A Mopar, marca de pós-vendas do grupo FCA, está lançando no Brasil o primeiro engate para reboque integrado ao para-choque. Disponível para qualquer versão do Jeep Renegade, de qualquer ano-modelo, o equipamento pode ser adquirida nas 191 concessionárias da rede Jeep e se destaca tanto pelo visual harmonioso quanto pela qualidade e robustez.
O para-choque do veículo é recortado e a alma de aço por trás dele (também conhecida como crash box) é substituída por uma feita com as mesmas especificações e que já inclui o suporte do engate. A lança pode ser removida de modo muito prático — lança e tubo são de seção quadrada e a lança é retida por pino e mola-lrava —, eliminando todo e qualquer de dano em outros veículos ou ferimento em pedestres.
(Clique nas fotos para ampliá-las))
O acabamento fica perfeito com a moldura que cobre o recorte do para-choque, dando a impressão que o Renegade já “nasceu” com o item.
Em breve o equipamento poderá ser encomendado pelo cliente no pedido do veículo zero-km, com instalação na fábrica, como já acontece com vários outros acessórios disponíveis para uma série de produtos FCA.
Fabricado com aço especial de alta resistência, o novo engate traz vários benefícios para o cliente como não afetar a distância livre do solo nem o ângulo de saída do veículo, diferentemente do que acontece com outros produtos vendidos no mercado. Sem falar do aval da equipe de engenharia da Fiat Chrysler Automóveis, que homologou o engate reboque integrado.
O sistema pesa 13 kg e sua capacidade de reboque é de 400 kg (conforme especificado pela Jeep para o Renegade). O novo engate integrado do Jeep Renegade tem preço médio sugerido de R$ 1.650, já incluída a instalação de toda a parte metálica. A modificação do sistema elétrico (chicote e módulo) tem custo extra e o valor pode variar de uma concessionária para outra.
Engate: regulamentado, mas com grave falha
O assunto engate no Brasil estava sem regulamentação, havendo abusos de toda ordem no uso do útil equipamento. Finalmente, em 25 de julho de 2006, pela Resolução nº 197, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os engates foram regulamentados, para alívio num primeiro momento e decepção, num segundo.
Alívio porque o abuso chegaria ao fim. A função do engate havia-se totalmente, uma vez que passou a ser usado como “proteção” do para-choque ou peça decorativa, de moda, ou as duas coisas juntas.
Além danificar outros carros mesmo nos leves encostões ao manobrar para estacionar ao longo do meio-fio, ocasionando danos consideravelmente mais graves nos impactos um pouco fortes, o que não aconteceria se o carro da frente não tivesse engate, o acessório era capaz de lesionar pernas de quem passasse caminhando por detrás do veículo e esbarrasse num.
A decepção foi justamente a regulamentação não exigir o engate de lança removível como este da Mopar, apesar de já existir no mercado na época, ao mesmo tempo que em que a resolução deveria tornar obrigatório retirar a lança quando não houvesse reboque atrelado.
Embora a resolução com esta grave falha tenha feito o número de carros com engate despencar a olhos vistos, situação que permanece até hoje, ainda se vê carros com engates de lança fixa fazendo jus à mensagem publicitária da fabricante de engates Berco-Plion num dos mostruários de loja de acessórios ou nas oficinas instaladoras de engates: “Coloque respeito na traseira do seu carro”. Parece mentira mas é verdade.
Mesmo em escala reduzida, a bagunça e o desrespeito ao próximo continuam, uma vez que carros que não podem ter o equipamento, como o Toyota Corolla até o ano-modelo 2019 (consta do manual), nem sempre são autuados.
BS