Antes de chegar ao mercado, qualquer modelo novo passa por rigorosos testes de durabilidade nas condições mais radicais do planeta. Mas para demonstrar como o LC 500 Cabriolet iria se comportar nessa condição de temperatura negativa, a Lexus escolheu uma abordagem diferente. Para testar a resistência do seu conversível em condições de frio extremo, a Lexus resolveu congelar o veículo.
O objetivo era testar de que forma o frio afetaria o sistema de aquecimento, ventilação e ar-condicionado (HVAC, abreviação em inglês), e, claro, o motor V-8, que no teste ligou logo na primeira tentativa, com telas e instrumentos funcionando instantaneamente, sem qualquer impacto adverso do frio.
Greg Fleming, engenheiro que supervisionou o teste, explicou que “com a capota abaixada, os componentes internos estariam em condições extremas e não seria um lugar agradável para ninguém. Mas tínhamos esperança de que o sistema de ar-condicionado e o aquecimento dos bancos e do volante ainda funcionassem adequadamente”.
Sempre com a capota de lona recolhida, ficou exposto a uma temperatura de 18 ºC negativos durante 12 horas, situação que o deixou coberto por uma fina camada de gelo. O carro foi borrifado com água para criar gelo e entrou na câmara climática, de tamanho industrial, no Millbrook Proving Ground, em Bedfordshire, no Reino Unido. O local está situado numa colina, com uma estrada de acesso em estilo alpino, cheia de curvas, subidas e descidas desafiadoras. É usado com regularidade para testar a resistência de equipamentos de defesa e de veículos rodoviários, em temperaturas que podem oscilar entre os 85 °C positivos e 60 °C negativos, com até 98% de umidade relativa do ar.
Com a ajuda do piloto Paul Swift, o conversível foi retirado da câmara climática, ainda congelado, e levado para essa estrada, para rodar bem ao estilo em que o piloto dirige quando faz as cenas arriscadas como dublê. “Pedem-me para fazer muitas coisas doidas no meu trabalho e esta foi uma delas. Eu não estava nervoso até chegar e ver o carro dentro da câmara. Parecia muito frio e eu pensava se eu teria mesmo que me sentar naquilo… Felizmente deu tudo certo e fiquei impressionado”, declarou o piloto britânico, que também é especialista em acrobacias com veículos.
Além do motor V-8 atmosférico de 5 litros, e 477 cv, ter funcionado sem qualquer problema, o sistema HVAC também fez o seu trabalho como se nada tivesse acontecido. “Eu conseguia sentir o volante e o banco sendo aquecidos e as saídas de ar atrás do meu pescoço também”, acrescentou Swift, que ficou satisfeito com a experiência. Concluiu dizendo “Foi bastante agradável, se levarmos em conta que o carro estava congelado. Fiquei confortável no carro desde o início”.
AB