Alemão volta a liderar campeonato, um ponto à frente de Hamilton
Longe de ter sido uma prova movimentada, o GP do Canadá deste ano acabou provocando resultados surpreendentes, desde uma vitória da Williams até o retorno de Sebastian Vettel à liderança do campeonato, que prossegue dentro de duas semanas com o GP da França, prova que marca a volta do país e do circuito de Paul Ricard à F-1.
Outra novidade dessa prova encerrada de forma bizarra foi a presença de Max Verstappen no pódio, junto com o segundo colocado Valtteri Bottas. A modelo Winnie Harlow foi mal instruída e começou a dar a bandeirada de chegada uma volta antes das 70 regulamentares; não bastasse isso, ela também se preocupou em ficar de costas para os carros para posar para um fotografo.
A corrida canadense é mais famosa pelas festas no centro de Montreal do que por disputas antológicas e a edição deste ano consolidou a fama. No sábado, a travessia da raia olímpica que existe ao lado do circuito voltou a se realizar e, igualmente, terminar com um vencedor bem diferente das principais forças: depois da vitória da McLaren em 2017, desta vez foi a Williams, que igualou a rival de épocas douradas ao conseguir a primeira vitória em anos. Numa demonstração do real significado desse feito para o time de Grove, sequer uma foto dessa conquista foi postada no site oficial da equipe…
A coincidência de resultados entre as duas equipes estende-se também ao período de resultados inaceitáveis para o passado de ambas. A McLaren dilui suas atenções em diferentes categorias e já não pode alegar que seu problema é com o motor, como fez nos últimos três anos em que usou o motor Honda. Entre os dez primeiros colocados de domingo, quatro tinham carros equipados com o motor Renault: Verstappen, 3o; Ricciardo, 4o; Hulkenberg, 7oe Sainz, 8o. Já a Williams, mesmo com usando motores Mercedes (três entre os 10 primeiros), continua consolidando a posição de final do grid.
O mercado da Renault deverá ser alterado no ano que vem: crescem os rumores de que a Red Bull passará a usar motores Honda, marca atualmente vista na Toro Rosso, equipe júnior do fabricante de energéticos. Outra mudança envolvida esse grupo diz respeito à permanência de Brendon Hartley nessa última; no fim de semana que passou o neozelandês foi envolvido em um acidente de grandes proporções após ter seu carro prensado contra o muro, cortesia do canadense Lance Stroll, que admitiu ter perdido o controle do seu Williams FW-41.
Se Hartley tem a seu favor um título mundial na categoria Resistência, Stroll paga o preço de ser um piloto inexperiente a bordo de um carro nada competitivo e defendendo uma equipe que ainda não descobriu como se recuperar. Neste vídeo você pode notar como o pescoço de Hartley faz movimentos bruscos no momento que seu carro é jogado contra o muro, motivo pelo qual ele foi levado a um hospital no centro de Montreal duas horas após a corrida. Apesar de ter sido liberado sem qualquer restrição será pouco surpreendente se o histórico médico do fim de semana não ajude a afastá-lo de uma corrida em breve, posto que sua situação na equipe é pouco confortável.
Tal qual ocorreu em Mônaco, o atual campeão mundial Lewis Hamilton fez outra uma corrida apagada para os seus padrões de competitividade. Oficialmente o desempenho do seu carro foi prejudicado pelo superaquecimento da unidade de potência, mas não seria exagero admitir que a caça ao quarto lugar que esteve próxima de ser consumada, foi arrefecida na última volta quando a senhorita Harlow exibiu a bandeira quadriculada antes da hora. Tivesse o inglês ultrapassado o australiano ele teria marcado 12 e não 10 pontos e, mais importante, ainda estaria liderando o campeonato. Do jeito que a corrida terminou, a 50avitória de Sebastian Vettel deu ao alemão 121 pontos após sete etapas, contra 120 do seu rival. Quando se lembra que Felipe Massa perdeu o campeonato para Lewis Hamilton por um ponto e Alain Prost para Niki Lauda por meio ponto o resultado de Montreal ganha uma dimensão interessante.
Max Verstappen também fez uma corrida diferente, mas para ele o resultado foi bem melhor. Sem o espírito arrojado, e por vezes errático, o holandês viajou ao Canadá com uma entourage reduzida em relação ao número de amigos que povoa o box da Red Bull e subiu ao pódio pela segunda vez na temporada. Mais atuações como essa poderão recolocar Max no caminho de se tornar um campeão; se isso não acontecer estaremos diante do sucessor de Gilles Villeneuve.
Falando em promessas há de se destacar o décimo lugar conquistado por Charles Leclerc, que marcou pontos pela terceira vez neste ano e conseguiu a proeza de largar em 13o, à frente dos dois McLaren-Renault de Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne. Ao mesmo tempo que o monegasco pavimenta seu caminho rumo à Ferrari, faz a Sauber melhorar a olhos vistos.
O resultado completo do GP do Canadá você encontra clicando aqui.
WG