Ontem, 21 de setembro, ocorreram os últimos dois voos do Boeing 727 no país, encerrando uma jornada de 54 anos de operações ininterruptas.
Os 727 PR-TTO e PR-TTW fizeram seus últimos voos cargueiros numa desativação que já vinha sendo programada com a chegada dos Boeing 737-400F em agosto.
Foram 54 anos de operação incessante com apenas dois acidentes fatais (o Transbrasil voo 303 em 1980 e o Vasp 168, em 1982) de uma aeronave que revolucionou o transporte aéreo, num projeto tão bem elaborado que sobreviveu a anos de variações de mercado, de preço do combustível e de inovações tecnológicas.
Um projeto (assim como do DC-8) merecedor de investimentos de empresas terceiras em hush-kits (silenciadores) e mesmo remotorizações.
Segundo a Total, Linhas Aéreas, os PR-TTO e PR-TTW continuarão suas sagas com novos operadores. Todavia, o destino do PR-TTP é incerto, pois com as inundações no Rio Grande do Sul em julho deste ano, a aeronave ficou ilhada no aeroporto Salgado Filho e necessita de uma manutenção prévia antes do retorno ao céus.
Existe um quarto Boeing 727-200, o PR-IOC, pertencente à Rio Linhas Aéreas (extinta). Ficou parado anos antes de ser levado para Brasília para uma revisão total e voltar a voar nas cores da empresa Asas Linhas Aéreas. Todavia, o serviço não foi completado e a aeronave encontra-se parada.
Obrigado, 727, por tudo o que representou para a aviação brasileira. Seu legado para nós só se compara ao do DC-3/C-47!
DA