A fábrica de motores da Volkswagen do Brasil, localizada em São Carlos (SP), 240 quilômetros a noroeste da capital, foi uma das escolhidas, dentre todas as operações da marca no mundo, para exportar o motor 1,4-l TSI que irá equipar os modelos Jetta, Golf e Golf Variant produzidos no México. O início da exportação para a fábrica de Puebla, onde os modelos são produzidos, está previsto para o segundo semestre de 2017 e se estenderá até 2020, totalizando um volume de cerca de 250 mil motores.
“O projeto de exportação conta com investimentos de aproximadamente R$ 50 milhões, adicionais aos R$ 460 milhões anunciados em 2015. A fábrica de São Carlos tem recebido aportes constantes para a modernização de seus processos para a fabricação de novos produtos, tornando-a ainda mais competitiva e estratégica para o Grupo Volkswagen”, anunciou ontem (3/5) David Powels, presidente e executivo-chefe da Volkswagen do Brasil e América do Sul (SAM), em encontro com a imprensa na própria fábrica.
No final de 2015, a fábrica de São Carlos já havia sido selecionada dentre todas as operações da marca no mundo para exportar blocos de motores 1,0-l da família EA211 para a produção de motores que equipam os modelos Polo e up! na Europa.
O aporte contempla gastos com desenvolvimento tecnológico, investimentos em adaptação de linhas de usinagem de bloco do motor, montagem e testes, certificação e homologação do produto.
Para produzir a versão 1,4 TSI para exportação, as linhas de usinagem e de montagem do prédio EA211 receberam modernizações para atender a complexidade do processo produtivo que envolve este modelo, que conta com maior quantidade de componentes comparado às demais versões já produzidas, por possuir uma calibração diferenciada, dadas às diferentes normas, temperaturas e combustível utilizado em outros mercados.
“Os motores fabricados no Brasil se valem de processos com tecnologia de última geração. A eficiência do produto e processo nos permitiu ser escolhidos também para atender outros importantes mercados, como o mexicano”, disse Antônio Pires, vice-presidente de Operações da Volkswagen do Brasil.
“Outro fator que foi determinante para a conquista dessa operação foi o recente acordo coletivo fechado pela empresa com o sindicato e empregados da fábrica de São Carlos, que estabeleceu melhores condições de competitividade para a unidade nas questões trabalhistas”, explicou o vice-presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil, Nilton Junior.
“Investimos também na constante qualificação dos nossos profissionais, o que nos permite produzir os motores globais da marca. Além de melhorias em nosso processo produtivo, reforçamos também o desenvolvimento de novos treinamentos para os empregados que atuarão diretamente com este produto”, destaca Marcus Gorisch, gerente executivo da fábrica de São Carlos.
JJ