Aconteceu um grave acidente na madrugada de anteontem (6ª feira 3/8) no bairro paulistano Itaim Bibi, colisão em cruzamento. Três pessoas perderam a vida quando o BMW em que estavam vinham pela Rua Clodomiro Amazonas foi atingido por um Audi que saiu da Rua Santa Justina. Ao ser atingido o BMW bateu num poste e, ao que parece, fio energizados caíram sobre o veículo e, de alguma forma, ocorreu um incêndio. O cruzamento é semaforizado, mas no momento (1h30) estava em operação amarelo piscante.
Esses são os fatos do acidente, que teve ampla repercussão na mídia, inclusive com vídeo do carro atingido sendo consumido pelas chamas; as três vítimas pereceram carbonizadas. Comento os fatos do acidente.
Para começo de conversa, amarelo piscante nunca deve seria operação normal, mas emergência em caso de defeito ou falta de energia elétrica apenas. Uma situação anormal, portanto.
O correto é semáforo em funcionamento nas 24 horas do dia em que o vermelho só tem um significado: parar e aguardar a mudança para verde.
Mas aí entra a questão da segurança pessoal, em que se convencionou que ficar parado é dar chance ao azar, ser assaltado. Isso, claro, devido à guerra civil velada que se instalou no Brasil, em que uma das causas, se não a principal, é falta de policiamento combinada com uma justiça viciada, mais pró-criminoso do que pró-cidadão ou mesmo pró-policial, que estimula o crime.
Por isso clama-se pelo amarelo piscante no período de menor tráfego e a autoridade de trânsito tem atendido — erroneamente — esse clamor.
Só que por questão de falta de conhecimento e/ou burrice, para muitos motoristas um semáforo que pisca em amarelo significa caminho livre — “Oba, não preciso parar!” — é o que muitos motorista parecem pensar, pelo que se vê acontecer.
É aí que mora o perigo.
Você, leitor ou leitora que dirige, tenha em mente que amarelo piscante tem a mesma função da placa de parada obrigatória (“Pare”). É para parar, avaliar a situação e reiniciar a marcha. Não existe outro procedimento.
Infelizmente inexiste esse preceito no nosso Código de Trânsito, mas existe pelo menos no dos EUA.
Se o motorista do BMW observasse, ou soubesse disso, e ele seus passageiros estariam vivos. Igualmente, o do Audi não teria batido no BMW — ou não teria eventualmente sido colhido por este.
Passe essa noção para aqueles da sua família que ainda não dirigem ou que já, ou àqueles que lhe são caros.
BS