Equipes do Cefet/RJ (E-Wolf Racing) e do Instituto Militar de Engenharia (Eco IME Racing), ambas instituições do Rio de Janeiro, e da Universidade Federal de Santa Catarina (E4 UFSC), estavam entre as finalistas da competição que envolveu alunos de diferentes regiões do globo, como Ásia, Oriente Médio, Europa, África e Américas. Para esta última etapa, foram escolhidas nove ideias entre as mais de 50 concorrentes inscritas em todo o mundo.
Focada no presente e nas soluções de mobilidade sustentáveis que já estão à disposição, a Equipe Eco IME Racing saiu-se vitoriosa na última etapa da Shell Eco-marathon 2021, chamada “Road to 2050”. Nesta fase, os estudantes foram encorajados a pensar no futuro da mobilidade, produzindo um vídeo de 30 segundos respondendo à pergunta “Como deve ser a mobilidade no futuro?”.
Origens
A história do IME remonta ao ano de 1792, quando por ordem de Dona Maria I, Rainha de Portugal, foi instalada, na cidade do Rio de Janeiro, a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. Essa foi a primeira escola de engenharia das Américas e terceira do mundo, sendo instalada na Casa do Trem de Artilharia, na Ponta do Calabouço, onde atualmente funciona o Museu Histórico Nacional.
Em 1933 mudou sua denominação para Escola Técnica do Exército e em 1942 instalou-se no atual prédio da Praia Vermelha, no bairro da Urca. Já sob a influência americana, foi criado o Instituto Militar de Tecnologia em 1949. Da fusão da Escola Técnica do Exército com o Instituto Militar de Tecnologia, em 1959, nasceu o atual Instituto Militar de Engenharia (IME). Quem faz o passeio ao Pão de Açúcar tem uma visão privilegiada não só do Rio de Janeiro, mas também do IME (foto de abertura).
A equipe do IME destacou a importância do desenvolvimento e popularização de tecnologias limpas já disponíveis, como veículos elétricos e trens de levitação magnética. Em votação aberta pela internet, os estudantes cariocas venceram entre os competidores das Américas, sendo credenciada à disputa mundial, onde também saíram vencedores.
Assista ao breve vídeo:
“Esse é um resultado que nos enche de orgulho, pois mostra a grande capacidade dos nossos alunos e universidades, competindo em igualdade com instituições renomadas de todo o mundo. Esperamos que seja um incentivo para que tenhamos um número maior de participantes nacionais, fazendo com que o Brasil seja uma presença ainda mais marcante nesta competição em busca da sustentabilidade”, destaca Leíse Duarte, assessora de Investimentos Sociais da Shell Brasil.
Promovida pela Shell, a competição global focada em eficiência energética foi adaptada ao atual cenário e, em 2021, lançou uma temporada virtual composta de desafios que engajaram centenas de estudantes em todo mundo. Cada etapa valia pontos para o resultado final da Shell Eco-marathon. A Shell Eco-marathon começou em 1939 no laboratório de pesquisa da Shell, nos Estados Unidos. No início era uma aposta cordial entre os cientistas, para ver quem conseguiria fazer a maior distância por galão (3,785 litros) de combustível. A competição, na forma como é conhecida hoje, iniciou-se em 1985, na França.
AB