Nos últimos dois anos, apesar da crise econômica que assola o País, os carros novos passaram a ter preços bem salgados em suas tabelas de preços sugeridos pelos fabricantes. E se já não bastasse este fator, o aumento no risco dos financiamentos fez com que os bancos e as financeiras subissem sobremaneira os juros do crédito. Tudo isso junto levou o consumidor a relegar a possível compra de um carro novo.
Do que eu eu preciso?
A compra de um bom usado que seja ideal para suas necessidades começa na análise do que você realmente precisa em um carro. Pense primeiro: o carro que preciso vai ser usado mais na cidade ou na estrada? É fundamental que ele seja confortável para longas distâncias ou pode ser mais espartano para curtos períodos dentro do carro? O consumo de combustível é fundamental? Itens como ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas são itens de conforto indispensáveis? Porta-malas de grande capacidade é necessário? Motor de alta potência e torque é fundamental? E o câmbio automático, é um item que vai ajudá-lo no dia a dia? Facilidade para estacionar é algo desejado? Se você responder a todas essas perguntas acima, certamente já estará apontando para o carro que você realmente necessita.
Sabendo como deve ser o carro que você precisa, olhe para o mercado e veja qual carro se adapta a você. Talvez mais de um modelo se enquadre em suas necessidades e, certamente, mais de uma marca se adaptará ao seu perfil de carro ideal. Dê preferência à marca que o mercado aponta como a que tem as melhores ofertas de peças e mais facilidade de manutenção. Nesse item, seu mecânico pode ajudá-o. Se você já tem preferência por alguma marca ou é fiel a alguma delas, escolha o modelo de sua linha que está mais perto de suas necessidades. Neste ponto, você já estará bem próximo do usado que você realmente necessita.
Manutenção
Para comprar, procure um usado que não tenha muito mais do que 50.000 quilômetros rodados. A partir daí, os custos de manutenção já sobem muito. Da marca escolhida, procure saber na rede de concessionários se existe, para aquele modelo, um plano de manutenção de custo reduzido. Hoje, muitas marcas já adotam essa política para valorizar seus produtos no pós-venda. E esses planos de manutenção preventiva feitos de comum acordo entre as marcas e suas concessionárias fixam os preços que o proprietário vai gastar para manter os carros andando segundo as especificações da fábrica.
Os carros que tiveram a manutenção preventiva feita segundo as recomendações dos fabricantes deverão ter a preferência para a compra. Você pode verificar isso, olhando o manual de manutenção: Os carimbos das revisões deverão corresponder à quilometragem que marca o hodômetro do veículo. Dessa maneira, você terá a certeza de que, no tempo correto, as peças originais foram substituídas e não surgirão surpresas inesperadas de quebras ou despesas de consertos não previstos. Vale a pena pagar um pouco mais por um carro mantido dessa forma.
Não se esqueça de olhar também os pneus. A troca de um jogo de pneus pode custar de R$ 1.000 até R$ 4.000, dependendo de sua medida e tipo. Por isso, observe atentamente a esse item, pois dele pode depender um bom ou mau negócio: um carro que parecia barato pode custar muito mais caro do que a média do mercado. As suspensões, também são itens que requerem cuidados, pois seu custo de manutenção não é dos mais baixos. Uma pequena volta com o carro pode denunciar barulhos e pancadas secas da suspensão. Fique atento.
Documentação
Por último, antes de fechar negócio, com o número da placa dirija-se a um despachante, que vai consultar o banco de dados do departamento de trânsito da região para saber a real situação da documentação do veículo escolhido. Às vezes, o carro pode estar com uma dívida tão grande de documentação atrasada e multas que não compense sua regularização.
Muitos carros vão parar no ferro-velho porque devem mais em documentos e multas do que seu valor no mercado. Verifique sempre, já que esse item é fundamental. De qualquer forma, se você já sabe quanto o carro deve de multas do proprietário anterior, pode descontar esse valor do preço que vai ser pago pelo carro. Isso evita dores de cabeça futuras com o antigo proprietário. Pronto, você já está apto a escolher o carro ideal para suas necessidades e não ter surpresas desagradáveis na hora da transferência da documentação.
DM
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