A Daimler AG aprovou esse investimento para ser utilizado, entre 2022 e 2026, no desenvolvimento de novos veículos elétricos e em tecnologias de eletrificação. Na foto de abertura, o Mercedes-Benz EQE. Essa vultosa quantia (equivalente a R$ 378 bilhões) será usada não apenas nos sistemas de propulsão, mas também em software de controle e gestão do módulo elétrico. Parte deste investimento será igualmente aplicada na criação de novas soluções de digitalização, bem como na tecnologia de condução autônoma.
O direcionamento de tal aporte de recursos para a área da eletrificação está baseado numa expectativa de estabilização de custos em outras áreas. A marca criou uma arquitetura modular e padronizada a partir da qual será projetada uma nova família de veículos elétricos. Outro ponto de esperada redução de custos é na produção de baterias ao longo da década atual, com novas tecnologias e parcerias com empresas desenvolvedoras deste produto.
Como bem disse Carlos Tavares, executivo chefe da Stellantis, “os custos da eletrificação estão para lá dos limites que podem ser suportados, e que esse peso pode acabar também por recair em cima dos postos de trabalho. O futuro dirá quem vai conseguir assimilar isto e quem falhará. Estamos colocando a indústria nos seus limites”.
Vamos esperar para ver onde tudo isso vai parar, como será gerada tanta energia elétrica para abastecer tamanha quantidade de veículos; quantos consumidores poderão arcar com os elevados preços dos carros elétricos e terão vontade de usar automóveis que precisarão ficar ligados numa tomada por horas a fio; e como pagarão pelas baterias de reposição quando elas chegarem ao final de seus ciclos de recarga e descarga. Quem sobreviver, verá…
AB