O sucesso tem, sim, preço em moeda corrente. Exemplo específico é a fatura que a equipe Red Bull (foto de abertura) terá que pagar à FIA para disputar a temporada de 2024. Para participar do próximo Campeonato Mundial de F-1 cada equipe terá que pagar uma taxa básica e uma quantia correspondente ao número de pontos somados durante a temporada, norma que vigora há muito tempo. No caso da equipe que venceu 21 das 22 provas disputadas em 2023 e somou 860 pontos será necessário fazer um pix à Federação Internacional do Automóvel (FIA) no valor de U$7,445.817 milhões, ou algo perto de R$ 37 milhões. O valor dessa “matrícula” para 2024 correspondente à soma da taxa de inscrição (US$ 657.837,00) mais US$ 6.787.980,00 equivalente a cada um dos 880 pontos marcados por seus dois pilotos.
“Trata-se de um problema de luxo”, declarou Christian Horner após o GP de Abu Dhabi, disputado domingo no circuito de YAs Marina. A equipe tem até o dia 10 de dezembro para realizar a remessa e garantir sua vaga na temporada do ano que vem, que começa dia 2 de março com a disputa do GP do Bahrein, no circuito de Sakhir. Ao todo serão 24 corridas: às 22 etapas deste ano somam-se a volta do GP da China, em Xangai, e a manutenção do GP da Emilia-Romagna, em Ímola. A prova chinesa deixou de ser realizada entre 2020 e 2024 como consequência da pandemia do Covid-19 e a corrida italiana deste ano foi cancelada por causa de inundações na região.
A soma que a Red Bull vai pagar contrasta fortemente com o valor imposto aos seus rivais. Por exemplo, à vice-campeã Mercedes a fatura será de US$ 3.347.012,00, cerca de 45% do “prêmio” imposto à equipe austríaca por ter dominado a temporada. Os críticos de Sergio Pérez certamente lembrarão que o valor da taxa de inscrição da equipe seria bem maior caso o mexicano tivesse aproveitado a superioridade técnica do chassi RB19 da mesma forma que seu companheiro de equipe Max Verstappen.
Em Abu Dhabi o holandês conseguiu sua décima-nona vitória da temporada, ou seja 82,6% do total. Os únicos pilotos que conseguiram ganhar corridas em 2023 foram Sergio Pérez (Arábia Saudita e Azerbaijão) e Carlos Sainz (Singapura). O feito de Verstappen é outro recorde que, com certeza vai perdurar por muito tempo: as demais equipes não estão paradas e para a Formula 1 não interessa a monotonia causada apela superioridade absoluta da Red Bull neste ano. Tal dominância não é inédita e ciclicamente se repete: em 1988 a McLaren venceu 15 das 16 corridas disputadas. A Ferrari estragou a festa ao fazer dobradinha em Monza, com Gerhard Berger e Michele Alboreto, primeiro e segundo, respectivamente. Ayrton Senna liderava a corrida mas, a duas voltas da bandeirada, acabou jogado para fora da pista por uma manobra infeliz de Jean-Louis Schlesser.
Os valores que cada equipe terá que pagar para disputar a temporada 2024 de F-1 são os seguintes:
Red Bull – US$ 7.445.817,00
Mercedes – US$ 3.347.012,00
Ferrari – US$ 3.327.387,00
McLaren – US$ 2.643.487,00
Aston Martin – US$ 2.498.837,00
Alpine – 1.446.837,00
Williams – 841.937,00
Alpha Tauri – US$ 822.212,00
Alfa Romeo – 763.037,00
Haas – US$ 763.737,00
O resultado completo do GP de Abu Dhabi e as posições finais dos Campeonatos Mundiais de Pilotos e Construtores você encontra clicando aqui.
Stock Car: Massa vence mas não disputa o título
Felipe Massa conseguiu seu primeiro triunfo na Stock Car Pro Series ao vencer a Corrida 2 da etapa disputada em Cascavel, PR domingo. É a sua primeira vitória desde o GP do Brasil de 2008, em Interlagos. Bruno Baptista, um dos pilotos mias jovens da categoria, venceu com autoridade e não se intimidou com os ataques de Daniel Serra. Após a etapa do fim de semana a categoria define seu campeão de 2023 em Interlagos, dia 17 de dezembro e, com 56 pontos em jogo, sete pilotos têm chances matemáticas de chegar ao título: Gabriel Casagrande (líder, 286 pontos), Daniel Serra (271), Felipe Fraga (253), Thiago Camilo (250), Rafael Suzuki (243), Rubens Barrichello (239) e Ricardo Zonta (237).
WG
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