Quando a Fiat lançou a Toro em 2016 para competir no segmento de picapes médias, que até aquele momento era dominado pela S10 da Chevrolet e pela Hilux da Toyota, muitos não acreditavam que aquele novo modelo poderia fazer sucesso. Afinal era a primeira picape média construída em uma carroceria monobloco e não sobre chassi.
Surpreendeu a todos os mais céticos ao cair na graça do consumidor, começar a vender bem e chegar à liderança do mercado de picapes médias — apesar de os fabricantes tradicionais ainda insistirem que a Toro não é competidora para seus produtos, que são mais robustos e mais capazes, além de serem mais adequados a serviços pesados.
Portfólio amplo
A linha 2020 vem com a oferta de nove versões, todas produzidas na única opção de cabine dupla com quatro portas e capacidade para transportar 5 pessoas. A caçamba é de 820 litros com protetor plástico para todas versões.
São duas opções de motores flex (1,8 e 2,4) disponíveis. O câmbio manual de cinco marchas é oferecido apenas com motor 1,8-l, que tem também a opção de câmbio automático de seis marchas. O motor 2,4-l está disponível apenas na versão Volcano e com câmbio automático de nove marchas, avaliado aqui pelo JJ.
As grandes novidades da linha 2020 são o motor diesel 2-l com câmbio automático de nove marchas disponível na versão Endurance, que é a de entrada e avaliada nesta semana. A outra novidade é a nova versão Ultra, que passa a ser a topo de gama do modelo.
Os preços variam de R$ 96.990 para o modelo Endurance 1,8-l manual até R$ 167.990 na nova versão Ultra 2-l diesel automática de nove marchas.
A versão avaliada tem o preço básico de R$ 134.990 acrescido de R$ 6 mil pelos pacotes opcionais instalados: Pack Convenience (porta-escada, 3ª luz de freio, sensor de estacionamento traseiro, iluminação da caçamba, retrovisor elétrico com repetidoras de setas e faróis de neblina); e Pack Convenience Multimídia (câmera de ré, central multimídia 7”, 6 alto-falantes, volante multifuncional revestitdo de couro e 2 tweeters no painel), totalizando R$ 140.990. Se considerar o desconto para CNPJ ou Produtor Rural o valor fica em torno de R$ 125.000, segundo consulta em uma concessionária Fiat.
Exterior com novidades
O design frontal da Toro segue marcante,pois incorpora três pares de conjuntso óticos. Um par na altura do capô do motor, que funciona como luz de posição na versão Endurance ou luz de rodagem diurna (DRL) na demais versões, dando a assinatura visual ao veículo. O segundo par são os faróis principais, alto e baixo, ladeando a grade dianteira. E o terceiro localizado no para-choque para a função de farol de neblina.
Ao para-choque dianteiro foi adicionado uma moldura plástica que imita uma barra “quebra-mato” trazendo maior presença e um visual de maior robustez ao veículo. Essa novidade está presente em todas as versões. Outra vantagem desta solução é que por ser uma peça adicional, em caso de danos é possível trocar apenas essa peça, não sendo necessário a troca do para-choque completo.
Conjunto mecânico
A Fiat italiana é uma referência em desenvolvimento de motores Diesel para aplicação leve/média. Tanto que a GM se associou à Fiat anos atrás, em busca desse conhecimento. O motor é Fiat 2-l diesel turbo de 4 cilindros em linha com 4 válvulas por cilindro e duplo comando de válvulascom acionamento por correia dentada, e está montado na transversal, diferente da tradição de picape média em que são montados longitudinalmente.
Este motor entrega 170 cv a 3.750 rpm com torque máximo de 35,7 m·kgf a 1.750 rpm. A injeção é direta e as trocas de marcha ocorrem a 4.500 rpm sob aceleração plena. A rotação de estol do conversor de torque é de 2.800 rpm e o bloqueio se dá deste a 1ª marcha.
