O que tem acontecido de acidentes, e graves, é assustador. A minha impressão é isso se dever à redução ou perda completa do instinto mais forte do seres vivos: o instinto de sobrevivência. Esse instinto ´os leva a fazer tudo para não morrer.
Outra causa da carnificina no trânsito é a falta ou a perda de respeito pela vida humana.. Poucas cenas me chocaram mais do que a da senhora que desembarcou de um ônibus, o animal ao volante arrancou, ela se desequilibrou, e caiu sob a roda traseira direita, falecendo. Foi a falta de respeito pela vida humana ou desconhecimento de sua fragilidade que tornou o dirigir no Brasil o próprio exemplo do Inferno com a metástase de um câncer chamado lombada e que só tende a piorar, já que sua ausência hoje significa poder acelerar à vontade.
A falta do instinto de sobrevivência pode ser vista diariamente nas avenidas com grande tráfego de motocicletas ao vê-las zunindo no “corredor” entre as filas de carros. sem espaço para manobra ou distância para frear diante de algum imprevisto. Ou fazer uma ultrapassagem ou colidir de frente com veículo em sentido contrário.
Há acidentes rodoviários que parecem acidentes aeronáuticos tamanho o grau de destruição dos carros envolvidos, cenas que chocam, como a da foto de abertura.
Como é possível um ônibus tombar? E como isso é frequente! É o tipo de veículo que, pelas suas características, não incita andar rápido; tampouco caminhões. Se observada sinalização de velocidade máxima permitida, que leva em consideração esses veículos e não os leves, não tem como errar. E como acontece!
Fator contribuinte para o tombamento de caminhões é o excesso de peso. Como tem postos de pesagem de caminhões desativados nas estradas! Quando funcionando, acho desnecessário pesar todos os caminhões. Em vez disso fiscalizar por amostragem, tipo semáforo verde no acesso ao posto significar pesagem obrigatória, vermelho, pesagem dispensada. Como nas alfândegas dos aeroportos, aleatoriamente ou por desconfiança vistoriar a bagagem do passageiro que escolheu a saída “Nada a declarar”.
Falando de caminhões e tombamento, desconheço alto mais idiota do que arquear os feixes de molas traseiros para elevar a altura de rodagem traseira que virou moda nos caminhões semipesados (“toco”): eleva o centro de gravidade e aumenta a área frontal. Isso tinha que ser fiscalizado e severamente punido.
Mas assim como montadora passou a significar fabricante de veículos automotores, patrulhar das estradas agora só estáticas nos postos da Polícia Rodoviária Federal ou nas blitzes. Patrulhamento móvel, permanente é coisa do passado. Era feito pela Patrulha Rodoviária Federal, igualmente PRF).
Esse vídeo de 5:46 mostra o nome na porta de um Veraneio da Patrulha Rodoviária Federal:
Muitos acidentes e crimes seriam evitados se as estradas daqui contassem com esse eficaz tipo de patrulhamento. É a maneira insubstituível de analisar comportamento dos motoristas e estado dos veículos.
BS