A sexta geração do M3 — sedã de quatro portas, carroceria modelo G80 — nas versões M3 Competition e M3 Competition Track, são os novos carros da BMW que estão chegando ao mercado brasileiro. Estão motorizados pelo 6 cilindros em linha turbo, de 510 cv a 6.250 rpm. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 3,9 segundos e a velocidade máxima chega a 290 km/h.
Os veículos que são destinados ao Brasil estão dotados do sistema M Drive Professional, que traz informações para o uso em track days. O M Drift Analyzer registra a duração, a distância percorrida e o ângulo de escorregamento numa classificação exibida no painel. Também tem o M Laptimer, que fornece tempos de volta e análise da performance em pistas. O sistema M Traction Control ajusta a aceleração, a curva de torque e a programação do controle de estabilidade e tração para dar mais segurança em situações de pilotagem puramente esportiva.
Mas para chegar a essa sexta geração, os M3 percorreram um longo caminho, de quase quatro décadas de desenvolvimento, tanto para as versões de rua quanto as especiais para competições.
O primeiro M3 foi apresentado no Salão de Frankfurt, em 1985, desenvolvido sobre o sedã de duas portas da série E30. O motor de 2,3 litros tinha 4 cilindros, 4 válvulas por cilindro acionadas por duplo comando de válvulas, virabrequim forjado e borboletas de admissão individuais. Entregava 200 cv a 6.750 rpm e 24,5 m·kgf de torque a 4.750 rpm. Chegava a 230 km/h e acelerava de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos. O veículo logo ganhou espaço no mercado e nas pistas.
Esse motor foi desenvolvido por Paul Rosche, da BMW Motorsport GmbH, que ficou conhecido pelos brasileiros por ter criado o motor turbocarregado de 1,5 litro e quatro cilindros do Brabham BT52 que Nélson Piquet usou para conquistar seu segundo título no Campeonato Mundial de Fórmula 1, em 1983.
Esse primeiro M3 foi desenvolvido e adaptado em prazos muito curtos pelo time de engenharia da hoje divisão BMW M — naquela época era chamada de BMW Motorsport — e resultou em 17.970 unidades produzidas até 1991, um sucesso frente ao objetivo inicial de vender 5.000 unidades para atender às exigências de homologação pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).
Em 1992 chegou a segunda geração do M3, sobre o modelo E36. A carroceria era mais discreta que a do seu antecessor, mas o desempenho com o motor de 6 cilindros em linha era mais brutal, e durou até 1999. Com o motor de 3 litros produzia 286 cv e, a partir de 1995, o 3,2-litros entregava 321 cv.
Entre 2000 e 2006 foi a terceira geração — E46 — que surgiu, com o 6-cilindros em linha produzindo 343 cv a 7.900 rpm. As carrocerias eram apenas cupê ou conversível, não havia a opção de quatro portas.
Em 2007, foi a vez da quarta geração, que durou até 2013. As carrocerias eram denominadas E90 — sedã de quatro portas, E92 — cupê e E93 — conversível. O motor V-8 de 4 litros produzia 420 cv a 8.300 rpm.
Em 2014 surge a quinta geração dos M, com o F80 apresentado em 2013. O motor com 3 litros e 6 cilindros em linha, auxiliado por dois turbocompressores, produzia 431 cv. A denominação M3 ficou restrita à carroceria sedã. A versão cupê passou a ser nomeada M4, seguindo as diretrizes da BMW. Essa quinta geração durou até 2018, quando chegou a mais recente geração, que está agora no mercado nacional.
AB