Os engenheiros da Porsche, fazendo uso de seu conhecimento e experiência nas competições, criaram um novo sistema semi-híbrido para o 911 Carrera GTS. O sistema, chamado T-Hybrid — ‘T’ de Turbo’ — consiste de novo turbocarregador.com um motor elétrico entre a turbina e o carregador. Com isso ambos ganham rotação instantaneamente e pressão de admissão logo é conseguida — “preguiça” de turbo zero.
O motor elétrico age também como gerador e produz até 15 cv acionado pelo fluxo dos gases de escapamento na turbina. Não há mais válvula de alívio e, além disso, agora só há um turbocarregador em vez dos dois de antes, proporcionando respostas mais rápidas. Mas tem mais.
Há um motor elétrico síncrono de ímã permanente integrado ao novo câmbio robotizado de dupla embreagem e 8 marchas da marca, o PDK. Mesmo com o motor boxer em marcha-lenta esse motor elétrico ajuda-o com até 54,4 cv e 15,3 m·kgf. Os dois motores elétricos são alimentados por uma bateria leve e compacta de alta tensão, do tamanho de uma bateria ácido-chumbo comum, de 1,9 kW·h de capacidade e 400 volts. De modo a conter a massa total do carro a Porsche incluiu uma leve bateria de íons de lítio de 12 volts para o sistema elétrico do veículo.
O coração do sistema T-Hybrid é o novo motor boxer de 6 cilindros. A alta tensão permitiu que o compressor do ar-condicionado passasse a ter acionamento elétrico e dispensasse a coreia para esse fim, deixando o motor mais compacto. Com isso ganhou-se espaço sobre o motor para acomodar o inversor de pulso e o conversor DC-DC.
O diâmetro dos cilindros aumentado para 97 mm e o curso dos pistões tendo passado a 81 mm elevou a cilindrada de 2.981 cm³ (81 x 76,4 mm) para 3.591 cm³. O gerenciamento do motor mantém a mistura ar-combustível ideal por todo o mapa, ou seja, lambda = 1, nunca excedendo-a (enriquecimento da mistura). A taxa de compressão é 10,5:1 (era 10,2:1) e a pressão na admissão é 1,8 bar.
Mesmo sem a ajuda elétrica o motor entrega 485 cv e 68,1 m·kgf, e passa a 541 cv e 62,2 m·kgf com a ajuda. São 61 cv mais que o 3-litros anterior. A aceleração 0-100 km/h é mais rápida com menos emissão de CO2 e com bem menos peso que os híbridos de carregamento externo. O aumento de peso sore o 911 Carrera GTS anterior é de meros 50 kg.
A suspensão do novo GTS foi totalmente revisada. Pela primeira vez o esterçamento das rodas traseiras é de série, para aumento da estabilidade em altas velocidades e redução do diâmetro mínimo de curva. Também, o carro foi configurado como de dois lugares, embora possa ter os bancos traseiros como opcional sem custo extra.
Com a tensão de 400 V o veículo recebeu o sistema de estabilização antirrolagem da marca tonando o seu funcionamento ainda mais flexível e preciso por meio de controle eletro-hidráulico. A suspensão esportiva conta ainda com carga de amortecimento variável e altura de rodagem 10 mm mais baixa.
No exterior, novos para-choques específicos para o modelo, todas funções de iluminação integradas aos agora de série faróis matriciais de LED do 911 com seu característico gráfico de quatro pontos. Com isso foi possível eliminar as demais luzes de rodagem dianteiras, abrindo espaço para mais entradas de ar.
São cinco flapes (válvulas) verticais visíveis de fora e um escondido em cada lado. Pela primeira vez no 911 estes são complementados por difusores dianteiros adaptativos na parte inferior da carroceira com controle elétrico junto com os flapes. Esses elementos guiam o fluxo de ar conforme necessidade: quando a demanda de potência é mínima os flapes fecham-se para otimizar a aerodinâmica. Quando a demanda de potência é alta, como no uso em pista, os flapes direcionam mais ar para os radiadores. Os sensores são localizados atrás de uma superfície brilhante abaixo da placa .
O preço do 911 Carrera GTS cupê é a partir de 170 mil euros (R$ 970.000) e as entregas começam mais para o fim do ano.
BS
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