Só mesmo uma mente ou mentes doentias poderiam conceber um “dia mundial” torpe desses, como se o carro fosse um inimigo a ser punido ficando “de castigo” um dia por ano para fazer “menos mal.” Quanta idiotice!
Que desrespeito aos criadores do automóvel como Karl Benz e aos que o desenvolveram com perseverança e muitas vezes sacrifício para dar ao Homem a sempre perseguida liberdade de se deslocar por esta maravilhosa Terra, tanto por prazer quanto para trabalho, sem esquecer as missões humanitárias e de salvamento.
Que desrespeito a quem trabalha na indústria automobilística projetando, desenvolvendo e construindo essas incríveis e tão úteis máquinas..
Que desrespeito aos que se dedicam a repará-los e a os manterem em condições de perfeito funcionamento.
Máquinas que em seu interior, ao contrário do chamado transporte coletivo, nos dão a tranquilidade de não sermos contaminados por esse vírus maldito que tantas mudanças ocasionou nas pessoas, nas famílias, na atividade humana, e que tantas vidas já ceifou.
Que nos permitem viajar centenas de quilômetros protegidos das intempéries num ambiente privado e seguro, com a liberdade de pararmos quando e onde quisermos para uma refeição ou um descanso. Ou, no meio do caminho, resolver mudar o rumo.
Que mostra sua eficácia e valor na luta contra o crime atendendo chamados de socorro diante de uma ameaça de qualquer natureza.
Em que dois a bordo vão à materniade e voltam em três com a maior das alegrias.
Afinal, o que esta gente que parece não pensar quer? Sepultar o automóvel? Privar o Homem da maior expressão de liberdade individual de todas?
Qual é a intenção da grande fabricante sueca Volvo, fundada há 94 anos, ao dar seu apoio a esse Dia Mundial da Imbecilidade, o ápice da hipocrisia?
Vale a pena repetir um inacreditável caso passado por um leitor nosso, que ao fechar negócio na compra de um Volvo S60 T4 Momentum numa concessionária da marca, perguntou ao vendedor se, por motivo de compromissos profissionais, poderia retirar o carro sábado — para, estupefato, ouvir que por aquele sábado (2018) ser Dia Mundial sem Carro, a Volvo não entrega carros. Rasgou o cheque e foi embora.
Dois meses depois, no Salão de Los Angeles, a fabricante sueca não expôs nenhum carro no seu estande, num flagrante e irresponsável desrespeito a quem tenha pago ingresso para visitar a mostra.
Por isso, caros e caras autoentusiastas, hoje, 22 de setembro, é o dia de sairmos sem destino com os nossos carros para mostrar a essa gente horrorosa que, acima de tudo, somos responsáveis e temos profundo respeito pelo automóvel.
AE/BS