No dia 25 de julho último a Honda europeia lançou a versão automática de seu consagrado modelo Civic na versão Diesel, até então disponível apenas na versão manual lançada no início do ano. Dotado de um motor de ciclo Diesel, de 1,6 L e 120 cv a 4.000 rpm e 30,6 m·kgf a 2.000 rpm, a Honda incorporou uma caixa automática epicíclica de 9 marchas, opção esta até então inexistente para a motorização lançada no início deste ano.
O motor traz a novidade de ter os pistões feitos de ferro fundido em vez da alumínio para reduzir as perdas por calor.
A notícia teria passado despercebida se não fosse o destaque para os números de consumo e emissões de diesel do modelo, que apresenta números absolutos de consumo e emissões equiparados ao de modelos híbridos, pouco inferiores ao do Toyota Prius.
O consumo médio de diesel do Honda automático (números seguindo a norma europeias de medição de consumo, a NEDC) ) situa-se em torno de 24 km/L, enquanto o Prius registra 29 km/L (gasolina). Se comparado com a versão de câmbio manual, os números de consumo se equiparam ao híbrido da Toyota, lembrando sempre que nas fichas técnicas divulgadas na Europa os fabricantes seguem a mesma norma para divulgação de números.
Vale o destaque de que o motor Honda 1,6 i-DTEC “Earth Dreams” é a última palavra da Honda em termos de Diesel na Europa. Antecipou exigências em certificação que só serão obrigatórias no ano que vem e ainda, graças aos recursos empregados pela fabricante nos sistemas de emissões, o proprietário está livre de ter que utilizar no veículo o agente redutor AdBlue, aqui denominado Arla 32, para deixar as emissões de óxidos de nitrogênio dentro dos limites legais.
Como se vê, morte do Diesel na Europa só se for por birra de prefeitos que parecem ter prazer em tumultuar e incomodar.
DA