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A Ford já importa o Mustang GT desde abril de 2018 e em dezembro de 2019 anunciou a vinda da versão Black Shadow, edição comemorativa dos 55 anos do modelo que obteve grande sucesso desde quando foi lançado na Feira Mundial de Nova York, em 17 de abril de 1964, quando Ford recebeu 22.000 pedidos nesse dia.
Nesses anos todos surgiu um versão que cativaria o mundo automobilístico, o Mach 1. Lançado em 1969, ano em que Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua, o Mach 1 fazia associação com outro feito não menos importante: o rompimento da barreira do som 22 anos antes. Foi em 14 de outubro de 1947, por Chuck Yeager, pilotando o avião-foguete experimental Bell X-1.
O som tem velocidade e sua unidade é o Mach, homenagem ao físico austríaco Ernst Mach (18/02/1838–19/02/1916), o primeiro a medir a velocidade do som. Este varia com com altitude e a temperatura, e no nível do mar e a 25 ºC ela equivale a 1.216 km/h, ou simplesmente Mach 1.
Charles Elwood “Chuck” Yeagar, falecido no último dia 7 aos 97 anos, logo se tornou um herói nacional com seu feito, e associar o Mustang a um herói e à velocidade do som — Mach 1 —, operou maravilhas nos corações e mentes das pessoas nos EUA e no resto do mundo. O efeito deverá se estender ao nosso mercado quando o Mustang Mach 1 chegar chegar aqui no ano que vem.
Assista ao vídeo no qual Bob Sharp explica o que é o Mach 1:
Gerações
A primeira geração do Mach 1 foi produzida até 1973, com uma atualização em 1971. Teve motores V-8 de 5,8 litros a 7 litros, potências variando de 253 cv a 340 cv. Conviveu com outros Mustangs de alto desempenho como o GT, Boss 302, Boss 429, Shelby GT350 e Shelby GT 500.
A segunda geração do Mach 1 veio em 1974 com o Mustang II, menor, base de Ford Pinto, que tinha motor V-6 de 105 cv, solução para enfrentar a crise mundial do petróleo de 1973, mas que mesmo assim vendeu mais que os dos quatro anos anteriores, mostrando a força do nome. Embora pareça que da potência acentuada demais, na verdade foi ano em que os números de potência passaram de bruta SAE para líquida SAE, como são até hoje. No ano seguinte voltou o V-8 302 Windsor (4.942 cm³) de 140 cv. A geração foi produzida até 1978, quando a versão Mach foi descontinuada
Na terceira geração do Mustang, iniciada em 1979, não houve Mach 1.
A quarta geração do Mach 1 voltou em 2003, com nova arquitetura do Mustang, a SN-94. O motor era o novo V-8 de 4,6 litros, comando de válvulas único por bancada,bloco e cabeçotes de alumínio que pouco depois passou a duplo comando de válvulas de 305 cv. Com peso de apenas 1.533 kg, o Mach 1 começou a impressionar pelo desempenho, como acelerar de 0 a 96,5 km/h em apenas 5,2 segundos. Mostrou também, nos testes da imprensa especializada, ser rápido de curva, atingindo aceleração lateral 0,85 g no skid pad (círculo de derrapagem).
Nessa mesma geração houve um passo importante em toda a linha Mustang ano-modelo 2015, a suspensão traseira passou de eixo rígido a independente multibraço, elevando substancialmente tanto o comportamento em curva quanto o conforto de rodagem.
Após um hiato de 17 anos, surge o novo Mach 1 cupê-fastback como ano-modelo 2021. Utiliza o motor Coyote V-8 de aspiração natural, 5 litros e 486 cv (sujeito a confirmação para o Brasil) a 7.000 rpm e torque de 58 m·kgf a 4.600 rpm. Com curso dos pistões de 92,7 mm e biela de 150,7 mm, sua relação r/l é 0,307 mm, favorável para um funcionamento suave. O câmbio é o já conhecido automático epicíclico de 10 marchas SelectShift.
Agora é esperar sua chegada ao Brasil.
BS