Recentemente, a General Motors do Brasil anunciou dois investimentos significativos, reafirmando seu compromisso com o Brasil e afastando qualquer especulação sobre uma possível saída do país. Esses investimentos fazem parte de um total de R$ 7 bilhões e serão aplicados de 2024 a 2028, demonstrando a importância estratégica do Brasil para o fabricante, tanto em termos econômicos quanto operacionais.
O primeiro investimento, de R$ 1,2 bilhão, anunciado em julho último, é destinado à modernização da fábrica de Gravataí, RS, e considera um novo carro a ser lançado em 2026 no Brasil e posteriormente exportado para a região. Essa unidade é responsável pela produção dos modelos Chevrolet Onix, que deve também receber atualizações tecnológicas que visam aumentar a eficiência produtiva e a competitividade dos veículos. A adoção de tecnologias avançadas de automação e digitalização nas linhas de produção permitirá à GM não só melhorar a qualidade dos produtos, mas também manter preços competitivos tanto no mercado interno quanto o de exportação.
O segundo investimento anunciado hoje de R$ 5,5 bilhões, e será destinado às operações do Estado de São Paulo, sendo focado em novas tecnologias de veículos eletrificados, considerando dois com motorização híbrida e flex que já estão em estágio avançado de desenvolvimento, e a atualização de portfólio com modernização de todas as suas instalações produtivas e operacionais no Estado.
“Os investimentos que estamos anunciando irão fortalecer os planos da mobilidade sustentável da General Motors no Brasil e impulsionar o crescimento futuro da empresa”, afirmou Rory Harvey, vice-presidente executivo e presidente de mercados globais da General Motors (foto de abertura).
Com o mercado automobilístico global caminhando em direção a veículos elétricos, a GM está se preparando para adaptar suas operações no Brasil a essa nova realidade. E busca reposicionar as operações brasileiras como um centro de inovação e produção de carros sustentáveis na América Latina.
Esses investimentos indicam claramente que a General Motors não só pretende continuar operando no Brasil, mas também enxerga o país como um mercado vital e um centro importante para exportações. A ideia de uma eventual saída da fabricante do país é inviável por diversas razões. Primeira, o mercado brasileiro, apesar de seus desafios, é um dos maiores do mundo em termos de volume de vendas de veículos, com possibilidade de crescimento, caso a economia do país se fortaleça.
Além disso, o Brasil possui uma cadeia de suprimento consolidada, com fornecedores de peças, serviços e logística bem estabelecidos. Esse ecossistema, desenvolvido ao longo de décadas, oferece à GM vantagens em termos de custo e eficiência que seriam difíceis de replicar em outro lugar. A saída do Brasil significaria a perda dessas vantagens competitivas e altos custos para recriar essa rede em outros mercados.
Outro fator crucial é o impacto econômico e social que a saída da GM teria no Brasil. A fabricante emprega milhares de pessoas diretamente e indiretamente por meio de sua cadeia de fornecedores e concessionárias. Além disso, a GM é um dos maiores contribuintes fiscais do setor automobilístico no país. A retirada da empresa causaria um impacto profundo na economia, com a perda de empregos e de receita tributária significativa.
Em suma, os recentes investimentos anunciados já totalizam R$ 6,7 bilhões até 2028, e confirmam que a GM vê o país como uma peça fundamental de sua estratégia global. Com um mercado robusto, uma cadeia de suprimentos eficiente e um papel estratégico nas operações globais, o Brasil deve continuar a ser um pilar essencial para a GM, que em 26 de janeiro de 2025 completará 100 anos de sua chegada aqui.
GB