A Peugeot está completando 30 anos de atividades no Brasil, iniciadas em 1992 com a importação de automóveis — a produção nacional só começaria em 2001 —, e por isso relembra em capítulos os fatos mais relevantes de sua história no País.
Os carros da Peugeot quase chegaram antes mesmo da liberação das importações pelo governo Collor, em 1990. Em setembro de 1988, o Grupo Monteiro Aranha assinou um contrato com a marca francesa para trazer da Argentina o sedã médio 505, aproveitando um acordo comercial, mas a vinda não se concretizou. Foi preciso esperar até 1992 para a estreia dos primeiros modelos após a empresa investir US$ 20 milhões.
A matriz detinha 70% da operação brasileira, enquanto 30% pertenciam ao Grupo Monteiro Aranha. As vendas tiveram início em agosto de 1992 com duas lojas em São Paulo. O modelo de entrada era o hatchback compacto 205 SX, com motor 1,4-litro de 75 cv, que vinha do Uruguai sem Imposto de Importação. A versão esportiva GTI e o conversível CTI, importados da França, completavam a família 205. O GTI acelerava de 0 a 100 km/h em menos de 9 segundos com o motor 1,9-litro de 130 cv.
Também pequeno era o 106 XT, que chegava ao Brasil apenas um ano após ser lançado na Europa. Vinha da França, da mesma forma que o carro mais luxuoso da linha: o 605 SV, um sedã de 4.720 mm de comprimento — mesma faixa do Chevrolet Omega — com motor V-6 de 3 litros e 170 cv. Seu ar-condicionado tinha regulagem automática, os bancos dianteiros traziam ajustes elétricos e o teto solar era elétrico.
Da Argentina vinham modelos mais simples e antigos: além do sedã 505, a picape 504 movida a diesel e com 1.300 kg de capacidade de carga, que fez sucesso.
Terceiro modelo importado da França, o Peugeot 405 era um sedã médio do segmento do Chevrolet Vectra. Na versão esportiva Mi16, o motor 2-litros de 16 válvulas produzia 160 cv. Derivado desse modelo, o 405 T16 Grand Raid tinha motor turbo de 400 cv e ganhou o apelido de “Leão do Deserto”, após Ari Vatanen vencer com ele o Rali Paris-Dakar em 1989 e 1990. O esportivo foi exposto no Salão do Automóvel de São Paulo em 1992.
Com a queda da alíquota de importação para 35% em junho de 1993, a Peugeot oferecia mais opções e já tinha 25 concessionárias no Brasil. Era a hora de trazer um modelo com motor 1-litro: o 205 Junior, com 50 cv e interior forrado de tecido semelhante ao jeans.
Aguarde a continuidade nos próximos dias, seguindo a divulgação de informações pela Peugeot.
FS