Um Ferrari passando sem emitir a sinfonia a que estamos todos acostumados a ouvir e apreciar? Pois é, o 296 GTB consegue isso. O motor V-6 a 120º de 2.992 cm3 tem os seus dois turbocarregadores colocados no centro das duas bancadas de cilindros, uma configuração designada por “vê quente”. Tem chegada prevista para o início de 2022. A sigla 296 GTB vem dos 2,9 litros (na verdade seria quase um 3-litros…) do motor de 6 cilindros e é um modelo Gran Turismo Berlinetta.
São 663 cv de potência, mas a este valor se juntam ainda os 167 cv do motor elétrico, montado em posição traseira. O resultado final são 830 cv de potência máxima combinada. Por ser um híbrido de plugar, tem autonomia de 25 quilômetros e velocidade máxima de 135 km/h no modo elétrico.
Ao adotar uma arquitetura em “V” a 120° o novo V-6 da Ferrari joga por terra a suspeita de que pudesse utilizar o novo V-6 de 3-litros denominado Nettuno, do Maserati MC20, já que este tem o “V” a 90°. Pesando em ordem de marcha apenas 1.470 kg, partindo da imobilidade atinge 100 km/h em 2,9 segundos ou 200 km/h em 7,3 segundos.
Como curiosidade, este é o primeiro V-6 da marca a receber o emblema do “Cavallino Rampante”. Os Dino 206 GT, 246 GT e 246 GTS produzidos entre 1967 e 1974 também usavam um motor V-6, mas Enzo Ferrari não permitiu que ostentassem o emblema típico da marca.
O desenho da carroceria destaca a traseira encorpada e o posicionamento avançado do habitáculo. Tem um defletor ativo e móvel na traseira, que produz 360 kg de força descendente em altas velocidades, mas mantêm o desenho limpo e suave quando recolhido. Também estará disponível a versão especial Assetto Fiorano (foto de abertura), dotada de componentes em compósito de fibra de carbono, detalhes aerodinâmicos mais sofisticados e uma decoração diferente.
O interior é totalmente focado no condutor, minimalista e sem grandes telas e botoeiras. O painel é horizontal e desconectado do túnel central. Na versão Assetto Fiorano o interior é pensado na utilização mais voltada ao desempenho.
AB