Acoplado ao motor encontra-se o câmbio Chrysler/ZF 948TE, produzida nos EUA, de 9 marchas com saídas das semi-árvores para as rodas dianteiras, e saída para caixa de transferência que conecta o diferencial traseiro através de um cardã tripartido com dois mancais de apoio intermediários. Ao selecionar o modo Auto a tração é integral sob demanda, com prioridade para o eixo dianteiro. É possível selecionar o modo 4×4 que faz a comutação 4×2 para 4×4 com maior rapidez, dependendo da necessidade, ou a opção de 4×4 reduzida onde a tração nas quatro rodas é permanente.
Ao selecionar D na alavanca seletora, as saídas da imobilidade sã normalmente em 2ª marcha. Para selecionar a 1ª marcha é necessário utilizar o modo manual na alavanca. Isso acontece porque a 1ª marcha tem uma relação de redução muito curta (4,70:1) ideal apenas para rampas muito íngremes ou veículo com a carga máxima de 1 tonelada (5 pessoas de 70 kg = 350kg + 650 kg na caçamba).
Para uso fora de estrada é disponível o controle de descida, acionado através de um interruptor no console central que só pode ser acionado quando a tração 4×4 reduzida está selecionada. Este sistema mantém o veículo em velocidade de até 6 km/h, não sendo necessário a aplicação dos freios ou acelerador.
Utilizando o veículo em modo D as trocas de marcha acontecem de maneira muito suave sem apresentar hesitação. Nota-se que nas reduções, em algumas situações, o câmbio pula uma ou duas marchas, visto que as relações são muito próximas, sem causar qualquer desconforto aos ocupantes.
O desempenho geral é bem adequado para uma proposta de picape média. 0-100 km/h declarado pela Fiat é de 10 segundos e a velocidade máxima 188 km/h. Números bons para uma picape com peso em ordem de marcha de 1.871 kg.
O consumo de combustível declarado pela Fiat e registrado junto ao Denatran é de 10 km/l no uso urbano e 12,6 km/l no rodoviário. Durante uma viagem de Campinas até a curva AE (120 quilômetros) registrei o consumo de 13,5 km/l. O tanque de 60 litros permite autonomia de mais de 750 km. Bom para quem gosta de fazer viagens longas como eu. Em 1.495 km que circulei nesta semana a média geral foi de 12,3 km/l (cidade + estrada).
Para os amantes do câmbio manual a única alternativa é no motor 1,8-l flex, visto que para as versões diesel está disponível apenas câmbio automático e tração 4×4. A versão Freedom 4×2 diesel manual testada pelo AK não está mais disponível.
Dinâmica veicular
Freios são a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira. Chama a atenção o tamanho avantajado do tambor traseiro, porém é importante levar em consideração o peso bruto total que ultrapassa os 2.800 kg. A curva de resposta do pedal de freio é muito boa, permitindo uma perfeita modulação das frenagens. Muitos irão reclamar da falta de freio a disco na traseira, porém para o propósito do veículo, o freio a tambor bem dimensionado é uma certeza de baixo custo de manutenção.
A suspensão é independente nas quatro rodas, sendo McPherson na dianteira e multibraço na traseira, com molas helicoidais e barras antirrolagem estão presente em ambas, além de amortecedores pressurizados.
Chama a atenção o diâmetro do tubo do amortecedor traseiro. Nota-se que os engenheiros da Fiat adotaram uma configuração que permite maior volume de óleo, evitando superaquecimento dos amortecedores, o que causaria perda de ação momentânea e possibilidade de vazamento.
O curso de trabalho da suspensão traseira é bem longo, permitindo transpor obstáculos cruzados sem que uma das rodas traseiras perca contato com o piso. Os batentes de Cellasto® (nome comercial da Basf plástico poliuretano de alta densidade) utilizados na traseira fazem a função de segunda mola, dando progressividade na constante elástica de toda suspensão. Com este recurso os engenheiros da Fiat conseguiram deixar o veículo macio para a condição vazio sem perder muito a altura ao carregar o veículo.
