GP da Bélgica marca reinício da temporada 2017. Pista longa tem diferentes microclimas. Traçado favorece Mercedes.
As três semanas sem atividades de pista que separaram os GPs da Hungria, disputado dia 30 de julho, e da Bélgica (neste domingo) acalmaram alguns ânimos, renovaram contratos e esquentaram táticas em busca de objetivos maiores. O ambiente da F-1 está em fase de acertos e definições para a temporada do ano que vem e certamente o fim de semana terá momentos semelhantes ao clima típico da região de Spa-Francorchamps.
Um dos locais mais tradicionais da F-1, o circuito de 7.004 metros usa estradas normais que interligam as pequenas Francorchamps, Malmedy e Stavelot a Spa (a maior cidade da região) em meio às colinas das Ardenhas, local de importante batalha da Segunda Guerra Mundial. Desde os anos 1950, década da fundação do Campeonato Mundial, seus vales, colinas, subidas, descidas são percorridos pelos carros da F-1, com raras ausências ou quando o grande prêmio belga foi disputado em Nivelles ou Zolder. Na região é comum acontecerem surpresas como tempo seco na região dos boxes e garoa, ou mesmo chuva, no lado oposto; se isso não acontecer é provável que o recorde atual — 1’47”263, de 2009 e marcado por Sebastian Vettel — seja finalmente superado.
Na foto de abertura, a famosa e desafiadora curva Eau Rouge.
No paddock de Spa este ano, lados até pouco tempo opostos agora parecem ter revertido a direção de suas caminhadas após concluir que esse a distância não encurtaria em nada os problemas de ambos. É o caso de Honda e McLaren, que parecem viver uma nova lua de mel: já se fala em renovar o acordo atual, contrato que foi literalmente vilipendiado em função do parco desempenho do motor japonês. Tem-se como certa que a Ilmor está colaborando para resolver os problemas da máquina nipônica.
O currículo vitorioso da empresa liderada pelo mago suíço Mario Illien é tão convincente que Fernando Alonso parece ter percebido que o melhor para ele será mesmo continuar na equipe por mais um ano. Se isso acontecer, o time de Woking manterá a mesma dupla de pilotos atual: o belga Stoffel Vandoorne foi confirmado para 2018 às vésperas do GP em sua casa, anúncio esperado e adequadamente explorado pelo marketing da equipe.
Na lista dos inscritos mais importantes, os alemães parecem mais tranquilos que os italianos para o final de semana: o retrospecto da temporada mostra um cenário mais favorável à Mercedes em pistas de alta velocidade média, ao contrário da Ferrari, cujo conjunto é mais eficiente em circuitos travados. Isso poderá equilibrar a disputa pelo título da temporada, que tem Sebastian Vettel como líder (202 pontos), seguido por Lewis Hamilton (188), Valtteri Bottas (169), Daniel Ricciardo (117) e Max Verstappen (110).
A recente confirmação de Kimi Räikkönen para uma nova temporada na Ferrari deixou claro que a Scuderia vai focar todas as atenções no piloto alemão e manter o finlandês literalmente como escudeiro em busca de conquistas que significam muito mais do que vento. O título da temporada ajudaria em muito o grupo FCA, controlador da Ferrari: recentemente vieram a público que um grupo chinês está negociando a incorporação do império formado pela Fiat e Chrysler e um título mundial da F-1 significa prestígio capaz de aumentar o preço praticado em bolsas de valores. No campo do adversário a renovação do contrato de Valtteri Bottas é defendida por Niki Lauda, que propõe à Mercedes adotar tática igual à do time italiano em busca de fazer Lewis Hamilton conquistar seu tetracampeonato.
Os treinos, a prova de classificação e o Grande Prêmio da Bélgica serão transmitidos pela TV e se realizam nos seguintes horários:
Sexta-feira:
Treino Livre 1 5h00 – 6h30 (SporTV, cheque o canal)
Treino Livre 2 9h00 – 10h30 (SporTV, cheque o canal)
Sábado:
Treino Livre 3 6h00 – 7h00 (SporTV, cheque o canal)
Classificação – 9h00 – 10h00 (SporTV, cheque o canal)
Domingo:
Corrida – 9h00 (Globo)
WG