A Mercedes-Benz vai investir mais de 40 bilhões de euros para o desenvolvimento de novos veículos elétricos e confirmou que vai manter as margens que tinha traçado em 2020, ainda que esses objetivos tenham sido baseados na “suposição de vender 25% de veículos híbridos e elétricos em 2025”. Para manter as margens de lucro na nova era elétrica, a Mercedes-Benz vai tentar aumentar a receita líquida por cada exemplar vendido e potencializar as vendas de modelos Maybach e AMG.
Para suportar esta transição quase em absoluto para a eletricidade, a Mercedes-Benz anunciou a construção de oito novas fábricas em todo o mundo, sendo que uma delas será nos Estados Unidos e quatro na Europa. As baterias da próxima geração da marca serão padronizadas e adequadas para serem usadas em mais de 90% dos seus veículos.
A Mercedes-Benz revelou seu ambicioso plano para se tornar 100% elétrica até ao final da década, mas apenas onde as condições de mercado permitirem. Num processo que prevê acelerar vários objetivos que já tinham sido anunciados anteriormente na estratégia “Ambition 2039”, a Mercedes-Benz confirma que vai passar a oferecer um veículo elétrico em todos os segmentos a partir de 2022 e que a partir de 2025 todos os modelos da gama terão uma versão totalmente elétrica.
Para o mesmo ano, a Mercedes-Benz anuncia outra importante decisão, pois a partir de 2025 as três arquiteturas a serem lançadas serão apenas para veículos elétricos, denominadas MB.EA, AMG.EA e VAN.EA. A primeira, MB.EA, será destinada a automóveis de passageiros médios e grandes. Já a AMG.EA, tal como o nome sugere, servirá de base aos futuros esportivos elétricos de Affalterbach. Por fim, a plataforma VAN.EA, será usada para veículos comerciais leves.
Depois dos próximos lançamentos dos EQA, EQB, EQS e EQV, ainda neste ano de 2021, a Mercedes-Benz prepara-se para lançar em 2022 o sedã EQE e os correspondentes suves derivados dos EQE e EQS. Quando todos estes lançamentos estiverem concluídos, e somando o EQC, a marca terá oito automóveis totalmente elétricos no mercado de veículos de passageiros. Cabe destacar ainda as duas variantes previstas para o EQS, uma versão mais esportiva, com a assinatura da AMG, e uma mais luxuosa com a assinatura da Maybach.
A somar a tudo isto, propostas híbridas de plugar com alcances elétricos bem longos, como é o caso do novo Mercedes-Benz C 300, vão continuar a representar papel muito importante na estratégia da marca. “A mudança para os veículos elétricos ganha velocidade, sobretudo no segmento de luxo. O momento se aproxima e os mercados mudarão para 100% elétricos no final desta década”, prevê Ola Källenius, diretor executivo da Daimler e da Mercedes-Benz.
AB