Com o ajuste dado a esse pacote de suspensão é possível fazer curvas com muita segurança tanto em asfalto quanto em estradas de terra. A carroceria tem bom controle de rolagem e nas curvas mais fechadas e com piso escorregadio o sistema de tração sob demanda faz seu papel, transferindo potência para as rodas traseiras, minimizando os efeitos da perda de tração na dianteira.
Apesar da indisponibilidade de sistema autobloqueador no diferencial, a Fiat adota um sistema que aplica o freio seletivamente na roda que estiver com maior escorregamento, facilitando assim a transposição de trechos com lama, baixa aderência ou mesmo quando uma está sem nenhum atrito, como quando fora do solo.
A direção é eletroassistida com motor elétrico de passo conectado à arvore de direção. A assistência elétrica está indexada a velocidade do veículo, deixando bem leve para manobras e com boa progressão de esforço com o aumento da velocidade.
O volante de direção de 375 mm tem ótima empunhadura e é revestido em couro. A regulagem de altura e distância do volante, associado aos ajustes do banco com regulagem de altura, permite encontrar com facilidade a melhor posição para dirigir. Nota-se que a Fiat não economizou nesses itens que proporcionam maior conforto ao dirigir neste modelo de entrada.
Todo esse conjunto de dinâmica veicular é complementado pelos pneus 225/55R17 Pirelli Scorpion ATR do tipo M+S, montados em rodas de liga leve com pintura escurecida. O estepe está alojado abaixo da caçamba e é do tipo temporário com dimensões reduzidas.
Interior despojado
Sendo um modelo de entrada nota-se uma economia nos itens de luxo e versatilidade do interior para que tenha um preço competitivo.
Os bancos são revestidos em tecido na cor cinza-chumbo com um grafismo exclusivo do modelo. O mesmo é observado nos apoios de braço das portas dianteiras que são acolchoados e revestido de tecido. Mas falta um apoio de braço, seja no console central, seja no próprio banco.
Os bancos dianteiros tem bom conforto sem gerar fadiga ao corpo em trajetos mais longos. E os traseiros acomodam bem os dois passageiros laterais, com bom espaço para as pernas. Já o passageiro central fica com o conforto comprometido devido à altura do túnel central.
Esta e demais versões trazem apenas as bolsas infláveis frontais obrigatórias. A única versão com sete bolsas infláveis é a topo de linha Volcano. Há apoio de cabeça ajustável e cinto de 3 pontos para os cinco lugares, sendo que no banco traseiro há engates Isofix para três bancos infantis
São poucos componentes que levam acabamento cromado no interior do veículo, sendo substituído por preto piano ou cinza fosco. Apesar dessa economia o resultado obtido é agradável e harmonioso. Talvez os consumidores mais críticos venham a reclamar dessa simplicidade, mas o resultado é de bom-gosto com baixo custo e facilidade de limpeza.
Caçamba
O volume útil da caçamba é de 820 litros, caso seja utilizado a capota marítima opcional. As dimensões da caçamba são limitadas em 1,20 m de comprimento e 1,10 m de largura o que restringem a gama de produtos que podem ser carregados. Porém mesmo com essa restrição é possível acomodar uma bicicleta na diagonal ou outros itens de lazer e trabalho.
Se por um lado o tamanho da caçamba não tem grande vantagem perante seus concorrentes, a versatilidade de oito pontos de ancoragem de carga é um diferenciador que deveria ser seguido por outros marcas. São quatro pontos na parte superior da caçamba e outros quatro estrategicamente posicionados na parte inferior e que ficam fechados no protetor da caçamba. Essa disposição permite acomodar firmemente objetos de baixa ou alta altura com maior segurança.
