Domingo passado escrevi na minha coluna “Brasil, país do barulho” que muitos caminhões de motor Diesel emitem um incômodo ruído a cada troca de marca. Expliquei ser proveniente da válvula de alívio associada a uma forma de apito que nos comentários eu soube tratar-se de um “pente” colocado na saída da turbina do turbo para essa finalidade, “gritar” nas trocas de marcha quando o motorista levanta o pé do acelerador.
Coincidência nº1: de segunda-feira até às 21 horas desta quinta-feira escutei caminhões diesel no bairro, todos com seu peculiar ronco de baixa frequência que não incomoda e nenhum emitiu o tal ruído ao trocar marcha.
Há algum tempo escrevi como é irritante e incômodo ficar atrás de um carro parado com a seta ligada, inclusive nas faixas exclusivas para quem pretende dobrar à esquerda quando o sinal abrir.
Coincidência nº 2: o que era maioria tornou-se exceção, hoje a maior parte dos motoristas age como eu. Carro parado, seta desligada.
Tenho sido contumaz “perseguidor” do péssimo (e proibido) hábito de escurecer os vidros da condução, para-brisa e os vidros laterais dianteiros.
Coincidência nº 3: Mesmo sem fiscalização específica a respeito, noto que os “sacos de lixo” são cada vez menos vistos.
Eu, Fenando Calmon e Boris Feldman batemos com tanta força nos engates para rebocar que acabou saindo regulamentação do Contran presidido pelo saudoso Alfredo Peres da Silva. A nova norma foi incompleta, deveria ter tornado ilegal trafegar com o engate sem estar rebocando, mas o fato é ser raro ver hoje carro com o acessório. Se tivesse continuado do jeito que estava eu teria escrito a coluna “Brasil, país de rebocadores”.
Essa chamo de coincidência nº 4.
Finalmente, a mãe de todas as coincidências, a 5ª. Na semana seguinte à minha coluna “Montadoras não dá mais”, o presidente da Renault, Ricardo Gondo, numa palestra na Anfavea, disse em alto e bom som que “a Renault não é uma montadora, mas uma fabricante. Para comemorar montadora estar na UTI, na coletiva da Anfavea ontem, seu presidente, Márcio de Lima Leite, (de pé na foto de abertura) proferiu uma vez a moribunda palavra, mas logo corrigiu para fabricante. Afinal, a entidade que preside congrega… fabricantes!
Coincidências?
BS