Talvez seja um estudo e um prenuncio para os próximos carros da altamente competitiva PMSC – Porsche Mobil 1 Supercup. Mas o Mission R, no momento, é um protótipo elétrico de tração integral, mais curto que um 911 e com porte aproximado ao de um 718 Cayman. Está exposto no IAA, Salão de Munique, Alemanha, até domingo.
Apresenta-se numa configuração única com dois motores elétricos, um instalado na dianteira, com potência de 435 cv, e outro na traseira, com 653 cv, para uma potência máxima combinada de elevados 1.088 cv na configuração de classificação e 680 cv configurado de corrida.
Os motores têm um inovador sistema de arrefecimento por óleo, que permite eliminar o efeito da perda da capacidade da bateria devido às condições térmicas em alto esforço. Na asa traseira está a marca Mobil, parceira da Porsche em várias pesquisas e na já citada Porsche Mobil 1 Supercup.
Para reduzir o peso e reaproveitar matérias-primas descartadas, portas, defletores, banco do piloto e painéis laterais são fabricados em compósito de plástico reforçado com fibras naturais de linho (NFRP), material do difusor traseiro também.
Os espelhos retrovisores foram substituídos por câmeras que projetam as imagens na tela curva acima da coluna de direção. No volante há uma segunda tela, de 6 polegadas, com as informações e dados para o piloto.
O Mission R acelera de zero a 100 km/h em menos de 2,5 segundos e atinge mais de 300 km/h, segundo a Porsche. O sistema elétrico é de 900 V e com o carregador Porsche Turbo Charging recupera de 5% a 80% da carga em apenas 15 minutos.
A estrutura de segurança é em compósito de fibra de carbono (CFRP), mesmo material da estrutura do teto (foto de abertura). Assim, combina a célula de segurança com a cobertura do teto.
A Porsche não é novata nesses tipos de materiais. No começo de 2019, o 718 Cayman GT4 Clubsport foi o primeiro carro de competição produzido utilizando biofibras na composição de painéis de carroceria.
AB