A empresa californiana Singer Vehicle Design, especializada em restaurar e “reimaginar” versões do Porsche 911, baseada especificamente no Tipo 964 fabricada de 1988 a 1994, está apresentado seu mais novo projeto: o Singer DLS Turbo, reinterpretação de estilo da versão especial de competição Porsche 935/5 da década de 1970 e que, inclusive, venceu a 24 Horas de Le Mans em 1979 na classificação geral.
O projeto de “reimaginação”, como procura enfatizar a Singer, baseado no chassi da série 964, tem o desenho da carroceria modificado utilizando painéis confeccionados em compósito de fibra de carbono no qual se destacam o desenho do painel frontal, para-lamas alargados e tampa do motor com duas opções aerodinâmicas: uma enorme asa indicada para uso em pista e outra com defletor “ducktail” (rabo de pato).
A versão indicada para a pista, além do aerofólio que proporciona elevada força descendente, com o elemento superior ajustável, também tem a dianteira com defletor maior. Mas a Singer informa que o cliente pode pedir que o carro possa ser modificado para utilizar as duas configurações, com a possibilidade de trocar facilmente o defletor dianteiro e a tampa traseira, o que pode ser feito em pouco tempo, dependendo da solicitação de uso.
Para o Singer DLS (do inglês Estudo de Dinâmica e Redução de Peso) Turbo, a empresa também desenvolveu novo projeto de afinação no motor Porsche de seis cilindros, 3,8 litros, biturbo, com a adoção de válvulas de alívio com comando elétrico e interresfriador ar-água. A customizadora não forneceu dados precisos sobre a potência deste motor, mas estima que deva ser mais 700 cv acima de 9.000 rpm.
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“Os resultados do turbocarregamento de nosso avançado motor DLS de alta rotação com 4 válvulas por cilindro foram espetaculares e combiná-lo com tudo o que aprendemos sobre redução de peso e dinâmica do veículo forneceu os detalhes perfeitos para esta homenagem ao Tipo 935/5 e seu papel vital na a gênese do 911 como carro de corrida”, disse o fundador da Singer, Rob Dickinson, em comunicado.
Como todos os modelos restaurados pela Singer, a potência é transmitida para as rodas traseiras por câmbio manual de seis marchas. As rodas de magnésio forjado, de fixação central, com aro de 19 polegadas na dianteira e 20 polegadas na traseira são montadas com pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 ou Cup 2R. Já os discos de freio carbocerâmicos são combinados com pinças monobloco.
A Singer faz questão de afirmar que não é uma empresa de customização “butique”, como outras no ramo de versões repaginadas da linha Porsche. Além disso, a empresa fundada em 2009 procura destacar em seu material promocional e de divulgação que não fabrica e nem vende automóveis, mas que somente presta serviços a proprietários de modelos Porsche 911, da geração 993, a última de motor arrefecido a ar, que queiram restaurar, atualizar ou modificar seus carros.
Outra preocupação do Singer Group é ressaltar que não existe nenhum envolvimento dela com a Porsche e que os modelos por ela desenvolvidos nunca devem, em nenhuma circunstância, ser referidos ou descritos como “Singer 911”, “Singer Porsche 911” ou “Porsche Singer 911”, ou de qualquer outra maneira em respeito à Porsche e aos direitos de marca registrada da marca alemã.
A Singer pretende apresentar seu DLS Turbo, em première, no Goodwood Festival of Speed, programado para o fim de semana de 13-16 de julho. E nos EUA a apresentação será durante a Monterey Car Week, em agosto. Por enquanto, o preço desta transformação não está divulgado, mas é seguro presumir que esta deverá ser o projeto de customização mais caro da Singer até o momento.
RM