Caro leitor ou leitora,
Conheço Celso Franco, ou Comandante Celso Franco, como é mais conhecido no país quando o assunto é trânsito, desde meus anos de Rio de Janeiro na década 1960,. e mantivemos contato esses anos todos. Depois de uma conversa nesta semana, aceitou meu convite para escrever para o AE. O objetivo, claro, é ele compartilhar todo seu conhecimento e experiência de décadas em gestão e assessoria de trânsito.
Celso Franco tem vasta experiência na mídia, onde já teve colunas em diversas oportunidades, o que facilitará a comunicação com o público leitor do AE. Aos 93 anos, Celso Franco segue mais ativo do que nunca.
Serão matérias sem periodicidade, porém com rico conteúdo. Tenho certeza de que o leitor ou leitora apreciará o que Celso Franco tem para contar.
Bob Sharp
Editor-chefe
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Sobre Celso Franco
Ele mesmo se apresenta: “Após exercer por sete anos a direção do trânsito no Estado da Guanabara e no Estado do Rio de Janeiro, em dois períodos diferentes, entre os quais tive o privilégio de assessorar a reformulação do trânsito do centro de São Paulo na gestão do prefeito Miguel Colassuono, dediquei-me exclusivamente a praticar a consultoria de trânsito a fim de complementar a minha aposentadoria naval, como Capitão de Mar e Guerra, Reformado.
De repente vejo-me como o único sobrevivente da geração de “buchanistas”, ou seja, dos especialistas que rezavam pela cartilha do especialista inglês Collin Buchanan, pai do enfoque moderno para se equacionar o trânsito urbano.
Atualmente exercendo consultoria para as companhias de seguro quanto à avaliação da culpabilidade nos acidentes de trânsito de seus segurados, exerço também a presidência da Primeira Junta Administrativa de Recursos de Infrações, a JARI do Detran RJ. Estas atividades me fizeram ver o quanto é desconhecido, dos motoristas o Código de Trânsito, cujas transgressões são maciçamente indeferidas (cerca de 98%), e este desconhecimento contribui para os 5.600 recursos mensais, nas 11 JARIs existentes naquele Detran..
Ao iniciar a minha colaboração com o site do meu amigo Bob Sharp e seu sócio Paulo Keller, pretendo tentar explicar os artigos do nosso Código mais desrespeitados e alertar o quão defeituosa é a filosofia da lei que rege o trânsito, cujos resultados são pífios face ao elevado número de acidentes, ao não seguir o sábio conselho de outro inglês, o lendário de Diretor de Trânsito de Londres na década de 1930, Sir Alker Tripp, que escreveu um livro basilar para a administração de trânsito, onde deixava claro o seu recado, que agora o faço meu: “No trânsito, tudo que puder ser conseguido com medidas construtivas não deve ser imposto mediante restrições legais.
Celso Franco
Consultor de Trânsito”