A Bosch está respondendo de forma rápida à crescente demanda por chips que afeta o mercado mundial. As unidades situadas em Reutlingen e em Dresden, Alemanha, passam por expansão. Parte dos investimentos será direcionada à construção do centro de testes na Malásia, em Penang.
A crise mundial de semicondutores exige uma resposta mais rápida para solucionar os problemas desencadeados pela falta do produto. Poucos meses depois da abertura da fábrica de semicondutores em Dresden, na Alemanha, a Bosch anuncia uma expansão do local.
“As demandas por semicondutores crescem em uma velocidade vertiginosa. Por conta dos desenvolvimentos recentes, estamos expandindo exponencialmente a nossa produção de semicondutores para atender os nossos clientes da melhor forma”, afirma Dr. Volkmar Denner, executivo chefe mundial da Bosch.
Cerca de € 50 milhões serão destinados à expansão da fábrica de Reutlingen, próximo a Stuttgart e, ao todo, € 150 milhões em novas salas limpas, para procedimentos industriais, entre 2021 e 2023. Por fim, a Bosch construirá um centro de testes em Penang, na Malásia, que a partir de 2023 poderá testar os sensores e chips semicondutores. “Esses investimentos demonstram, mais uma vez, a importância estratégica de ter nossa própria capacidade produtiva para a tecnologia core de semicondutores”, complementa o Dr. Denner.
“Nosso objetivo é aumentar a produção de chips em Dresden antes do planejado e, ao mesmo tempo, expandir a capacidade de salas limpas em Reutlingen. Todo chip adicional produzido irá ajudar, na situação atual”, diz Harald Kroeger, membro da direção mundial do Grupo. Desde que a tecnologia de 200 milímetros foi introduzida em 2010, a Bosch investiu mais de € 2,5 bilhões em suas fábricas de semicondutores apenas em Reutlingen e Dresden.
A unidade de Dresden é a primeira da Bosch no padrão AIoT. A sigla AIoT, em inglês, significa a combinação da Inteligência Artificial (AI) com a Internet das Coisas (IoT).
Em Reutlingen o investimento, dividido em duas etapas, irá aumentar 4.000 m² aos 35.000 m² atuais de espaço de salas limpas. A primeira etapa, que já foi concluída, envolveu a conversão do espaço destinado aos escritórios em uma sala limpa, o que resultou em 1.000 m² a mais de área de produção e, por fim, a conexão com a fábrica de semicondutores, totalizando 11.500 m² da unidade. “Já expandimos nossa capacidade de fabricação de semicondutores de 200 milímetros em cerca de 10 por cento”, diz Kroeger. Já a segunda etapa da expansão visa criar mais 3.000 m² de salas limpas até ao final de 2023.
O novo centro em Penang será destinado aos testes de sensores e chips semicondutores. Será inaugurado em 2023 e no total, a empresa desenvolverá mais 100 mil m² de terrenos disponíveis na faixa continental de Penang. Inicialmente, o centro de testes terá uma área total de 14.000 m², incluindo salas limpas, escritórios, áreas de P&D e treinamentos para mais de 400 colaboradores. Além de expandir a possibilidade de novas tecnologias, a nova localização na Ásia também reduzirá o tempo e as distâncias para a distribuição dos chips.
A microeletrônica é um fator-chave para o sucesso de todas as áreas de negócios da Bosch. Por conta do grande potencial deste ramo, a empresa já produz semicondutores há 60 anos. A produção de semicondutores na fábrica de Dresden começou em julho desde ano, seis meses antes do planejado, para atender o segmento de ferramentas elétricas da Bosch. Para clientes do setor automobilístico, a produção de chips começou em setembro, também três meses antes do programado.
“A Bosch pode usar de sua experiência em semicondutores e no setor automobilístico para desenvolver sistemas eletrônicos modernos que geram diversos benefícios e ajudam a garantir uma mobilidade mais segura e eficiente no futuro”, encerrou Harald Kroeger.
AB