O editor associado do AE, Juvenal Jorge, como muitos sabem, foi morar nos Estados Unidos em setembro de 2018. Engenheiro mecânico, estava com 52 anos, desempregado há dois e tentava, sem sucesso, recolocar-se no mercado de trabalho dentro da sua área. Pegou a esposa e filho de 13 anos e foi embora. Vieram ao Brasil no dia 30 de junho para visitar a família e amigos e voltam para casa amanhã. Ele e a esposa trabalham e o filho de 17 anos estuda.
Nos encontramos esta semana e ente os assuntos, a vida lá. Tudo o que se lê e sabe sobre a facilidade da vida no dia a dia lá, ele ratificou, especialmente na questão da mobilidade, do dirigir. Eles moram em Ann Arbor, no estado de Michigan. cidade de 115.000 habitantes a 70 quilômetros de Detroit, a maior cidade do estado (a capital é Lansing).
Disse o Juvenal que vai escrever sobre a vida lá, destacando o tema autoentusiasmo e como é dirigir lá em questões como velocidades-limite realistas, diferente do que ocorre no Brasil, Como já comentei aqui. estando numa via qualquer lá, rua ou avenida, ao ler a placa de limite, uma consulta ao velocímetro mostra estarmos à velocidade permitida. Ou seja, nada de velocidades artificialmente baixas — foto de abertura, av. 23 de Maio em São Paulo, gestão Fernando Haddad baixou o limite ideal de 80 km/h para 60 km/h..
Onde se vai sempre há estacionamento. Asfalto liso, nada da comum superfície irregular que conhecemos aqui, embora haja buracos também. Lombada, nem pensar, mas há algumas faixas de pedestres elevadas, porém bem baixas.
Tirar a carteira de habilitação lá foi muito simples, mas isso e tudo mais, vamos esperar pela matéria que o Juvenal vai escrever.
Aqui as coisas andam cada vez mais complicadas para quem dirige.. As lombadas se tornaram um símbolo nacional, merecem até estar em alguma nova cédula monetária. Elas transformaram o dirigir prazeroso num verdadeiro inferno. Deslocamento fácil e rápido de ambulâncias e veículos do corpo de bombeiros? Esqueça,, aqui é coisa do passado. Se alguém anseia andar em carro de condução autônoma aqui, pode ir esquecendo.
Parece que as empresas de pavimentação de ruas não sabem ou desaprenderam como recapeá-las, como mostrei na coluna “Serviço porco” três domingos atrás. Além de problemas graves como esse,, em regra o asfalto é bastante irregular onde quer que ande. Um carro que o Gerson testou, mas dirigi, o Lexus CT 200h, híbrido, era desconfortável nas marginais. No mesmo ano andei num no Chile e o rodar era perfeito. O bairro onde moro em São Paulo, Moema, é abençoado por não ter nenhuma lombada, mas em compensação seu asfalto é dos mais irregulares que conheço, além das valetas em profusão.
O controle de trânsito então, nem se fala. Talvez a única via com controle semafórico computadorizado, que proporcione a onde verde, no país seja a W-3, em Brasília, DF Todo o resto carece absolutamente de sincronização. O prejuízo para fluidez do tráfego é incalculável, de mesma forma que o consumo de combustível desnecessário resultante das lombadas. Elas, inclusive, obrigam altura de rodagem maior dos carros aqui produzidos ou vendidos, afetando a aerodinâmica, novamente contribuindo para maior consumo de combustível,
Será que esses dois pontos e tantos outros só terão solução por meio da inteligência artificial? Sim, porque a inteligência humana dá mostras de não estar dando conta.
BS