Deu no G1 de ontem (31): começou hoje em São Paulo o cálculo da velocidade média entre dois pontos de alguma vias da cidade como maneira de determinar se o veículo excedeu o limite.
Dia mais apropriado esse cara (foto de abertura) não poderia ter escolhido para anunciar seu novo prazer em atazanar os motoristas, por conseguinte a população: ontem foi o Dia das Bruxas.
A medida não tem caráter punitivo porque este modo de medir velocidade não está contemplado nas normas do Contran que regem o assunto, portanto seria ilegal lavrar por esse meio multas por exceder a velocidade regulamentada. Em vez de multa e pontos na CNH o “infrator” receberá uma carta notificando o excesso de velocidade, diz a reportagem.
Esqueceu-se ele e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) que muitos carros estão em nome de pessoa jurídica, portanto será a firma e não o infrator que receberá a carta.
A ver se será respeitada a tolerância legal de medição de velocidade estabelecida pelo Inmetro, de 7 km/h até 100 km/h e 7% acima dessa velocidade.
Mais uma que este cara, eleito prefeito com apoio maciço do eleitorado, apronta para os munícipes e, de quebra, quem visita a cidade. Não contente em manter a ridícula “São Paulo Cinquentinha” e a não menos ridícula “Sexta sem carro“, este cara sai com essa agora.
Esse controle, que só pode ter sido engendrado por quem odeia automóvel, caso óbvio desse cara, será feito nas seguintes vias:
• av. 23 de Maio, sentido norte, entre os viadutos Tutoia e Pedroso
• av. dos Bandeirantes, sentido rodovia dos Imigrantes, entre a rua Porto Martins e o número 2.040, junto à praça Angelo Falgetano
• av. Jacu-Pêssego, sentido Mauá, entre o acesso à rodovia SP-70 Ayrton Senna e a travessa Flor do Pêssego
• marginal do rio Tietê, pista expressa, sentido Castello/Ayrton Senna (aqui, erro da CET, é sentido Ayrton Senna/Carvalho Pinto), entre 200 metros antes da ponte Freguesia do Ó e 200 metros após a ponte Júlio de Mesquita Neto
Em vez de cuidar da cidade, como corrigir o “solo lunar” que está a pavimentação, e conseguir alimentação para os necessitados em vez de lhes dar a humilhante ração à base de farinata, essa cara fica inventando moda (e isso custa dinheiro tanto em equipamentos quando em despesas postais) só para manifestar seu ódio ao automóvel e, por conseguinte, aos paulistanos e cidadãos brasileiros de modo geral.
Portanto, leitor ou leitora de outros municípios ou estados, olho vivo com seus prefeitos. Ódio ao automóvel é altamente contagioso.
Repetindo o que eu disse em “Sexta-feira da imbecilidade em São Paulo” , escolher esse cara para o Palácio do Planalto em 2018 é tudo que não precisamos.
BS