roda para o fim, e o fim incluirá os fabricantes. Em seu lugar, a Apple, a Google, o pessoal da tecnologia, pois automóvel será apenas invólucro com rodas de tecnologia da conectividade.
Quanto custam os Pepper
Modelo | R$ |
up! | 57.900 |
Saveiro Cabine Estendida | 67.810 |
Saveiro Cabine Dupla | 71.090 |
Fox 6-marchas manual | 63.110 |
Fox 5-marchas robotizado | 66.510 |
Roda-a-Roda
Mais um – Jaguar ampliou linha utilitária esportiva, SUV. Após o F-Pace, fez o E-Pace, menor, sobre base do Discovery Sport. Motor próprio Ingenium 2-litros, gasolina, turbo, 300 cv, ou diesel 150 cv, suspensão independente, freios a disco nas 4 rodas, harmonia de sistemas eletrônicos de conforto e segurança.
Dúvida – Diz a Jaguar, ideal para a família moderna, com enorme quantidade de exigências atuais de infordiversão. Enfatiza quatro pontos de carga 12v e cinco saídas USB. É para família ou reunião de nerds?
Conteúdo – Adota os conjuntos de cuidados eletrônicos disponíveis em outros Jaguar e Land Rover, como tela de 25 cm, projeção de dados no para-brisa, sistema de leitura de fluxo de trânsito, frenagem automática. Pretendem-no o mais vendido, mas custará acima de Audi Q3 e BMW X1. Ou seja, aqui não fará vendas elevadas.
Mais – Nome Pace, em inglês Ritmo, resgata slogan da marca nos EUA: Grace, Pace, Space. Ante as linhas, semelhantes a um cupê anabolizado, cria ocasião para intermináveis discussões: é utilitário esportivo ou esportivo utilitário?
Mais outro – Ao lançamento, efeito para impressionar: um salto com giro completo no ar. Está em https://youtu.be/9yatAJVA_4E. Fãs do agente 007 no filme O Homem da pistola de ouro já viram proeza pioneira com AMC Hornet: https://www.youtube.com/watch?v=fzCIbhLUUA0 Foi muito mais difícil fazer com um projeto antigo.
Questão – Se vender bem responderá a questão: até que ponto resultados de pesquisa influenciam em compras ? Pelo ultimo levantamento da JD Power é uma das piores marcas em defeitos.
Mais – Início da produção do Nissan Kicks em Resende, RJ, exigiu implantar segundo turno. Presidente da empresa, Marco Silva, iniciou novo ciclo e foi conhecer/cumprimentar os 600 novos funcionários. Ficaram satisfeitos. Governo (?) do Estado do Rio, também. Há tempos não se ouvem notícias boas por lá.
Assistência – Ato raro, Ford disponibilizou a mecânicos de oficinas não-autorizadas, livro digital feito em conjunto com o Senai: Sistemas de Injeção Eletrônica dos Motores Ford. 250 páginas com informações de eletricidade e eletrônica básicas. Para motores Rocam em Ka, Fiesta, Courier e EcoSport.
Melhor e Pior – Empresa J.D. Power fez levantamento de qualidade no mercado dos EUA, perguntando a 80 mil compradores sobre primeiros meses dos carros 0-km. Listou as indicações de defeitos para centena de veículos.
Melhores – Kia é a marca com menos problemas; 31 compradores a cada 100 precisaram serviços. Colada, Genesis, de luxo da Hyundai, controladora da Kia. Após, Porsche. Hyundai, controladora da Kia, ficou em oitava posição.
Piores – Fiat, Jaguar e Volvo. Land Rover, mesma produção da Jaguar, duas posições acima como menos pior.
Questão – Qual é a linha invisível a costurar as últimas colocações? São todas marcas em nova fase, compradas por empresas de outros continentes, outra formação e postura gerencial, seguramente superiores às gestões anteriores.
II – Caso Fiat mais curioso porquanto sua marca de picapes, a RAM, está em quinta posição de qualidade, acima de BMW, Nissan, VW.
Será? – A má posição Fiat nos EUA, impeditiva ao crescimento, deve exigir horas de trabalho a Stefan Ketter, presidente da FCA na América Latina, mas especialista maior em construções e manufatura. Foi quem mudou e aperfeiçoou métodos e processos no Brasil, perceptíveis no Argo — outra categoria dentre os Fiat. Problema nos EUA pode acelerar sua transferência.
Vilegiatura – Vais ao norte da Itália em férias? Gostas de automóveis mais ou menos antigos? Em agosto Slow Drive, agência especializada em aluguel de carros de época, oferece vantagens para aproveitar melhor. info@slowdrive.it
História – Ford Escort XR3 comemora 35 anos. Surgiu em 1982 na Europa. Aqui em 1983, marcando o início da europeização da filial brasileira. Sigla indicava a indicava a 3ª. proposta de Experimental Research, pesquisa experimental. Motor 1,6 a álcool, 82,9 cv, rebaixado, defletor dianteiro, aerofólio traseiro, bancos esportivos, teto solar com persiana interna, sonho de consumo. Durou até 2003.
Actros, pesado da Mercedes, amplia seu uso
Após aplicar ao seu caminhão Actros modificações e sugestões de frotistas e motoristas nacionais, Mercedes-Benz tem acompanhado seu crescimento de vendas. Para levar conhecimento aos operadores e motoristas, criou a Websérie Actros para demonstrar o crescimento do caminhão pesado na diversificada aplicação no país. A Websérie é veiculada nas redes sociais, no canal da marca no Youtube, e na página da Mercedes no Facebook. O primeiro vídeo atingiu 18.500 visualizações e 1.000 curtidas apenas no Facebook.
Novo episódio foca motoristas de caminhões em atividade de projetada expansão, o transporte de combustível e derivados de petróleo. 90% de tal movimento é feito sobre caminhões por distribuidoras, postos, transportador revendedor retalhista, usinas de álcool, recuperadores de óleo. O Brasil é o sexto país do mundo em consumo de petróleo, terceiro no segmento de transporte.
O Actros assegura elevado nível de conforto durante o trabalho e o descanso do motorista, o que resulta em produtividade e segurança para a sua jornada diária”, diz Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. O Actros também oferece força, robustez, resistência, disponibilidade e reduzido custo operacional para as empresas de transporte, para que elas alcancem a rentabilidade desejada.
O Actros passou por desenvolvimento tornando-se capaz de operações rotuladas de mix-road, utilizando estradas asfaltadas e vias não pavimentadas.
RN