Depois de ter anunciado que a última arquitetura da marca capaz de suportar motores a combustão, sejam eles eletrificados ou não, iria ser introduzida no mercado em 2026, não é surpresa o fato de que em breve os Volkswagen terão apenas dois pedais. A marca confirmou que deixaria de vender automóveis com motores a combustão interna na Europa até 2033 ou, no máximo, em 2035, o que significava o fim dos tradicionalmente excelentes câmbios manuais na marca.
Os automóveis elétricos não necessitam delas, mas as caixas de marchas manuais na Volkswagen deverão desaparecer bem mais cedo do que isso, e não só na Europa, mas também na China e na América do Norte. Segundo a imprensa alemã, já em 2023 a nova geração do Volkswagen Tiguan deverá ser o primeiro modelo ainda equipado com motores a combustão interna a dispensar o câmbio manual. Nesse mesmo ano, o sucessor do Passat, que deixará de existir como sedã e ficará apenas como station-wagon, seguirá o exemplo do Tiguan e virá equipado apenas com câmbio automático.
Sucessivamente, a cada nova geração dos modelos que ainda possam vir equipados com motores a combustão, híbridos ou não, só deverão existir caixas de marchas automáticas. No momento, isso significa que tanto o T-Roc quanto o icônico Golf terão sucessores diretos, entre 2024 e 2026 (considerando o ciclo de vida usual da marca), mas quase com certeza sem os câmbios manuais, embora estes sejam bem mais baratos de produzir do que um automático.
Por outro lado, se a Volkswagen já confirmou, oficialmente, que terá sucessores com motores a combustão para os Tiguan, Passat, T-Roc e Golf, não o fez para os Polo e T-Cross, veículos mais baratos. Coincidência ou não, as épocas em que estes deveriam ter suas novas gerações divulgadas, coincidem com o lançamento dos inéditos ID.1 e ID.2, os seus equivalentes naturais 100% elétricos… Será que estes dois iriam então tomar em definitivo seus lugares?
A Volkswagen então se alinha com a Mercedes-Benz, que também já tinha anunciado o fim dos três pedais, pois os clientes da marca são ainda menos fãs dos câmbios manuais. Pena que os entusiastas por automóveis vão ficar privados desse enorme prazer que é trocar as marchas manualmente, como todos nós aprendemos lá na segunda metade do século passado.
AB