A JAC apresentou ontem à imprensa brasileira o JAC T40, um crossover menor que o T5 (era para ser T4, mas esse nome de modelo pertence à Troller). Por enquanto só manual de 5 marchas, mas está prevista versão automática CVT para fevereiro. As vendas começam imediatamente ao preço de R$ 56.990 e R$ 58.990, neste caso dotado de kit multimídia com navegador, câmera de ré e, surpreendentemente, câmera frontal para captar imagens à frente ao se dirigir. Se o cliente desejar pode ter pintura bicolor, neste caso por envelopamento, a R$ 1.990.
A novidade chinesa é bem interessante, tanto pelo espaço interno quanto pela esplêndida capacidade do porta-malas, 450 litros, especialmente ao se considerar o entre-eixos bastante curto em relação que existe no segmento, apenas 2.490 mm. Mede 4.135 mm de comprimento, com a expressiva largura de 1.750 mm, e altura razoável, 1.568 m (não tão alto).
Embora não o acabamento interno não possa ser chamado de luxuoso, tudo é muito bem feito e não passa sensação de veículo de baixo preço. É cativante o espaço no banco traseiro, tanto lateral quanto para pernas, e ver cintos de três pontos e apoio de cabeça para todos no banco traseiro.
Motorização e suspensão repetem o do irmão maior T5. O motor é o 1,5-L VVT 16V JetFlex,bloco e cabeçote de alumínio, de 125/127 cv a 6.000 rpm e 15,5/15,7 m·kgf a 4.000 rpm. É um duplo-comando acionado por corrente com variador de fase na admissão, injeção no duto e bobinas individuais. A elasticidade é boa, mas não excepcional, embora o T40 pese apenas 1.155 kg em ordem de marcha. Todavia, o carro que dirigi, tendo companheiros o Josias Silveira e o carioca Eduardo Rocha (da Autpress) estivesse com somente 50 km rodados.
A JAC informa consumo Inmetro de 8,5/7,7 km/l na cidade e 11,4/12,5 km/l na estrada, e aceleração 0-100 km/h em 9,8 segundos e velocidade máxima de 191 km/h — com álcool, números com gasolina não informados.
A suspensão é a “feijão-com-arroz” McPherson-eixo de torção, calibrada com capricho, e o freio a disco nas quatro rodas com pinças vermelhas. A direção eletroassistida é muito leve em manobras e baixa velocidade, mas sua indexação à velocidade poderia ser aprimorada, tornando-a mais pesada acima de 80 km/h.
Os pneus são chineses Wanli Harmonic H220 205/55R16W em rodas de alumínio e do estepe em poço no porta-malas, de aço.
Vai bem na estrada com v/1000 de 36,5 km/h, 120 km/h a pouco menos de 3.300 rpm. Nessas velocidade pouca invasão de ruído do motor e nenhuma de vento na cabine.
A velocidade máxima é em 5ª, a 5.250 rpm, bem abaixo da rotação de potência máxima. O motor corta limpo a 6.400 rpm.
Farta dotação de equipamentos
Realmente impressiona. Faróis de duas parábolas, luz de rodagem diurna por LEDs, computador de bordo, ajuste do facho dos faróis de bordo, controlador de velocidade de cruzeiro, engates Isofix para dois bancos infantis com ponto de amarração superior, sensor de estacionamento, sensor crepuscular, freios com auxílio à frenagem e prioridade para freio, controle de estabilidade e tração desligável, acionamento elétrico um-toque dos vidros das quatro portas, faróis e luz traseira de neblina, assistente de partida em rampas, faixa degradê no para-brisa.
Só não tem espelhamento de celular Android Car e CarPlay, mas a JAC diz que terá brevemente.
O T40 agrada ao primeiro contato. É sempre um colírio ver o interior do cofre do motor com pintura brilhante com a do resto do carro, sinal de cuidado.
Muito em breve termos um teste “no uso” desse novo JAC — mas sem os “sacos de lixo” pelo menos nos vidros laterais dianteiros!
BS