Não poderia, como especialista, deixar de elogiar o recente artigo da jornalista Nora Gonzalez, expondo de maneira clara e instrutiva,as belezas da Sérvia, no que concerne suas autoestradas e sua sinalização orientadora urbana. É sempre bom se testemunhar matérias construtivas e esclarecedoras, que instruem os que estão na “meia ciência” e, por conseguinte, ávidos por criticar qualquer notícia que lhes contrarie.
Vou, por conseguinte, comentar o que me foi mostrado nesta, repito, excelente contribuição para os leitores do AUTOentusiastas.
Em primeiro lugar, adotam o limite máximo correto para o percentual de álcool no sangue dos motoristas, de 0,30 gr/l, conforme defendo, em respeito às normas médicas. Somente aos motoristas, com maiores responsabilidade, por dirigirem veículos pesados, a tolerância é zero.
Menciona as áreas de repouso, onde se pode estacionar e até acampar, que se encontra em toda a Europa, ao longo das rodovias.
A inteligente obrigatoriedade do uso do colete com material refletivo, sempre que sair do seu veículo, quando no acostamento, por razões várias. Aliás, uma das características que distinguem o Primeiro Mundo do nosso Terceiro é o respeito à vida humana, o que não impede as terríveis guerras em que lá se envolveram.Ainda dentro deste sentimento, o uso de barreiras acústicas, a fim proteger do ruído do tráfego as populações contiguas às rodovias
Fazem talvez, mais de vinte anos, eu trouxe da Alemanha amostras destas paredes redutoras de ruído e as entreguei a dois fabricantes com o propósito de iniciar no Brasil esta proteção civilizada. Alem de não as utilizarem, fizeram-me o favor de extraviá-las. ”E la nave vá”, como diria Federico Fellini.
Enfatizou a existência de pequemos comércios,nos postos de reabastecimento, contendo produtos capazes de reparar pequenos defeitos, tais como lâmpadas queimadas, etc…..
Fiquei feliz de poder ver que em nenhuma foto aparecem as defensas de concreto, assassinas, largamente utilizadas no Brasil, que além de não dividirem as deformações, devidas ao choque, sofridas pelo veículo, ainda o devolve à pista de rolamento, ameaçando o tráfego de passagem. Só utilizam as defensas metálicas que dividem as deformações com as do veículo que a atingiu, realmente absorvendo parte das deformações presentes, poupando, o que pode, do veículo que com ela colidiu. No Brasil poderiam, já que se deseja economizar gastos e não vidas, ao menos utilizar as defensas metálicas nas curvas, quando a possibilidade de choque frontal é mais presente.
Mostra ainda, o espetacular sistema de contenção de encostas, utilizando placas de aço.
Enfatiza o limite máximo de velocidade, nas suas perfeitas rodovias, de 130 km/h, reduzíveis para 60 km/h, quando houver chuva ou neve (Foto de abertura).
Sobre o limite de velocidade, sugiro à autora da matéria que, quando possível, visite a Bavária, na Alemanha, quando encontrará as suas autoestradas sem limite de velocidade, uma vez que o piso de sua pistas reproduzem as ranhuras dos pneus, evitando o perigoso efeito das aquaplanagens.
Quanto ás suas observações do tráfego urbano, o destaque das informações “online” sobre os locais e número de vagas disponíveis para o estacionamento, importante informação para a fluidez do tráfego, principalmente o de turistas. Tento esta providência desde meus tempos de função pública, jamais obtendo apoio.
No mais, só me resta agradecer este importante auxilio, em esclarecer o que tento, sempre que é possível, de se ter prazer em dirigir, sugerindo à brilhante articulista uma visita à cidade de Munique, na Bavária, a fim de nos informar o excelente funcionamento de sua sinalização semafórica, toda sob controle informatizado, com informações, “online”, do real “perfil” do tráfego, em magnífico trabalho da Siemens para a otimização dos tempos dos semáforos, tornados inteligentes.
CF