Importante a existência de barras de proteção do vidro vigia traseiro que trazem segurança aos ocupantes do banco traseiro em caso de deslocamento de carga.
O “Santo Antônio” tem um desenho bem arrojado e se estende sobre o teto da cabine. Além de compor com o visual esportivo do veículo é muito útil para acomodar e fixar cargas mais altas ou compridas.
Conectividade e conforto
Outra novidade no modelo 2020 é a central multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Não é o sistema de última geração que vemos em outras marcas, mas tem tela tátil de 7”, e o sistema preenche uma lacuna que já causava estranheza nos consumidores, visto que carro mais simples da própria Fiat já possuíam. Este sistema é opcional na versão Endurance e equipamento original em todas demais versões da Toro.
O sistema de ar-condicionado tem boa capacidade de resfriamento da cabine. Mesmo sem a saída de ar climatizado para os ocupantes do banco traseiro, consegue uma boa distribuição de ar ao ponto de não se ouvir reclamação dos passageiros de trás.
Os controles do sistema de ventilação são manuais, o que exige o constante ajuste para manter uma temperatura equilibrada e homogênea na cabine.
Através dos comandos instalados no volante multifuncional é possível navegar pelas diversas telas do computador de bordo, com visualização no centro do quadro de instrumentos.
O controle de velocidade de cruzeiro e limitador de velocidade também são comandados através de comandos no volante. Ficam faltando na versão Endurance as borboletas atrás do volante para troca de marchas disponíveis em outras versões. O modo manual de troca de marchas é obtido apenas pela alavanca seletora.
Mercado
Alguns classificam a picape Fiat Toro como uma picape gourmet para ir ao shopping center e preferem não enxergar os bons atributos e recursos apresentados. Outros criam um segmento intermediário para encaixa-la fora do segmento de picape média. Mas no final das contas esta picape atende muito bem ao consumidor médio da categoria e está consolidada no mercado.
Interessante notar que apesar de já estar no seu quarto ano de mercado, seu design original está praticamente inalterado. Mesmo assim ainda é moderno, e não está envelhecido como ficam outros modelos ao atingir essa idade.
Vídeo
GB
Obs: Ficha técnica e lista de equipamentos após as fotos adicionais
| FICHA TÉCNICA FIAT TORO ENDURANCE 2,0 DIESEL 4X4 AT9 | |
| MOTOR | |
| Denominação | Multijet II |
| Descrição | 4 cilindros em linha, dianteiro, transversal, bloco e cabeçote de alumínio, duplo comando de válvulas, correia dentada, 4 válvulas por cilindro, injeção direta, turbocompressor com interrestriador, diesel. |
| Diâmetro e curso (mm) | 83 |
| Cilindrada (cm³) | 90,4 |
| Taxa de compressão (:1) | 16,5 |
| Potência (cv/rpm) | 170/3.750 |
| Torque (m·kgf/rpm | 35,7/1.750 |
| Comprimento da biela (mm) | n.d. |
| Relação r/l | n.d. |
| Corte de rotação (rpm) | 5.000 |
| Ignição | Por compressão |
| TRANSMISSÃO | |
| Câmbio | Chrysler/ZF 948TE automático epicíclico 9 marchas |
| Relações das marchas (:1) | 1ª 4,700; 2ª 2,840; 3ª 1,910; 4ª 1,380; 5ª 1,000; 6ª 0,810; 7ª 0,700; 8ª-0,580; 9ª 0,480; Ré 3,830 |
| Relação do diferencial (:1) | 4,334 |
| SUSPENSÃO | |
