… mas referente às suas Companhias de Engenharia de Tráfego somente, não às respectivas populações, obviamente.
Desde que estive no Rio para o lançamento da Renault Duster Oroch, no final de setembro, estou para escrever está matéria. O que me levou a fazê-lo agora foi o ponta-pé dado pelo meu velho amigo de lá, o Cláudio Fischgold, que ontem me escreveu contando que próximo ao evento da Oroch, o centro cultural Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, foram feitas duas passagens abaixo do nível do solo e que em razão das curvas lá existentes foi determinado limite de velocidade de 40 km/h, com os vigilantes pardais. Pois ele me contou que passou lá esses dias e viu que o limite havia passado para 50 km/h.
Isso serve como exemplo da capacidade de análise dos técnicos e engenheiros cariocas na administração do tráfego da Cidade do Rio de Janeiro, ao contrário do notório e praticado achismo da CET de São Paulo que, como se sabe, é comandada pelo petista Jilmar Tatto. Esta “capacidade” recentemente, numa coletiva de imprensa, mostrou quadro em que um carro a 100 km/h precisa de 140 metros para parar, na tentativa de justificar a redução de velocidade nas duas marginais ribeirinhas de São Paulo, a do Tietê e do Pinheiros. Não vi a imprensa comentar essa absurdo.
A foto de abertura é da pista lateral da av. das Américas, na mesma Barra da Tijuca, onde se vê a placa de 70 km/h de limite de velocidade. Note que é área edificada, com atividade comercial e de moradia. O mais notável é que era 60 km/h algum tempo atrás. Ou seja, reavaliaram e viram que fluidez melhoria elevando o limite. E na pista central, de apenas duas faixas, o limite é 80 km/h, enquanto na via de mesmas características nas marginais é 70 km/h.
Outro bom exemplo é o túnel Zuzu Angel, que liga a Gávea a São Conrado, de duas faixas de rolamento e sem acostamento. A velocidade ali é de 90 km/h! O túnel existe desde meados dos anos 1970 e não há registro de acidentes ali.
O mesmo na pistas do Aterro do Flamengo, que ligam o centro da cidade ao bairro de Botafogo, 90 km/h.
A av. Paulista tinha velocidade de 70 km/h, baixada para 60 km/h na gestão do prefeito Gilberto Kassab e agora para 50 km]/h. No entanto, no famoso cartão postal do Rio de Janeiro, que não preciso dizer o nome, talvez o bairro mais densamente povoado do Brasil, sabe qual é o limite? 70 km/h!
Como fica patente, o título desta matéria se justifica plenamente. Mas voltemos à Barra da Tijuca. A avenida litorânea se chama Sernambetiba e liga a Barra o Recreio dos Bandeirantes. Pista única, com estacionamento em ângulo de 45º num dos lados. Ali é um ponto que lota nos fins de semana, pois o mar está a poucos metros da avenida. Limite, 60 km/h e sem nenhuma lombada física, só eletrônica. O cariocas da CET carioca são inteligentes ou não?
Ou seja, dirige-se no Rio normalmente, sem precisar ficar atento que nem um idiota às placas de regulamentação de velocidade, e nem por isso o trânsito do Rio é mais violento que o de São Paulo; aposto até que é menos.
Carro guinchado
Aproveito para falar do cúmulo da burrice praticada pela CET de São Paulo. Por que se guincha carro estacionado em local proibido? Mesmo um deficiente mental responderia que é para livrar a via do obstáculo e, desse modo, assegurar a fluidez. O guinchar não é para punir ninguém, embora cumpra esse papel educativo pela despesa que acarreta ao infrator — guincho e estadia no depósito, além da multa propriamente dita.
Mas as “capacidades” da CET paulistana não tem essa visão lógica, por que uma vez um carro tenha sido guinchado colocam no lugar um… cavalete!!! A faixa que estava interrompida continua interrompida. Acredite se quiser, leitor.
Nesse dia não agüentei e tratei de consertar esta estupidez, colocando a “prova da burrice” na calçada.
Aproveitando o momento, aqui vai uma prova de que a indústria da multa não é ficção. O carro que foi guinchado o foi injustamente, uma vez que placa de estacionamento proibida não se encontrava postada devido a obras na calçada. Ninguém é obrigado a procurar sinalização fora do lugar em que ela deve estar.
Como se vê, tanto pela questão de limites de velocidade, quanto pelo dolo em engordar o caixa da Prefeitura de São Paulo, estamos sujeitos a uma autoridade de trânsito que exerce às escâncaras o abuso de poder. Até quando?
BS