Publieditorial produzido pelo AE, saiba sobre esta e outras ações do AE
O FCM, fuel control module, módulo de controle da bomba de combustível da Hella, tem como objetivo primordial a redução de consumo de energia, e veio a ser criado por essa necessidade óbvia. Mas também chegou como um auxílio às metas de redução global de consumo das frotas, um objetivo colocado por vários governos ao redor do mundo, e não diferente no Brasil.
Apesar de bastante atrasado, o programa Inovar-Auto exige, entre outras ações, que os veículos consumam cada vez menos de forma média, além de uma maior porcentagem de componentes de fabricação nacional.
Do ponto de vista de propaganda, um carro econômico em consumo sempre tem mais esse argumento positivo de venda, já que não mexer no bolso do cliente é sempre algo muito forte no momento de anunciar e vender um produto importante e dispendioso como um carro.
Para finalmente tornar esse assunto mais sério, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) lançou há alguns anos o PEV, Programa de Etiquetagem Veicular, idêntico ao que é feito há muito mais tempo com eletrodomésticos. A etiqueta torna clara e simples a informação de quanto de energia um produto consome. Fácil de enxergar e entender devido ao código de cores, já é hábito se olhar a etiqueta no momento de procurar um refrigerador, por exemplo.
Para os veículos automotores ainda não é obrigatória a adoção da etiqueta, mas podemos afirmar que as marcas que não embarcaram na ideia estão perdendo clientes.
Nesse ponto, o módulo de controle de combustível entra em ação como mais um auxílio na obtenção de bons índices.
Esse módulo tem a base de trabalho muito simples. Ele varia a rotação da bomba elétrica de combustível, de maneira a que ela não trabalhe em rotação máxima o tempo todo, o que exige a existência de linha de retorno de combustível para o tanque. Explicando melhor, o sistema sem o FCM bombeia o tempo todo uma vazão grande, maior que o necessário para o motor, e esse excesso passa direto pela linha de alimentação e continua em direção ao tanque. O FCM trabalha variando a rotação da bomba de combustível, de acordo com a demanda, e só vai para o motor a quantidade de combustível necessária.
Uma vantagem adicional é que pode deixar de ser aplicada a linha de retorno quando se utiliza o FCM da Hella, apesar de algumas fábricas ainda a manterem por questões de requisitos internos.
O módulo permite a operação de acordo com a demanda para vários motores e atuadores, como a bomba de combustível, a de direção hidráulica. Para isso, é necessário a existência de sensores de velocidade e de pressão na linha de combustível, para informar ao módulo a situação, e permitir que esse tome a decisão de diminuir, manter ou aumentar a vazão conforme necessidade. Na atual situação de mercado, com a maioria dos novos projetos passando de assistência hidráulica de direção para elétrica, o FCM não tem atuação, já que nesse caso o sistema de direção já atua sob demanda.
As vantagens obtidas são basicamente duas, a maior economia de consumo e vida mais longa do sistema de alimentação. Pode ser usado em vários modelos dentro de uma mesma família de veículos, além de integrar funções adicionais. O projeto físico do FCM, com blindagem super-resistente , permite montagem externa ou interna ao tanque, tornando mais simples adotá-lo em um veículo já existente.
A primeira marca a usar o FCM da Hella foi a BMW em 2006, dois anos depois de ter premiado a Hella pelo conceito e os resultados obtidos em testes. Três anos depois, em 2009, foi a vez da General Motors adotá-lo em vários modelos, sempre fora do Brasil, seguido pela sua sempre forte concorrente, a Ford, em 2010. Em 2011 já eram quatro milhões de FCMs em carros nas ruas, e a Mazda e a Volvo foram as próximas a usá-lo. Em 2013, dez milhões de FCMs, e mais a Fiat e a Chrysler o adotaram.
O FCM da Hella tem 20% do mercado mundial desse tipo de componente, além da melhor performance de EMC (compatibilidade eletromagnética), o conjunto de atribuições de projeto para evitar interferências entre equipamentos, e é líder de tecnologia no motor de corrente contínua sem escovas, o BLDC (Brushless Direct Current), comutado eletronicamente.
A Hella, com seu módulo, faz com que essa energia e giro de bomba variem conforme o consumo (demanda) do motor, e se o cliente decidir por eliminar a linha de retorno, o sistema pode se tornar mais seguro, já que também a pressão é mantida constante, solicitando as vedações de maneira uniforme, sem variações que aceleram o envelhecimento por variação de tensões mecânicas.
A bomba funcionando dessa forma consome uma media de 50% a menos de energia elétrica. Isso faz diminuir o trabalho do alternador e a potência por ele consumida, reduzindo o consumo total. Em um motor de 1,2 litro são menos 0,19 litro a cada 100 km. Se rodarmos 10.000 km por ano, menos 19 litros, um número considerável, que corresponde a menos 3 gramas de CO2 por km rodado, outro fator importante nesses tempos de limites de emissões desse gás, um dos causadores do efeito estufa, tão apertados.
Num motor de 1,6 litro e quatro cilindros, são menos 1,18% de consumo, que pode ser ainda maior dependendo do tipo de uso e do motorista, como sempre ocorre nesse assunto.
Quem esteve no Workshop AE Hella em março desse ano pode ver inclusive um simulador de atuação do FCM que após a entrada de dados de um modelo de carro mostra o ciclo de atuação da bomba de combustível e e economia obtida.
JJ
Mais sobre a Hella em sua história, workshop AE de tecnologias Hella, o sensor inteligente de bateria da Hella, e inauguração da fábrica em Indaiatuba.