| Dianteira | Independente, McPherson, braço inferior triangular, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e barra antirrolagem |
| Traseira | Independente, multibraço, mola helicoidal, amortecedor pressurizado e barra antirrolagem |
| DIREÇÃO | |
| Tipo | Pinhão e cremalheira, eletroassistida indexada à velocidade |
| Diâmetro mín. de curva (m) | 12,9 |
| Voltas entre batentes | 2,7 |
| Diâmetro do volante (mm) | 375 |
| FREIOS | |
| Dianteiros (Ø mm) | Disco ventilado/305 |
| Traseiros (Ø mm) | Tambor/295 |
| Controle | ABS (obrigatório), EBD e assistência à frenagem |
| Circuito hidráulico | Duplo em diagonal |
| RODAS E PNEUS | |
| Rodas | Alumínio, 6,5×17 |
| Pneus | 225/65R17 |
| CONSTRUÇÃO | |
| Tipo | Monobloco em aço, picape, cabine dupla 4 portas, subchassi dianteiro e traseiro, cinco lugares |
| AERODINÂMICA | |
| Coeficiente de arrasto (Cx) | n.d. |
| Área frontal (calculada, m²) | n.d. |
| Área frontal corrigida (m²) | n.d. |
| DIMENSÕES (mm) | |
| Comprimento | 4.915 |
| Largura (sem/com espelhos) | 1.844 |
| Altura | 1.680 |
| Distância mínima do solo | 206 |
| Distância entre eixos | 2.990 |
| CAPACIDADES (L) | |
| Caçamba | 820 |
| Tanque de combustível | 60 |
| PESO (kg) | |
| Em ordem de marcha | 1.871 |
| Carga útil | 1000 |
| DESEMPENHO | |
| Aceleração 0-100 km/h (s, G/A) | 10 |
| Velocidade máxima (km/h, G/A) | 188 |
| CONSUMO DE COMBUSTÍVEL INMETRO/PBEV | |
| Cidade (km/l) | 10 |
| Estrada (km/l) | 12,6 |
| CÁLCULOS DE CÂMBIO | |
| v/1000 em última marcha, 9ª (km/h) | 63,8 |
| Rotação a 120 km/h em 9ª (rpm) | 1.880 |
| Rotação à vel. máxima, 7ª (rpm) | 4.300 |
| MANUTENÇÃO | |
| Revisões e troca de óleo ((km/tempo) | 10.000/anual |
| Óleo do câmbio | Não requer troca |
| Garantia | 3 anos sem limite de kilometragem |
| LISTA DE EQUIPAMENTOS – FIAT TORO ENDURANCE 2,0 DIESEL 4X4 AT9 |
| SEGURANÇA |
| Alarme antifurto perimétrico |
| Assistente de partida em rampa |
| Bolas de ar inflável (2 obrigatórias) |
| Câmera traseira para manobras |
| Cinto de três pontos para todos ocupantes |
| Controle automático de descida |
| Controle de Estabilidade |
| Controle de tração |
| Desembaçador do vidro traseiro |
| Encosto de cabeça para todos os ocupantes |
| Faróis com refletores duplos |
| Faróis de neblina |
| Freios ABS |
| Monitoramento de pressão dos pneus |
| Repetidores laterais das luzes de direção nos espelhos retrovisores |
| Sensores de estacionamento traseiro |
| Sistema Isofix para assento infantil |
| Travamento central das portas |
| CONFORTO |
| Ar condicionado com uma zona |
| Ajuste de altura do volante |
| Ajuste de distância do volante |
| Ajuste elétrico dos retrovisores |
| Alças de segurança no teto |
| Banco do motorista com ajuste de altura |
| Banco traseiro rebatível |
| Câmbio automático de 9 marchas |
| Comando elétrico dos vidros com função um toque para subir/descer |
| Comando interno da tampa do tanque |
| Controle de velocidade de cruzeiro |
| Direção eletroassistida |
| Iluminação da caçamba |
| Limitador de velocidade |
| Roda de liga leve |
| INFOTENIMENTO |
| Central multimídia com conexão para Android Auto e Apple CarPlay |
| Computador de bordo |
| Conexão Bluetooth |
| Indicador de temperatura externa |
| Uma conexão USB |
| Uma tomada 12V |
| Volante multifuncional |
