HONDA HR-V TOURING, NO USO (COM VÍDEO)

Depois da matéria do lançamento do Honda HR-V Touring, escrita pelo Gerson Borini e publicada no último dia 6, não haveria muito o que acrescentar, mas a Honda se apressou em oferecer o veículo para teste e achei interessante utilizá-lo no dia a dia — “no uso”, como é chamado no AE — principalmente, por temos oportunidade fazer mais fotos e o sempre importante vídeo. E, claro, no nosso local “oficial” para isso, a Estrada dos Romeiros, a maison blanche e a curva AE.

Como tenho enfatizado esses anos todos, nada como avaliar um carro nos percursos e caminhos familiares, bem diferente da utilização nos lançamentos.

O HR-V Touring, informado antes, tem preço público sugerido de R$ 139.900 e não tem opcionais.

Tudo o que o Gerson viu, sentiu e anotou confere com o que observei durante os sete dias em que utilizei  a nova versão do HR-V. Todavia, nesse período o veículo se mostrou ainda mais agradável, mesmo que sabidamente os suves não estejam no topo da escala de minhas preferências automobilísticas. No trânsito urbano, por exemplo, seu porte parece menor do que suas dimensões sugerem, como 4.329 mm de comprimento com 2.610 mm entre eixos, 1.772 mm de largura da carroceria, ou seja, sem contar os espelhos, e 1.650 mm de altura  O diâmetro mínimo de curva de 10,6 m arremata essa impressão.

Concorre de maneira marcante para isso uma coisa chamada harmonia. Nada parece supérfluo ou faltante, carro e motorista se complementam de maneira perfeita. Só senti falta do repetidor digital da velocidade, o que é uma pena. É algo com que se acostuma ao não se precisar mais “interpretar” o que o velocímetro mostra, de capital importância em tempos de autoridades de trânsito secas para passar a mão no nosso dinheiro por meio de velocidades “faturadoras”.

Muito boa a maneira como esse HR-V, mesmo pesando quase 1.400 kg, acelera em meio às “lesmas’ que infestam nosso trânsito em quantidade que não para de crescer. É acelerar e ter a resposta que se imagina, sem “preguiça de turbo” ou “delays”, e isso no trânsito sempre é muito bom.

Na cidade, a atuação automática do freio eletromecânico nas paradas alivia o trabalho de precisar manter o pedal de freio pressionado; para arrancar basta acelerar que o freio solta de pronto. E no  entra e sai do carro, a chave presencial destrava porta ao toque de um ponto específico na maçaneta externa, bem como a partida do motor por botão facilita a vida no uso diário.

Destaque também para o rodar confortável no solo “lunar” de São Paulo — menos buracos, é verdade, mas as ondulações só aumentam — sem excesso de maciez, o que lhe confere bons dotes para tomar curvas com mais ímpeto, sem movimentos parasitas, importante num suve. Sua direção eletroassistida é exata e rápida o suficiente para rodar nas ruas de bairro, além de a indexação à velocidade e a definição de centro serem perfeitas.

A Honda ainda não divulgou o consumo de gasolina da versão, mas deu para observar que ela está bem situada. No vídeo apontei 12,2 km/l no percurso Moema-maison blanche (51 quilômetros), o que pode ser considerado um bom consumo médio. Na cidade nunca baixou de 9 km/l e estou certo de que em rodovia somente supere 13 km/l com facilidade.

Desempenho, também não divulgado pela fabricante, estimo o 0 a 100 km/h em 9 segundos, possivelmente um pouco menos, e este HR-V tem potência para chegar a 200 km/h ou passar um pouco disso.

Para fechar, um suve moderno, bem construído, motor estado-da-arte, espaçoso e bom de dirigir.

Assista ao vídeo:

BS