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No Salão de Detroit de 2004, a Ford apresentou o conceito da sexta geração do Bronco, com design inspirado no modelo original e baseado na arquitetura global da Ranger, com chassi de perfil retangular fechado e tecnologias avançadas.
“A Ford ajudou a criar o fenômeno off-road e se especializou nesse tipo de veículo por décadas — do Bronco à Raptor”, diz Jim Farley, presidente mundial da Ford. “Agora, estamos prontos para recuperar nosso lugar de direito como líderes em veículos off-road”.
Em 1969, um Bronco com preparação especial venceu a Mexican 1000 (depois rebatizada como Baja 1000), uma das competições off-road mais difíceis do mundo. A Ford homenageou os 50 anos dessa conquista com a apresentação do protótipo Bronco R na Baja 1000 de 2019, dando mais pistas de como seria o novo modelo.
Cinco gerações
A origem do Bronco remonta à Segunda Guerra Mundial. A Ford foi uma das três companhias que trabalharam no desenvolvimento do Jeep. Mais de 250 mil foram produzidos. Eles caíram no gosto dos veteranos e dos entusiastas de atividades ao ar livre após a guerra. À medida que as estradas foram melhorando a Ford viu a chance de refinar o conceito e criar um utilitário mais sofisticado que também poderia servir como esportivo.
No dia 11 de agosto de 1965, Don Frey, vice-presidente da Ford Motor Company, apresentou o Ford Bronco, citando que a companhia havia adicionado outro “pony” (pônei) ao estábulo, junto de seu irmão mais velho: o Mustang. O Bronco foi o primeiro veículo da história a ser chamado de SUV. Nascia um clássico americano.
O Bronco de primeira geração (de 1966 a 1977) nasceu como um off-road compacto, com 3,85 m de comprimento. Inicialmente equipado com motor 2,8 litros de seis cilindros em linha e câmbio manual de três marchas, ganhou depois as opções de motor V-8 e câmbio automático.
Seu estilo simples e robusto era marcado pela carroceria de linhas retas e faróis circulares, nas versões perua de três portas, picape e roadster aberto sem portas. Ele tinha um acabamento simples, mas podia ser incrementado com vários acessórios, desde bancos, conta-giros, rádio, engate de reboque, tanque auxiliar de combustível e guincho até equipamentos profissionais e de camping.
Em 1967, a perua ganhou o pacote opcional Sport, com itens cromados e o nome Ford na grade pintado de vermelho, depois transformado em modelo de série. A versão roadster saiu de linha em 1968 e a picape, em 1972, concentrando a produção na versão perua.
Na segunda geração (de 1978 a 1979) o Bronco entrou para o segmento de SUVs grandes, crescendo 71 cm no comprimento, 28 cm na largura e 10 cm na altura. Ele tinha como base a F-100 4×4, em versão encurtada. O teto rígido removível, agora produzido em fibra e cobrindo apenas a área dos bancos traseiros, em vez da peça inteiriça de aço, continuou a ser uma característica do utilitário, assim como as três portas, o eixo rígido dianteiro e a tração 4×4.
Esse Bronco de segunda geração durou só dois anos, mas foi um sucesso de vendas, com clientes esperando vários meses na fila pela sua chegada. Era equipado com motor V-8, de 5,8 ou 6,6 litros, e pela primeira vez passou a oferecer capacidade para seis passageiros, com banco inteiriço opcional dianteiro.
O Bronco de terceira geração (de 1980 a 1986) foi baseado na F-150, conservando a distância entre-eixos de 2,64 m. Além de ganhar suspensão dianteira independente, ele voltou a oferecer um motor seis cilindros em linha de 4,9 litros, ao lado do V-8. Em 1982, o oval azul na grade dianteira substituiu as letras Ford no capô. Essa geração também foi montada e vendida na Austrália.
A quarta geração do Bronco (de 1987 a 1991) acompanhou as mudanças da oitava geração da Série F, com vários aprimoramentos. A quinta geração do veículo (de 1992 a 1996) renovou o design, alinhado com a nona geração da F-150, e introduziu vários itens de segurança, como cintos traseiros de três pontos, vigas de portas reforçadas e airbag do motorista de série. Também por questão de segurança, sua capota deixou de ser removível. Em 1996, a Ford anunciou o encerramento da produção do Bronco, que agora está perto de ser retomada e é aguardada com expectativa pelo mercado.
O último Bronco saiu da linha de montagem em 12 de junho de 1996 na fábrica de picapes de Michigan. O gosto dos consumidores americanos estava mudando, e o robusto veículo utilitário esportivo de duas portas estava sendo substituído na linha da Ford pelo Expedition de quatro portas. Durante sua execução de 31 anos, 1.148.926 Broncos foram construídos, mas ainda mais importante do que o número, o Bronco se instalou na imaginação do público. De clubes de entusiastas na Islândia (onde um grande número de Broncos de primeira geração foram vendidos) a clubes off-road nos Estados Unidos, a inúmeras aparições em filmes e canções, o Bronco se tornou um clássico cult.
Isso ficou claro na pré-venda da nova geração, que teve uma receptividade sem precedentes na história da marca. Em três semanas, mais de 165.000 clientes fizeram o depósito de 100 dólares para reservar os SUVs nos EUA. E as 2.000 unidades da versão Bronco Sport First Edition se esgotaram no dia seguinte.
Vídeo
O Ford Bronco nasceu em 1965 e foi o primeiro modelo a receber a referência SUV (sigla em inglês para Veículo Utilitário Esporte). A primeira geração se estendeu até 1977, como off-road compacto de 3,8 metros de comprimento. Em 1996 a produção parou, mas volta agora fortalecida em três versões: 2 e 4 portas, como utilitário-raiz, além do Bronco Sport. A pré-venda da nova geração nos EUA teve receptividade sem precedentes na história da marca. Em três semanas, mais de 165.000 clientes fizeram o depósito de 100 dólares para reservar os SUVs. Em 2021, o Bronco chega ao Brasil e aos mercados sul-americanos com esse respaldo histórico de sucesso.
FC