Faltando cerca de 20 dias para o primeiro de três dias de testes em Sakhir, no Catar, as equipes de Fórmula 1 começam a apresentar seus novos carros a partir de amanhã. Algumas apenas mostraram o estilo das pinturas usando modelos de 2022, caso da Haas (1/2) e da Red Bull (3/2). Mais do que novo patrocinadores, o clima de fashion-week da categoria terá novidades no plano econômico e especula-se que a escolha de Nova York será justificada com o possível anúncio de uma parceria do time com a Ford. O crescimento da popularidade da F-1 em mercados importantes como o dos Estados Unidos poderá trazer também a marca Cadillac, da General Motors, para um grupo até agora de quatro grandes marcas: Alpine (grupo Renault) Ferrari (indiretamente ligada ao grupo Stellantis, Honda e Mercedes-Benz.
As novidades do setor não param por aí. A Audi já confirmou sua participação na temporada de 2026 e ontem anunciou que adquiriu uma participação minoritária na Sauber, equipe suíça atualmente patrocinada pela Alfa Romeo, outra marca do gruo Stellantis. Enquanto os carros serão projetados e construídos em Hinwill, nas cercanias de Zurique, a fabricação e testes dos motores será em Neuberg, na Alemanha, nas instalações outrora usadas pela equipe que disputou o Campeonato Mundial de Resistência (WEC).
A ligação entre a Alfa Romeo e a Sauber terminará no final deste ano é estritamente mercadológica e engloba o fornecimento de motor e caixa de câmbio da Ferrari até o final de 2025. Essa cooperação também serve como um celeiro de aperfeiçoamento e treinamento de técnicos e engenheiros para o time italiano e, em certos casos, manter um dissidente da Scuderia em período de afastamento. Um tradicional apoiador da Sauber, a empresa polonesa de petróleo Orlen, não renovou o acordo e migrou para a AlphaTauri. O lugar que será ocupado pela Stake (foto de abertura), uma empresa de apostas online e entretenimento, será destacado na carenagem dos carros, posto que o acordo entre as partes garante a posição de patrocinador principal.
Tecnicamente, a maior novidade dos modelos 2023 deverá ser notada nas laterais do carro, consequência da elevação de 15 mm nas margens externas do badge board, uma placa de madeira que é instalada na parte inferior central do chassi, e outros 10 mm no difusor traseiro, uma peça que direciona e processa o fluxo de ar na parte traseira do monoposto. De acordo com Nikolas Tombazis, diretor de Monopostos da Federação Internacional do Automóvel (FIA), os carros deverão iniciar a temporada cerca de meio segundo mais lentos em relação ao mesmo período de 2022. A proposta levou em consideração a necessidade de diminuir o efeito solo — fenômeno que pressiona o carro contra o asfalto ao processar o ar que contorna a carroceria — e o efeito porpoising. Esse fenômeno, também conhecido como efeito golfinho, faz com o que o F-1 fique afundando e levantando proporcionalmente ao aumento da velocidade do veículo. No ano passado vários pilotos se queixaram das consequências físicas que isso provocou, algo amenizado gradativamente ao longo da temporada.
Confirma abaixo as datas de apresentação dos carros de 2023:
31/01 – Haas (pintura)
3/02 – Red Bull (pintura)
6/2 – Williams
7/2 – Alfa Romeo Sauber
11/2 – AlphaTauri (Pintura)
13/2 – Aston Martin
13/2 – McLaren
14/2 – Ferrari
15/2 – Mercedes
16/2 – Alpine
Helinho é tri em Daytona
O brasileiro Helio Castro Neves cada vez mais se assemelha a um bom vinho de guarda: depois de conquistar sua quarta vitória em Indianapolis, em 2021, no último fim de semana ele venceu a 24 Horas de Daytona pelo terceiro ano consecutivo. Com isso ele se iguala a Christian Fittipaldi (2004/14/18) em um alista que inclui outros tries brasileiros: Oswaldo Negri (2012), Pipo Derani (2016) Raul Boesel (1988).
O resultado completo da 24 Horas de Daytona você encontra aqui.
WG