Ufa, não foi fácil, do alto dos meus vividos 95 anos, encarar a doença da moda, a tal da labirintite, combatida com dois enfermeiros para me guiarem, uma fisioterapeuta, uma massagista, uma bateria de remédios e dedicação extrema de filhos, filhas, enteados, genros e, principalmente, esposa.
Além disso tudo absoluta falta de apetite e, acima de tudo, insônia e vontade de nada fazer. Preocupado com que acontecia no nosso trânsito, cada vez mais “labiríntico” segundo os problemas que apresenta passaram a habitar meus cochilos e, quando dopado por sudoríferos, pesadelos
Felizmente está passando. Embora com muito esforço, estou tentando acompanhar o que não vejo nem leio, uma vez que a epidemia “acidente de trânsito” passou a não ser do interesse principal da mídia. Infelizmente eles continuam marcando a sua presença.
De minha parte não vejo, a menos que o governo federal’ encare, como está fazendo, o problema rodoviário, entregando-o à engenharia do nosso Exército. Os interesses lamentavelmente jamais permitirão que esta “caixa de politicagem” ao menos trilhe o caminho filosófico que o problema requer e que eu não vejo nem ao menos existirem indicações de qualquer espécie lhe indicando o caminho certo.
Apesar das inconveniências da labirintite, elas me asseguram que estou ainda vivo preocupado com o futuro, que não verei, de um país com um trânsito civilizado, com policiamento modernamente equipado e eficaz.
Aos que duvidam, escrevi esse artigo leve, em perfeitas condições físicas e principalmente consciente em busca de um passo certo.
CF
Celso Franco escreve quinzenalmente no AE, aos sábados, sobre questões de trânsito.