A Porsche apresentou na semana passada o novo Panamera 2024, a terceira geração do modelo que lançou ao mercado global em 2009 e do qual já produziu mais 385 mil exemplares. A nova geração do sedã de luxo da marca de Stuttgart continua enfatizando caraterísticas esportivas com os trens de força mais potentes, tanto a combustão como híbrido, além da adoção de inovadores sistemas de suspensão e assistência ativa.
O estilo segue a tradição da marca, com o design destacando evolução em relação as duas gerações anteriores, mas nunca uma revolução. Os painéis da carroceria foram redesenhados, assim como as saias dianteira e traseira que ganharam novo visual, mais imponente, além de uma suave alteração na curvatura dos vidros das portas. Os para-lamas, levemente mais abaulados, reforçam o detalhe da carroceria um pouco mais larga.
A dianteira redesenhada ficou ligeiramente mais elevada com a adoção de tomadas de ar maiores, tanto a central como as laterais, além de mais uma tomada de ar na seção superior para refrigeração, enquanto o defletor está mais pronunciado. Os faróis também têm, de série, novo desenho com lâmpadas Matrix LED e opção HD Matrix LED de alta resolução, com mais de 32.000 pixels por farol e alcance da iluminação de até 600 metros.
Na traseira também se destaca visual mais pronunciado com vigia mais largo e a tampa do porta-malas levemente alongada proporcionando um ganho de espaço para bagagem e que também incorpora parte da barra do sistema de sinalização, que vai de ponta a ponta, seguindo uma tendência que a Porsche tem adotado atualmente em sua linha de modelos. As saídas de escapamento são cromadas em bronze escuro.
As rodas têm opção de aro de 19 e 21 polegadas e, no modelo Turbo E-Hybrid podem ter opção de fixação central, como no 911 Turbo S. Vale destacar que a versão turbo do Panamera será a primeira a adotar a nova padronização Turbonite, a partir de agora exclusiva para as versões Turbo da marca, com a tonalidade exclusiva de cor cinza nos raios das rodas, frisos, emblemas e nas letras do emblema-logo ‘Porsche’ na traseira.
O novo Panamera terá duas opções de motor: o V-6, de 2,9 litros, turbocarregado, de 353 cv e 51 m·kgf.; e o E-Hybrid, um V-8 de 4 litros, biturbo, 519 cv, que em conjunto com o motor elétrico de 190 cv geram potência combinada de 680 cv e torque de 94,9 m·kgf. O câmbio é o conhecido robotizado de dupla embreagem e oito marchas da marca.
No E-Hybrid o motor elétrico é integrado a este câmbio, que foi especialmente redesenhado para isto, o que alivia cerca de 5 kg do peso total do conjunto. Além disso, a proposta de integração da unidade de acionamento elétrico aproveitando o circuito de óleo do câmbio também contribui para o equilíbrio térmico, possibilitando maior potência contínua do motor elétrico.
A capacidade da bateria na nova geração do Panamera E-Hybrid é agora de 25,9 kW·h, o que proporciona alcance em modo elétrico de até 91 quilómetros no ciclo combinado WLTP ou 83 a 93 km no ciclo urbano. Um novo carregador de corrente alternada integrado de 11 kW reduz o tempo para carregamento em pontos devidamente adequados para 2 horas e 39 minutos, conforme detalha a Porsche.
A nova geração vem de série com suspensão pneumática de dupla câmara e duas válvulas .A tecnologia separa as fases de compressão e distensão do amortecedor oferecendo um melhor compromisso entre conforto e esportividade, segundo a Porsche. O comportamento do carro pode ser melhorado ainda mais com a opção de esterçamento automático das rodas traseiras.
Além disso, o inovador sistema de suspensão ativa é opcional, para as versões E-Hybrid. A base para isso são amortecedores ativos recentemente desenvolvidos — também com tecnologia de duas válvulas — cada um conectado a uma bomba hidráulica operada eletricamente, o que gera um fluxo de volume de fluido no amortecedor de acordo com a necessidade.
Este sistema elimina a necessidade de barras antirrolagem e pode neutralizar as forças atuantes entre a carroceria e as rodas de maneira extremamente rápida, altamente precisa e direcionada, neutralizando e compensando quase completamente as forças resultantes da movimentação estimulada pela pista.
Assim, o chassi mantém a carroceria do Panamera sempre em posição nivelada em relação à pista, mesmo nas manobras dinâmicas de aceleração, frenagem e mudança de direção. Com um curso suave, o sistema absorve os solavancos quase completamente. Em situações de condução dinâmica, o sistema de suspensão ativa proporciona conexão aprimorada à pista devido a distribuição equilibrada de cargas nas rodas.
Com o modo correspondente ativado, a suspensão pode compensar as tendências excessivas de inclinação e rolagem reduzindo as forças laterais que afetam no conjunto. Nesta configuração, o carro nas atua curvas como uma motocicleta. Ela também elimina o afundamento da traseira, ao acelerar e o da dianteira ao desacelerar ou frear. Com o carro parado, o sistema abaixa a carroceria para altura confortável de acesso ou saída.
Segundo declarou ao site da revista inglesa Autocar, Christoph Bittner, gerente de desenvolvimento de chassis da Porsche, este sistema de suspensão pneumática adaptativo demorou cerca de seis anos para ser desenvolvido e tem a vantagem de utilizar somente uma câmara, em vez de duas ou três câmaras de ar. Além disso, a mola pneumática não é ativa, as regulagens ativas são feitas através da força aplicada nos amortecedores.
Ainda, segundo o gerente da Porsche, existem sistemas semelhantes no mercado, mas falta a eles energia do sistema de alta tensão de 400 volts do Panamera E-Hybrid, que também é muito responsivo e de rápida reação. Este sistema, entretanto, não será disponível nos modelos somente com motor a combustão devido à quantidade de energia elétrica necessária para opera-lo, algo que somente o sistema elétrico híbrido é capaz de fornecer.
A nova geração do Porsche Panamera será lançada comercialmente no mercado europeu em março do ano que vem nas versões Panamera a combustão, com preço a partir de 107.800 euros (cerca de 577 mil reais), Panamera 4, também a combustão, a partir de 111.900 euros (cerca de 599 mil reais)), enquanto o Panamera Turbo E-Hybrid vai custar a partir de 192.500 euros (algo em torno de 1 milhão e 30 mil reais).
Já no Brasil, a ação de pré-venda do novo Panamera também deve ser iniciada em 2024, mas ainda sem data definida.
RM