Antes de passar ao assunto propriamente dito, somos 11 milhões de habitantes no município de São Paulo e a frota paulistana é de 7 milhões de veículos. Portanto, dividindo 11 por 7 chegamos ao resultado de 1,6 habitante por veículo. Portanto, vale a afirmação do título, ser contra o automóvel é ser contra a população e não contra “as zelite”, como os petistas adoram falar.
Acho que o cicloativistas pensam que são o centro do universo, tal qual Aristóteles (384 a.C–322 a.C) achava que a Terra era o centro e em torno dela todos os astros giravam, o astro-rei inclusive.
Acho não, tenho certeza, depois de assistir anteontem (9/out) ao Jornal Hoje, da TV Globo, matéria sobre a cartilha do ciclista mandada publicar pelo mesmo cara que quando Ministro da Educação (?) autorizou livro escolar que diz ser correto dizer “Nós pega o peixe”.
A foto acima foi extraída do trecho da reportagem em que a jornalista Veruska Donato sai andando de bicicleta com Daniel Guth, diretor de uma tal Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo. O que se vê nessa reportagem é um flagrante desrespeito a quem por direito utiliza uma via pública aberta ao tráfego, no caso o motorista do BMW da foto acima, e, mostrando desconhecimento do Código de Trânsito Brasileiro em seu Art. 58, o “diretor” bloqueia a via pedalando l-e-n-t-a-m-e-n-t-e ao lado da bicicleta da jornalista. E quando esta, consciente de estar atrapalhando o trânsito, avisa-lhe que estão buzinando atrás, ele responde, debochadamente, “dê um tchauzinho”.
Diz o referido artigo:
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
Há outro artigo no Capítulo XV – Das Infrações, aplicável a todos os veículos, que diz:
Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando o trânsito — infração média, R$ 85,13.
Pois a jornalista disse em alto e bom som que bicicleta deve ocupar o lugar de um carro. Acredite o leitor seu quiser. Estaria esse conceito na cartilha do “Nós anda de bicicreta”?
Quem não assistiu à reportagem pode fazê-lo clicando aqui e ver essas barbaridades que comento.
Que fique bem claro: o AUTOentusiastas não é contra a bicicleta, é contra os exageros e abusos que se cometem em nome deste veículo, como as ciclofaixas que transfiguraram a cidade (e outras país afora), atrapalhou a vida da população e a atividade de serviços e comercial, com resultado prático zero. E é contra ativistas como esse Daniel Guth, que provavelmente sonhe em ver São Paulo se transformar uma Amsterdã.
Mas, como se diz, não tem nada não, 2016 vem aí. A população paulistana não vai cair na esparrela do partido vermelho e de número azíago desta vez.
BS